Buenos Aires, reduto peronista, representa quase 40% do eleitorado nacional. A derrota veio em meio a denúncias contra Karina Milei e à estagnação econômica desde fevereiro. Milei reconheceu a derrota, mas prometeu aprofundar as atuais medidas. “Economicamente nada mudará”, afirmou o ministro da Economia, Luis Caputo. Analistas, porém, apontaram que o discurso não acalmou o mercado. O Morgan Stanley retirou recomendação de compra de ativos argentinos. O JP Morgan alertou para risco político prolongado. A Cohen Financial destacou foco no dólar em detrimento da atividade econômica. A Max Capital avaliou que o governo precisará usar reservas para conter o câmbio. A consultoria 1816 lembrou que o Tesouro já vinha vendendo dólares, contrariando promessas. Esses fatores reforçam o clima de incerteza para as eleições nacionais de outubro.
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terça-feira, 9 de setembro de 2025
DERROTA DE MILEI CAUSA QUEDA DO DÓLAR E DO PESO
A derrota do partido de Javier Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, no domingo (7), aumentou as dúvidas do mercado sobre o futuro do programa econômico do presidente. A Liberdade Avança obteve 33,8% dos votos, contra 47,2% da coalizão peronista Força Pátria, liderada por Axel Kicillof. Na segunda-feira (8), os títulos em dólar e o peso argentino caíram fortemente. O índice S&P Merval recuou 11% por volta das 14h. O peso oficial chegou a 1.450 por dólar, perto do teto da banda de 1.471. Nos bancos, o dólar variava entre 1.380 e 1.470 pesos. Títulos soberanos de 2035 caíram mais de 6%, enquanto o rendimento subiu a 12,8%. O risco-país, medido pelo Embi, chegou a 1.000 pontos-base.
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