Forças militares de Israel continuaram as ofensivas na Cidade de Gaza neste domingo, 21, matando dezenas e forçando deslocamentos, segundo autoridades locais. Tanques israelenses avançam sobre a maior e mais populosa cidade da Faixa de Gaza, descrita por Netanyahu como último bastião do Hamas. O Exército tem demolido prédios e casas que afirma serem usados por militantes. Entre os mortos, estavam uma grávida e dois filhos; o marido sobreviveu, mas perdeu a perna. Israel afirmou ter eliminado terroristas, sem comentar o caso específico. Nas ruas, familiares buscavam restos de pertences sob escombros. No sábado (19), Israel anunciou expansão das operações; no domingo, médicos relataram 31 mortos. Testemunhas disseram que tanques avançavam em Tel Al-Hawa, no sudeste. O Exército calcula 450 mil fugindo desde setembro; o Hamas fala em 300 mil, com 900 mil ainda na cidade.
No sul de Israel, dois foguetes foram lançados; um foi interceptado, outro caiu em campo aberto. Sem vítimas. A ofensiva gerou críticas externas; aliados ocidentais planejam reconhecer o Estado palestino na ONU. O premiê britânico Keir Starmer deve anunciar reconhecimento ainda neste domingo. Famílias de reféns em Gaza protestaram em Jerusalém, pedindo acordo a Netanyahu. “Ele nos conduz a uma guerra sem fim”, disse Michel Illouz, pai de sequestrado. Os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 mataram 1.200 e sequestraram 251. A resposta militar israelense já deixou mais de 65 mil mortos em Gaza, segundo autoridades locais. O ex-comandante Herzi Halevi fala em mais de 200 mil vítimas, 10% da população. A ofensiva também gerou fome, destruição e deslocamentos repetidos da população. O Papa Leão 14 condenou o deslocamento forçado e pediu paz no Angelus. Ele lembrou que não há futuro baseado em violência, exílio e vingança. Em julho, Israel bombardeou a única igreja católica de Gaza, matando três.
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