O Departamento de Defesa dos EUA passou a exigir que jornalistas credenciados obtenham aprovação prévia do governo para publicar qualquer informação relacionada à pasta, confidencial ou não. Profissionais que descumprirem a regra podem perder a credencial de acesso ao Pentágono. As condições, divulgadas na sexta-feira, 19, marcam novo capítulo do embate entre o governo Trump e a imprensa. Segundo as diretrizes, todas as informações ligadas ao Departamento de Defesa devem ser avaliadas por funcionário autorizado antes da divulgação. A norma inclui até dados obtidos de fontes anônimas ou fora dos canais oficiais. O descumprimento pode acarretar retirada imediata da autorização dos repórteres. Especialistas consideram a medida um ataque à liberdade de imprensa. Mike Balsamo, presidente do Clube Nacional de Imprensa de Washington, afirmou que a regra impede informação independente. Ele alertou que o público só terá acesso ao que o governo decidir liberar. "Isso deveria alarmar todos os americanos", disse, pedindo revogação imediata da medida.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, defendeu as restrições em tom duro. "Use sua credencial e cumpra as normas ou vá para casa", escreveu na rede X. Hegseth já esteve envolvido em crise com a imprensa em abril. Na ocasião, compartilhou em grupo privado do Signal informações sobre bombardeios no Iêmen. Críticos apontaram que o ato expôs segredos militares dos EUA. Ele negou ter revelado dados confidenciais. Mesmo assim, as mensagens incluíam horários exatos e detalhes de alvos dos ataques. Esses dados costumam ser considerados sigilosos antes de operações militares. O presidente Donald Trump reforçou críticas à imprensa. Na sexta, disse novamente que a cobertura sobre ele é "excessivamente negativa".
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