— Portland está indo muito bem. Deixei isso claro ao presidente — disse a governadora Tina Kotek, após conversar com Trump e a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem. — Não precisamos nem queremos tropas federais no Oregon. Ela afirmou ter tomado conhecimento da medida pelas redes sociais. Trump declarou que Portland estaria "arrasada por uma guerra" e disse que tropas federais defenderão a cidade e instalações do ICE, alvo de "Antifa e outros terroristas domésticos". Segundo ele, a medida foi solicitada por Noem e repassada ao secretário de Guerra, Pete Hegseth, responsável pela mobilização. Não há data prevista para início da operação. O prefeito de Portland, Keith Wilson (Democrata), recusou a intervenção. — Assim como outros prefeitos, não pedi nem preciso de tropas — disse, defendendo a liberdade de expressão, embora admita episódios de violência. O senador Ron Wyden (Democrata) criticou a decisão e acusou Trump de "obsessão por Portland". Segundo ele, congressistas locais não foram informados e estudam reação legal.
Em junho, Trump já havia enviado tropas a Los Angeles, Washington e Memphis, em estratégia de conter "ameaças da esquerda radical". Governadores e prefeitos democratas denunciaram ilegalidade. A Califórnia conseguiu retirar tropas de Los Angeles via Justiça. O envio a Portland ocorre após protestos contra o ICE, com confrontos e prisões. No Salão Oval, Trump prometeu “estrago bem grande” e chamou manifestantes de “agitadores e anarquistas”. Ele já havia dito que morar na cidade era como “viver no inferno”. Trump também cogita enviar tropas a Chicago e Baltimore. Em Memphis, o governador republicano Bill Lee apoiou o envio, mas o prefeito democrata Paul Young se opôs. A morte do ativista conservador Charlie Kirk, em 10 de setembro, intensificou as tensões. Trump usa o caso para reforçar sua retórica contra a “esquerda radical”. Desde então, endureceu medidas de segurança interna, priorizando uso de forças militares em áreas de protestos.
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