Pesquisar este blog

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

CAEM CONTRATAÇÕES, DEPOIS DAS TARIFAS, NOS EUA

Os setores industriais dos EUA mais expostos às tarifas de Donald Trump frearam contratações e iniciaram demissões, quase parando o crescimento do mercado de trabalho. 
Manufatura, comércio atacadista e energia foram os mais afetados, com executivos culpando os custos extras impostos pelas tarifas. Julie Robbins, da EarthQuaker Devices, disse que suspendeu contratações apesar da demanda: “É impossível crescer sem estabilidade”. Economistas agora esperam que o Federal Reserve corte juros para compensar o enfraquecimento do emprego. O relatório de agosto mostrou apenas 22 mil vagas criadas. A manufatura perdeu 12 mil empregos no mês, somando 78 mil em 2025. Mineração recuou 6 mil postos, enquanto o comércio atacadista já perdeu 32 mil neste ano. A John Deere informou prejuízo de US$ 300 milhões pelas tarifas e demitiu 238 trabalhadores. Dados do BLS indicam quase 1 milhão de vagas a menos do que se estimava até março.

O governo argumenta que tarifas estimulam investimentos domésticos, mas executivos se mostram cautelosos. Traci Tapani, da Wyoming Machine, disse que evita substituir funcionários que saem. A indústria do petróleo, grande apoiadora de Trump, também sofre: custos mais altos e preços baixos já cortaram 4 mil vagas. Chevron e Conoco planejam eliminar juntas mais de 11 mil empregos. Pequenos produtores de xisto e serviços petrolíferos seguem a mesma linha. “É assustador, e a perspectiva para o próximo ano é pior”, disse o petroleiro Elliott Doyle. Alguns líderes afirmam que as tarifas dificultam decisões de investimento. Bryan Sheffield, investidor texano, criticou a incerteza. Outros seguem otimistas, acreditando que as medidas restaurarão a indústria local. Michelle Feinberg, da New York Embroidery, planeja reduzir pessoal e automatizar, mas apoia as tarifas. Ela defende que os EUA estão pagando o preço por terem abandonado a produção doméstica. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário