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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

TRUMP DISCURSA E ELOGIA A SI PRÓPRIO

Trump afirmou ontem, 23, em discurso na ONU, que se reunirá na próxima semana com Lula para discutir as retaliações dos EUA ao Brasil após o julgamento de Jair Bolsonaro. Ele disse ter tido “excelente química” com o presidente brasileiro, a quem chamou de “um cara agradável”. Relatou que ambos se encontraram rapidamente no plenário da ONU, trocaram um abraço e combinaram um encontro. Segundo Trump, “por 39 segundos tivemos ótima química, e isso é um bom sinal”. Fontes do governo brasileiro confirmaram a reunião, sem detalhar se será presencial ou por telefone. A fala contrasta com o clima tenso desde julho, quando os EUA impuseram tarifas de 50% a produtos brasileiros. No discurso, Trump voltou a acusar o Brasil de “censura, repressão e corrupção judicial”. Ele disse que as tarifas foram resposta a tentativas de interferência nos direitos dos cidadãos americanos. A reunião será o primeiro diálogo direto entre os dois líderes desde a crise do tarifaço. Em julho, Trump enviou carta a Lula anunciando as tarifas, justificando-as como reação à “caça às bruxas” contra Bolsonaro. A medida entrou em vigor em agosto, mas isentou cerca de 700 itens, como suco de laranja, combustíveis e aviões civis.

Na ONU, Trump falou por mais de uma hora, ignorando a recomendação de 15 minutos. Exaltou seu governo, negou o aquecimento global e chamou os EUA de “o país mais sexy do mundo”. Criticou a ONU por “criar novos problemas”, citando a crise migratória, e alegou ter encerrado sete guerras sem ajuda da organização. Ele ainda pediu cessar-fogo em Gaza, criticou o reconhecimento do Estado Palestino e atacou Rússia e China. Sobre Pequim, disse que o país criou o coronavírus e voltou a desdenhar das energias renováveis e das mudanças climáticas. Trump encerrou reforçando: “Muita gente diz que eu deveria ganhar o Nobel da Paz”. 

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