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sexta-feira, 26 de setembro de 2025

TRÊS JUÍZES DO MARANHÃO SÃO INVESTIGADOS

Plenário do Tribunal de Justiça 
Entre os investigados pela Polícia Federal (PF) na Operação 18 Minutos, que apura esquema de venda relâmpago de sentenças, estão três juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão: Sidney Cardoso Ramos, Alice de Souza Rocha e Cristiano Simas de Sousa. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Alice e Cristiano, além de quatro desembargadores, operavam “mercancia de decisões judiciais” com apoio de políticos, advogados e servidores. Aposentado, Sidney Ramos não foi denunciado pela PGR, mas citado em procedimento administrativo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os magistrados foram acusados de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Todos alegam inocência. Eles estão afastados cautelarmente por um ano, prorrogável. Também foram proibidos de acessar o Tribunal, usar bens da Corte, contatar investigados e servidores, além de terem sido alvos de buscas, quebras de sigilos e sequestro de bens. Alice é juíza desde 1992. O salário de “juiz final” é de R$ 33,6 mil. Ela afirma que nunca atuou de forma parcial e diz que o relatório da PF foi “descontextualizado”. A PF identificou 55 depósitos sem origem em sua conta, entre 2014 e 2023, que somaram R$ 235 mil. Também apontou que ao menos R$ 1,2 milhão do patrimônio da juíza não tem lastro.

Cristiano Simas tem 21 anos de carreira. Ele se formou em Direito em 2000 pela UFMA. Em sua defesa, criticou o afastamento, a quebra de sigilos desde 2015 e a interceptação telefônica em período no qual não atuava na comarca investigada. Já Sidney Ramos é juiz aposentado desde 2017, advogado e ex-analista do TRT-16. Tem pós-graduação em Direito Eleitoral e é mestrando. Em 2022, foi candidato a deputado estadual pelo PDT e ficou como suplente. Ele disse ao CNJ que um depósito de R$ 5 mil em sua conta foi fruto da venda de um quadriciclo. Embora investigado, não foi denunciado pela PGR. 


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