Sem apresentar provas, o presidente dos EUA afirmou que 97% das emissoras de TV foram contra ele nas eleições de 2024. A declaração ocorreu um dia após o programa de Jimmy Kimmel ser retirado do ar por comentários sobre a morte de Charlie Kirk. A repórteres, Trump disse ter lido “em algum lugar” que a cobertura negativa chegou a 97%, mas mesmo assim venceu com facilidade. Sugeriu que a FCC (Comissão Federal de Comunicações) poderia retirar licenças de emissoras. O chefe da FCC, Brendan Carr, comentou a suspensão de Kimmel em entrevista ao podcast Benny Show. Chamou o apresentador de “sem talento” e criticou a mídia, afirmando que sua credibilidade foi destruída. Carr destacou que concessões de TV exigem respeito ao interesse público e que há regras contra distorção de notícias e fraudes em transmissões, mas que raramente foram aplicadas. Não é a primeira vez que Trump ameaça emissoras. Em 25 de agosto, atacou a ABC e a NBC, dizendo que deveriam ter suas licenças revogadas por veicularem “fake news” e agirem como “braço do Partido Democrata”.
Nos últimos meses, o presidente também processou jornais como The New York Times e The Wall Street Journal, pedindo indenizações bilionárias por reportagens que o ligavam a polêmicas, como Jeffrey Epstein e criptomoedas. Na rede X, a ex-vice-presidente Kamala Harris criticou as ameaças e classificou-as como “abuso de poder flagrante”. Ela disse que o governo usa o medo como arma para silenciar críticos e que corporações de mídia estão cedendo à pressão. Harris concluiu que esse ataque frontal à liberdade de expressão não pode ser tolerado e que “o povo merece algo melhor”.
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