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| Estação Espacial Internacional |
Depois da pandemia do coronavírus, que ataca, sem dó nem piedade, há seis meses, ricos e pobres em todo o mundo, tivemos de esconder em nossas casas para não ser visto pelo vírus. Além das inúmeras alterações de nossas vidas, o turismo e as viagens foram suspensas, com os pátios dos aeroportos lotados de aviões estacionados, cenário nunca visto. Alguns cidadãos, com melhores recursos, buscaram as casas de praia ou deslocaram para o interior, onde conseguem maior liberdade de locomoção. É terrível esse cenário que parece começar a desanuviar.
Outros cidadão, entretanto, estão buscando outras plagas, pois acreditam desfrutar de toda segurança contra a pandemia: na estação acima ou nos outros planetas. Neste sentido, um empresário da iniciativa privada, Elon Musk, dono da montadora de automóveis Tesla, pela primeira vez, investiu nesse artefato, associado com o governo americano e mandou para o espaço a sonda Crew Dragon. É o inicio de novas aventuras para o homem, que se sente diminuído, porque ferido com o ataque de um simples "caniço", que mata. Musk já instalou o turismo no espaço sideral, para onde já viajaram muitos astronautas e uns poucos cidadãos: 229 astronautas de 19 países caminharam pelo espaço, sendo que 12 andaram em solo lunar. Além desses astronautas, sete civis, desde o ano de 2001, enfrentaram essa viagem com velocidade meteórica; o primeiro, foi o americano Dennis Tito, que pagou, talvez em promoção, à Space Advertures pela viagem a importância de US$ 20 milhões; o último viajante, um canadense, cofundador do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, perdeu a promoção e teve de desenbolsar US$ 35 milhões pelo turismo no espaço. A estação espacial internacional orbita em torno da Terra, com altitude de 360 km, sempre em movimento, com velocidade 27.700 km/h. O espaço, onde o turista vai ficar nos 14 dias, tem área de circulação de 350 m3 e pode receber até seis tripulantes, mas, normalmente, lá permanecem quatro ocupantes. Para cada viagem, a Space permite apenas dois turistas e não precisa preparar as malas, pois são poucos os pertences que se permite levar, mesmo porque o turista vai permanecer na estação e quando muito terá um passeio rápido no espaço.
Em 2023, além dos astronautas o homem comum já reserva sua passagem nesse novo meio de transporte, depois de acordo celebrado entre a Roscosmos, da Rússia e Space Adventures, americana responsável pela venda dessas passagens. Evidente que esse não será um turismo comum, porque quem se habilitar terá de se submeter a treinamento especializado, embarcar na sonda russa Soyuz, único meio de chegar à base orbital, podendo até sair da espaçonave, como se disse, muito rapidamente.
Dois novos passageiros já reservaram seus assentos para o ano de 2021, apesar de, nessa viagem, não ser autorizada a saída da espaçonave. Já se fez as contas para avaliar o lucro desse turismo e chegou-se a números estratosféricos, pois para o ano de 2040, a movimentação deverá alcançar US$ 1 trilhão, bem superior ao número atual de US$ 300 bilhões.
Enfim, quem estiver cansado do turismo na Terra, pode preparar e economizar para novas aventuras, porquanto o valor a ser usado nessa viagem é bem diferente dos pacotes turísticos pela Terra.
Salvador, 21 de julho de 2020.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
