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domingo, 21 de setembro de 2025

GUERRA COMERCIAL LEVA AGRICULTORES AMERICANOS À FALÊNCIA

Em Iowa, o fazendeiro Tim Maxwell, de 65 anos, teme pelo futuro agrícola diante da queda nas exportações. A guerra comercial entre EUA e China reduziu drasticamente as vendas de grãos e soja, levando agricultores à falência no nível mais alto em cinco anos. Apesar disso, a zona rural segue fiel a Trump, que venceu Kamala Harris por larga margem no interior. Maxwell admite preocupações, mas confia no presidente: “Vou ser paciente. Acredito nele.” Na Feira Estadual de Iowa, o impacto das tarifas dominou conversas. Muitos produtores reconhecem os prejuízos, mas ainda apoiam Trump. Para Gil Gullickson, editor agrícola, “a história comprova que tarifas não terminam bem”. As tarifas de 145% impostas pelos EUA e as retaliações de 125% da China atingiram em cheio o “cinturão do milho”. No ano passado, a China comprou US$ 12,7 bilhões em soja americana; hoje, as compras despencaram. Economistas alertam que os custos também subiram, como fertilizantes importados do Canadá. Jovens agricultores, sem reservas financeiras, são os mais ameaçados. “Muitos irão quebrar”, disse o senador Jon Tester. Ainda assim, Trump ampliou subsídios em US$ 60 bilhões e garante que os produtores “irão se divertir”. Aliados como Sid Miller, do Texas, elogiam o “apoio vital” do governo.

Pesquisas mostram que Trump mantém forte apoio rural: 53% aprovam seu governo, contra 38% da média nacional. Para especialistas, isso decorre da “identidade rural”, marcada por ressentimento contra elites urbanas desde os anos 1980. Esse vínculo cultural e político explica por que agricultores continuam leais, mesmo prejudicados economicamente. Para a pecuarista Joan Maxwell, a imprensa trata a região com desprezo. Segundo o professor Michael Shepherd, há “atribuição seletiva de culpa”: produtores culpam as tarifas, mas não Trump. Ainda assim, a paciência tem prazo. “É melhor que dê resultado em até 18 meses”, alerta Joan. Nesse cenário, o Brasil sai lucrando, portanto a China bate recorde na compra de soja do Brasil, causando danos aos produtores americanos. 



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