Agora, restrições semelhantes foram impostas a autoridades brasileiras, em meio à crise entre Washington e Brasília pelo julgamento de Jair Bolsonaro. Trump, aliado de Bolsonaro, chamou o processo contra o ex-presidente de “caça às bruxas” e aplicou sanções, como tarifaço de 50% e suspensão de vistos de ministros. O ministro do STF Alexandre de Moraes foi alvo de punições financeiras com base na Lei Magnitsky. Neste mês, os EUA também concederam vistos a Fernando Haddad (Fazenda) e Ricardo Lewandowski (Justiça), este último com autorização apenas para agendas oficiais. Segundo a Folha, Trump vem usando vistos como arma política contra adversários. A Assembleia-Geral da ONU começa em 23 de setembro, em Nova York. Neste ano, o governo Trump também revogou vistos de membros da Autoridade Palestina e da OLP, impedindo sua presença no encontro. Até mesmo Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, teve o visto suspenso. O governo americano usa o visto como arma de pressão e vingança política, medidas de governos ditatoriais.
Pesquisar este blog
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
TRUMP ABUSA NO USO DO VISTO
Apesar de ter concedido visto ao ministro Alexandre Padilha (Saúde) para participar da Assembleia-Geral da ONU, o governo Donald Trump impôs restrições à sua circulação em Nova York. Padilha e familiares só poderão se deslocar em cinco blocos do hotel, além das rotas para a ONU, a missão do Brasil e a residência do representante brasileiro. O Itamaraty deve ser avisado oficialmente da medida nas próximas horas. No mês passado, Trump havia revogado o visto de Padilha, da esposa e da filha, citando sua participação no programa Mais Médicos. Padilha não foi atingido de imediato porque seu visto já havia vencido em 2024, mas ficou impedido de obter nova autorização. Em 19 de agosto, o governo Lula requisitou visto para o ministro participar de dois eventos: reunião da Organização Pan-Americana de Saúde em Washington (29/9) e o debate da ONU (23/9). Nos EUA, a decisão de entrada e permanência de estrangeiros é prerrogativa exclusiva do governo. Um tratado de 1947 obriga os EUA a permitir a presença de autoridades em atividades da ONU, mas há exceções para países sancionados como Irã, Venezuela e Coreia do Norte.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário