O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou na sexta-feira, 26, que abrirá uma convocação para voluntários colombianos que queiram se alistar para “lutar pela libertação” de Gaza. Ele assegurou que está disposto a combater pessoalmente. Petro é um dos mais duros críticos da ofensiva israelense no território e chama o premiê Benjamin Netanyahu de “genocida”. Em visita a Nova York para a Assembleia Geral da ONU, propôs uma união armada de diferentes “civilizações” em defesa de Gaza. “É o momento da ação. Falarei na Colômbia para abrir a lista de voluntários colombianos e colombianas que queiram ir lutar pela libertação da Palestina”, declarou. “E se o presidente da Colômbia tiver que ir para esse combate, não me assusta. Já estive em outros, então eu vou”, acrescentou, usando um lenço palestino. Na juventude, Petro integrou a guerrilha urbana M-19, antes de assinar a paz nos anos 1990 e seguir carreira política. Ele convocou soldados norte-americanos para desobedecerem ordens de Donald Trump. Declarou: "Desobedeçam as ordens de Trump. Obedeçam as ordens da humanidade". O Departamento de Estado dos Estados Unidos assegurou que será revogado o visto de Petro.
Nesta sexta, ele participou de uma marcha pró-Palestina em Nova York ao lado do roqueiro Roger Waters, ex-Pink Floyd. Durante o discurso de Netanyahu na ONU, a vice-presidente Francia Márquez e a delegação colombiana deixaram o auditório em protesto. Em 2024, a Colômbia rompeu relações diplomáticas com Israel devido à ofensiva em Gaza, deflagrada após ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Nos ataques morreram 1.219 pessoas, a maioria civis, segundo balanço oficial israelense. Outras 251 foram sequestradas, e 47 seguem cativas em Gaza. A resposta militar de Israel já deixou mais de 65.400 palestinos mortos, em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, cujos números são considerados confiáveis pela ONU.
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