A Polícia Federal, dando cumprimento a mandado expedido pelo ministro Luiz Roberto Barroso, relator do inquérito que investiga o presidente por recebimento de propina para obter benefícios do setor portuário, prendeu ontem o empresário e advogado José Yunes, amigo e ex-assessor de Michel Temer; na mesma Operação foram presos o coronel João Batista Lima Filho, o ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi, aliados de Termer e o empresário Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, que desenvolve sua atividade no porto de Santos/SP.
O coronel Lima adiou, por várias vezes adiou seu depoimento à Polícia Federal, alegando problemas de saúde, foi retirado ontem de sua residência, em uma ambulância, e levado para um hospital. Rossi, preso em Ribeirão Preto, onde reside, foi ministro da Agricultura nos governos de Lula e Dilma é do MDB. Grecco foi preso em Monte Alegre do Sul/SP. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na Rodrimar e na residência de Antônio Celso Grecco.
No Rio de Janeiro, foi presa a empresária Celina Borges Torrealba Carpi, proprietária do grupo Libra. O doleiro Lúcio Bolonha Funaro, em delação premiada, declarou que o grupo concessionário do porto de Santos, foi beneficiado com Medida Provisória. Edinho Araújo, ex-ministro dos portos, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, atual prefeito de São José do Rio Preto/SP, do MDB, prestou depoimento à Polícia
Os mandados foram requeridos pela Procuradoria-geral da República, e os inquéritos tramitam na Polícia Federal e na Procuradoria desde o mês de setembro. Todos os presos ou investigados alegam ilegalidade das prisões, dizem que estariam dispostos a prestar qualquer depoimento, sem necessidade da prisão, e prometem ingressar com Habeas Corpus.