O Exército de Israel iniciou ontem, 15, ofensiva terrestre para ocupar a Cidade de Gaza, após semanas de bombardeios aéreos. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, afirmou que há aumento de evidências de crimes de guerra e contra a humanidade por parte de Israel. Türk pediu o fim da “carnificina” e disse que cabe aos tribunais decidir se há genocídio, mas destacou o acúmulo de violações. O gabinete de segurança de Israel, liderado por Netanyahu, aprovou a expansão da campanha militar, alegando que Gaza é reduto do Hamas. Netanyahu, ao lado do secretário de Estado americano Marco Rubio, afirmou que não descarta novos ataques a líderes do Hamas. Ele declarou que Donald Trump é o “maior amigo” de Israel na Casa Branca, enquanto Rubio defendeu a destruição do Hamas. Na semana passada, Israel atacou líderes do grupo no Qatar, mas não atingiu a cúpula. Os EUA disseram não ter sido informados. A ofensiva já deslocou centenas de milhares de palestinos, com 300 mil fugindo da capital, segundo Israel. A Unicef criticou o deslocamento de crianças, alertando que os campos ao sul estão superlotados e inseguros. Mesmo sob alertas de retirada, muitos palestinos resistem a sair, temendo a insegurança em outras áreas de Gaza.
Líderes árabes e muçulmanos reunidos em Doha pediram revisão dos laços econômicos e diplomáticos com Israel após o ataque a líderes do Hamas no Catar, segundo um rascunho de declaração obtido pela AFP. A cúpula, convocada pelo Catar, reuniu cerca de 60 países e propôs ações legais contra Israel, alertando que a agressão ameaça a normalização das relações estabelecida pelos Acordos de Abraão. Arábia Saudita, Emirados, Bahrein, Catar, Kuwait e Omã pediram aos EUA que usem sua influência para conter Israel. O emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, afirmou que o ataque israelense prejudica negociações sobre Gaza, e o primeiro-ministro catari pediu punição internacional a Israel. O primeiro-ministro israelense, Netanyahu, o Hitler dos tempos atuais, disse assumir total responsabilidade pelo bombardeio, que mira alvos considerados terroristas. Pesquisadores e líderes regionais destacam que ações concretas substituirão a retórica. A reunião também abordou segurança coletiva e alinhamento entre Estados árabes para enfrentar ameaças comuns.
Um projeto de lei do TCU em tramitação na Câmara cria verba indenizatória que pode elevar salários de servidores a até R$ 72,8 mil por mês. A medida contraria o espírito da reforma administrativa, que busca conter supersalários. Mesmo assim, a urgência foi aprovada, permitindo votação direta em plenário. O adicional, chamado de Indenização por Regime Especial de Dedicação Gerencial (IREDG), pode alcançar 25% sobre a remuneração bruta. Por ser verba indenizatória, não se submete ao teto do funcionalismo nem ao Imposto de Renda. Com reajustes previstos, o valor máximo chegaria a R$ 82,2 mil em 2029. O TCU justifica a medida para estimular servidores a assumirem cargos de chefia, já pouco atrativos por causa do abate-teto. Críticos apontam contradição, já que o órgão é responsável por fiscalizar gastos públicos. O tribunal cita precedentes no Judiciário, Ministério Público, Senado e Polícia Federal. O projeto ainda prevê novas gratificações por desempenho e qualificação.
Os Correios atribuem a crise financeira atual à falta de investimentos no governo Jair Bolsonaro (2019-22). Em resposta a requerimento do deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), a estatal prevê alívio com R$ 1,6 bilhão previsto em orçamento. Entre 2019 e 2022, foram aplicados R$ 447 milhões, contra R$ 792 milhões em 2023/24. Segundo Geverson Albuquerque, assessor da presidência, a restrição comprometeu a competitividade. Para enfrentar a situação, a empresa promete racionalizar despesas. Entre as medidas estão jornada reduzida de seis horas com corte salarial e incentivo a desligamento voluntário. O prejuízo no primeiro semestre chegou a R$ 4,37 bilhões. Reportagem revelou atrasos em aluguéis de agências. Também houve falta de pagamento a terceirizados. Funcionários enfrentaram dificuldades no plano de saúde. A crise culminou em forte desgaste da gestão. O presidente Fabiano Santos pediu demissão.
TRUMP DEMITE MAIS UMA QUE NÃO VOTOU EM SEU NOME
Maurene Comey, ex-procuradora federal e filha do ex-diretor do FBI James Comey, processou o governo Trump após ser demitida em julho. Ela alega que a exoneração teve motivação política ligada ao histórico do pai, adversário do republicano. A ação foi apresentada no tribunal federal de Manhattan contra o Departamento de Justiça e o Executivo. Segundo seus advogados, não houve justificativa oficial para a demissão. Procuradora por dez anos em Nova York, atuou em casos como os de Epstein, Ghislaine Maxwell e Sean “Diddy” Combs. Duas semanas após a condenação de Combs, ela recebeu email de demissão. O comunicado citava apenas o artigo 2 da Constituição dos EUA, sem explicações adicionais. Ela afirma ter sempre obtido avaliações positivas, inclusive em abril deste ano. Ao questionar a decisão, ouviu que a ordem “veio de Washington”. No processo, pede reintegração ao cargo e acusa interferência política.
Santana, 16 de setembro/2025
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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