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terça-feira, 23 de setembro de 2025

RECURSOS PÚBLICOS PARA COMPRA DE VEÍCULO DE LUXO

A Prefeitura de Alto Rio Doce (MG) e o prefeito Victor de Paiva Lopes (MDB) são alvos de ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que acusa o uso de recursos públicos para a compra de um veículo de luxo destinado ao chefe do Executivo. 
Segundo a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, a administração adquiriu, após licitação, uma caminhonete Ford Ranger no valor de R$ 350 mil. A ação aponta que a legislação estadual e municipal define como luxo bens com características de ostentação, extrapolando o necessário para o serviço público. O promotor Vinícius de Souza Chaves questiona a escolha do modelo, com motor de 250 cavalos, seis cilindros e acessórios sofisticados, em detrimento de veículos mais simples que atenderiam às demandas locais. A denúncia ressalta o contraste entre o automóvel do prefeito e os veículos precários usados pela população em transportes de saúde. O MPMG pede à Justiça o sequestro da caminhonete, avaliação judicial do estado do veículo e registros fotográficos. Solicita também a inclusão da empresa fornecedora como ré, a nulidade do contrato e da licitação, além da devolução do carro ou o ressarcimento aos cofres públicos pelo prefeito.

Em nota, a administração afirma que a compra ocorreu por meio de processo licitatório aberto e transparente. Alega que não se trata de veículo de luxo, mas de modelo escolhido pela necessidade de enfrentar a topografia do município. Segundo a nota, Alto Rio Doce possui mais de 1.000 km de estradas de terra e comunidades distantes, exigindo veículo robusto e confiável. Defende que tração 4x4, potência e tecnologia são essenciais para fiscalizações e apoio a famílias rurais. A prefeitura nega ostentação e reforça que há modelos da mesma linha com valores muito superiores. Conclui que a escolha visou garantir atendimento eficiente à população, e não luxo. 



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