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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

DESASTRE COM 228 MORTES EM JULGAMENTO

A Air France e a Airbus serão julgadas em apelação a partir de hoje, 29, na França por homicídio culposo no acidente do voo Rio-Paris, que matou 228 pessoas em 2009. O avião, um Airbus A330, caiu no Atlântico em 1º de junho de 2009, poucas horas após decolar do Rio. Havia passageiros de 33 nacionalidades: 61 franceses, 58 brasileiros, além da tripulação de 12 pessoas. Em 2023, a Justiça francesa absolveu as empresas da acusação criminal, mas reconheceu responsabilidade civil. O tribunal apontou “falhas”, mas não encontrou vínculo causal direto com o acidente. A Procuradoria-Geral recorreu, e o novo julgamento deve durar dois meses, até 27 de novembro. Cada empresa pode ser multada em até 225 mil euros (R$ 1,4 milhão). Nos dias seguintes, corpos e destroços foram achados, mas a fuselagem só foi localizada dois anos depois. As caixas-pretas mostraram que os pilotos, desorientados por falha nas sondas Pitot, não evitaram a queda que ocorreu em menos de cinco minutos.

Das 489 partes civis no julgamento anterior, 281 aderiram ao recurso. Algumas famílias desistiram; outras seguem em busca de justiça. A Air France é acusada de não treinar adequadamente sobre o congelamento das sondas Pitot. A companhia nega falhas e diz que não cometeu crime. A Airbus é acusada de subestimar os riscos das falhas e de não alertar as companhias aéreas a tempo. A fabricante também nega responsabilidade. A Airbus afirma cooperar para esclarecer as causas do acidente. O primeiro mês será dedicado a testemunhas e peritos. Representantes das empresas devem ser ouvidos a partir de 27 de outubro. 

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