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terça-feira, 30 de setembro de 2025

POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA 2ª VARA DO TRABALHO

A Polícia Federal investiga fraude na expedição de alvarás na 2ª Vara do Trabalho de Nova Iguaçu (TRT-RJ). O caso levou à instauração de sindicância, exoneração do diretor Vidal Nobre de Azevedo, afastamento de sua assistente e do juiz Francisco Antônio de Abreu Magalhães, além da nomeação de uma juíza interventora. Segundo o TRT-RJ, as irregularidades foram identificadas pela Corregedoria, que verifica alvarás no âmbito do Projeto Garimpo e em rotinas de 1º grau. O Projeto Garimpo, criado em 2019, já devolveu R$ 5 bilhões a beneficiários, mas não estaria diretamente ligado ao desvio em Nova Iguaçu. Fontes estimam prejuízo de até R$ 14 milhões, valor ainda não confirmado. O tribunal comunicou o caso à PF, ao MPF e ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Em nota, destacou que não há indícios contra o juiz e servidores afastados. Azevedo teria usado o token do magistrado para liberar valores. Em mensagem a colegas, ele afirmou ter isentado o juiz e a assistente de envolvimento.

A intervenção na vara foi decretada em 9 de setembro, por 60 dias. A juíza Mônica do Rêgo Barros Cardoso assumiu como interventora, e Celso Sampaio Pereira de Lima como diretor. Ela deve elaborar relatórios mensais sobre alvarás expedidos. O juiz Magalhães, antes de ser afastado, determinou bloqueio de contas suspeitas. Essa é a segunda fraude em três anos no TRT-RJ. Em 2022, cerca de R$ 4 milhões foram desviados na 80ª Vara do Trabalho. Golpistas usaram certificados digitais obtidos de forma fraudulenta. O TRT-RJ identificou 17 certificados suspeitos. O dinheiro foi desviado para empresa recém-criada. Na época, os sistemas de pagamento do Banco do Brasil e da Caixa foram suspensos. O tribunal nega ligação entre os dois casos. A PF e o MPF não comentam investigações em andamento.O processo administrativo sobre o caso atual corre em sigilo no TRT-RJ.

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