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terça-feira, 16 de setembro de 2025

TRIBUNAL REJEITA DEMISSÃO DE LISA COOK

Um tribunal de apelações dos EUA rejeitou, ontem, 15, a tentativa de Donald Trump de demitir Lisa Cook, diretora do Federal Reserve. 
É a primeira vez desde 1913 que um presidente tenta afastar um membro do Fed, o que ameaça a independência da instituição. A decisão garante que Cook participe da reunião de política monetária desta semana, que deve discutir corte de juros. O tribunal negou pedido do Departamento de Justiça para suspender liminar que bloqueou a demissão. A Casa Branca deve recorrer à Suprema Corte. A juíza Jia Cobb decidira que acusações de fraude hipotecária não eram base legal suficiente para a remoção. A lei de 1913 só prevê afastamento “por justa causa”, nunca testada em tribunais. Primeira mulher negra no colegiado, Cook processou Trump e o Fed, alegando perseguição política. Trump pressiona por cortes agressivos de juros; o Fed prioriza o combate à inflação. O governo defende que o presidente tem poder para remover diretores, o que enfraqueceria a autonomia do banco central.

Na corte de apelações, dois juízes de Biden votaram contra o governo, e um indicado por Trump foi favorável. A Suprema Corte já autorizou Trump a demitir chefes de agências, mas reconheceu status especial do Fed. O governo queria afastar Cook antes da reunião do banco central. Advogados alegaram que isso daria credibilidade ao Fed; defensores dela alertaram sobre risco de instabilidade. Cobb afirmou que só condutas no cargo podem justificar demissão, não fatos anteriores à nomeação. Trump e William Pulte a acusam de preencher incorretamente formulários de hipoteca. Segundo eles, ela obteve juros menores e benefícios fiscais indevidos. Documentos, porém, contradizem parte das acusações. Em Atlanta e Ann Arbor, autoridades locais não confirmaram fraude. Mesmo assim, o Departamento de Justiça abriu investigação criminal em Michigan e na Geórgia. 

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