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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

PROCURADORIA DENUNCIA PERITO, JUIZ E OUTROS

A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo denunciou o perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, e mais 13 pessoas, entre elas o juiz Peter Eckschmiedt, por peculato e organização criminosa. 
Segundo a acusação, o grupo desviava valores de heranças não partilhadas ou de bens de idosos incapazes, sob a posse indireta do juiz da 2ª Vara Cível de Itapevi. O magistrado determinava bloqueios de bens com base em títulos falsificados para transferir recursos a integrantes do esquema. A denúncia envolve três tentativas de desvio em 2023. Em 2024, uma juíza substituta acionou o MP, que notificou a Polícia Civil. Tagliaferro, descrito como amigo íntimo de Eckschmiedt e especialista em informática, teria orientado o juiz e servidores a apagar provas de celulares. Entretanto, mensagens enviadas à Corregedoria revelaram o modus operandi da organização. O perito também sugeriu invalidar provas e trocar o celular do juiz.

Em agosto, operação encontrou R$ 1,7 milhão em espécie na casa de Eckschmiedt. A denúncia foi assinada pelo procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa e corre sob sigilo. Tagliaferro chefiou a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE na gestão de Moraes. No Senado, ele acusou o ex-chefe de forjar relatórios para operação contra empresários bolsonaristas em 2022. Disse ainda que Moraes persegue políticos de direita e restringe liberdade de expressão. Após ser alvo da PF, Tagliaferro se mudou para a Itália e foi indiciado por violar sigilo funcional. Moraes nega irregularidades e afirma que todas as ações foram regulares e informadas à PGR. A defesa de Eckschmiedt afirmou que só se manifestará nos autos, ressaltando a inocência do juiz. O magistrado nega veementemente as acusações e diz confiar no devido processo legal. A defesa de Tagliaferro não foi localizada pela reportagem. 


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