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terça-feira, 9 de setembro de 2025

CAI GABINETE NA FRANÇA

A Assembleia Nacional da França confirmou na segunda-feira, 8, a queda do gabinete do premiê François Bayrou, após moção aprovada por 364 votos a 194. O próprio Bayrou havia convocado a votação, diante da rejeição ao seu projeto de austeridade para 2026. A derrota obrigou o premiê a entregar o cargo ao presidente Emmanuel Macron. Pouco depois, Macron anunciou que nomeará novo primeiro-ministro nos próximos dias. Outras opções seriam dissolver a Assembleia ou renunciar, o que anteciparia a eleição presidencial de 2027. Marine Le Pen (RN) afirmou que novas eleições legislativas são “obrigação” e que a crise abre espaço para alternância de poder. Enquanto isso, sindicatos preparam para hoje, 9, a paralisação Bloquons Tout, apoiada por 46% dos franceses, segundo pesquisa.

Bayrou, centrista de 74 anos, ficou apenas nove meses no cargo, após suceder Michel Barnier, que governou só três. A instabilidade reflete a ausência de maioria parlamentar desde 2024. Ele justificou sua aposta arriscada dizendo que “o maior risco é nada mudar”, comparando a França a um navio em naufrágio. Entre os cotados para substituí-lo estão Éric Lombard, Gérald Darmanin, Catherine Vautrin e Sébastien Lecornu, mas todos enfrentariam o mesmo problema de falta de apoio. O socialista Olivier Faure disse disposto a assumir, desde que haja aumento de impostos para os ricos, proposta rejeitada pela direita e por Bayrou, que chamou de “pensamento mágico”. A crise fortalece a ultradireita RN, favorita nas pesquisas para eleições legislativas e presidenciais. Se Le Pen for considerada inelegível, o nome forte será Jordan Bardella, seu pupilo de 30 anos. 

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