Pragmático e confiante, Blair tem trânsito com líderes como Trump e Netanyahu, o que, segundo apoiadores, pode ajudar a impor concessões aos israelenses. Já entre palestinos, sua reputação é negativa, associada à invasão do Iraque e ao colonialismo britânico. Mustafa Barghouti afirma que Blair é lembrado pela guerra de 2003. Mahmoud Habbash, conselheiro de Mahmoud Abbas, rejeita a proposta: “O único lado capaz de administrar Gaza é um governo palestino”. Apesar disso, autoridades israelenses dizem que as ideias ganharam força no círculo de Netanyahu. Blair também mantém contato com Jared Kushner e líderes árabes do Golfo. O ponto de maior impasse segue sendo o papel da Autoridade Palestina. Netanyahu rejeita sua presença em Gaza, enquanto Abbas recusa qualquer autoridade externa. O plano de Blair prevê transferir o poder, no futuro, a uma Autoridade Palestina reformada. Mesmo criticado, Blair segue ativo: seu instituto continua operando na região. Para seu biógrafo John Rentoul, ele não desistiu da ideia de resolver problemas que outros não conseguiram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário