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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

SECRETÁRIO-GERAL DA ONU: "ESCALA DE MORTE E DESTRUIÇÃO EM GAZA"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou na terça-feira, 23, que a “escala de morte e destruição” na guerra em Gaza “está além de qualquer outro conflito” testemunhado por ele no cargo. Em discurso na abertura da Assembleia Geral, condenou os “ataques horríveis” do Hamas, exigiu a libertação imediata dos reféns e ressaltou que “nada pode justificar o castigo coletivo do povo palestino”. Segundo ele, “os horrores em Gaza se aproximam de um terceiro ano monstruoso”, resultado de “decisões que desafiam a própria humanidade”. Alertou que a fome avança e as mortes “se intensificam” no território. Defendeu maior entrada de ajuda humanitária, a solução de dois Estados e condenou os assentamentos israelenses, considerados violação do direito internacional. Sob aplausos, destacou que as medidas da Corte Internacional de Justiça devem ser implementadas “total e imediatamente”. Ao mesmo tempo, reforçou: “Nada pode justificar os ataques do Hamas. Nada pode justificar o castigo coletivo do povo palestino”.

Enquanto isso, França anunciou na segunda-feira, 22, o reconhecimento do Estado da Palestina, seguindo Reino Unido, Canadá, Austrália, Portugal e por último o Japão. A decisão foi oficializada às vésperas da reunião da ONU em Nova York. Hoje, mais de 140 países, incluindo o Brasil, reconhecem a Palestina. Israel e os EUA se opõem; Washington vetou resoluções recentes do Conselho de Segurança sobre Gaza. Guterres advertiu: “Entramos em uma era de perturbação imprudente e sofrimento humano implacável”. Também falou da importância do multilateralismo, criticando países que agem “como se as regras não se aplicassem a eles”. Para o secretário-geral, a impunidade gera “os conflitos mais atrozes do nosso tempo”. Sobre a guerra na Ucrânia, denunciou a violência contínua contra civis e pediu cessar-fogo. O conflito, iniciado em 2022, segue sem sinais de acordo. A Rússia exige que a Ucrânia ceda 20% do território, incluindo Luhansk e Donetsk. Moscou também quer que Kiev abandone a entrada na Otan e se desmilitarize. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeita abrir mão de território e reafirma a soberania. Ele conta com o apoio de aliados europeus. Guterres pediu empenho por uma paz duradoura. 

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