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sábado, 22 de março de 2025

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 22/03/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Consignado para CLTs: brasileiros já simularam 15 milhões de empréstimos

Informações divulgadas pelo Ministério do trabalho e revelam um total de 1,5 mil contratos fechados

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Ofensiva de Bolsonaro contra cerco judicial inclui anistia, pressão externa, TSE e Ficha Limpa

Inelegível, ex-presidente pode virar réu por trama golpista e reforça frentes para tentar reverter inelegibilidade


TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Mendonça adere à defesa de Bolsonaro 

e sepulta unanimidade no STF sobre Moraes

O caso será analisado na Primeira Turma, e Mendonça pertence à Segunda


CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Israel promete tomar mais terras em Gaza para pressionar Hamas a liberar reféns

Tropas israelenses avançaram em direção às cidades de Beit Lahiya, no norte, 

e Rafah, no sul

DIÁRIO DE NOTÍCIAIS - LISBOA/PT


Portugal tem dos patrimónios “mais ricos do mundo em biodiversidade”. 
O trabalho para o proteger vai da conservação genética a projetos, 
com sotaque uruguaio, que se tornaram “uma missão de vida”. 

sexta-feira, 21 de março de 2025

RADAR JUDICIAL

POLICIAL FEDERAL: TRÁFICO INTERNACIONAL 

Josias João do Nascimento, 56 anos, policial federal aposentado, é chefe do maior esquema de tráfico internacional de armas no país. Ele foi alvo de operação da Polícia Federal na manhã de ontem, 20, com mandados cumpridos no condomínio Alphaville, na Barra da Tijuca, onde Josias mora. As investigações mostram que o esquema do policial enviou 2 mil fuzis de Miami para o Rio de Janeiro, com destino para as favelas do Comando Vermelho. A Polícia cumpre 14 mandados de busca e apreensão e, em um dos endereços, os policiais foram atacados com tiros e prenderam o homem em flagrante por tentativa de homicídio. A Justiça determinou sequestro e bloqueio de bens e ativos no valor de R$ 50 milhões.

JULGAMENTO DE ZAMBELLI 

O julgamento virtual da deputada federal Carla Zambelli terá início hoje, às 21.00 horas, com encerramento para dia 28, às 23.59 horas. Trata-se dos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma. A Procuradoria-geral da República apresentou denúncia, porque a parlamentar perseguiu com arma em punho o jornalista Luan Araújo, em outubro/2022, em São Paulo. A denúncia foi recebida pelo STF, em agosto/2023, quando teve início a ação penal. O ministro Gilmar Mendes é relator e votou pelo prosseguimento do processo; ele foi seguido pelos outros ministros. 

EX-MINISTRO É RÉU

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro tornou-se réu com o recebimento de denúncia oferecida pela Procuradoria-gera da República e aceita pela 10ª Turma do Tribunal Regional Federal. Trata-se de entrevista do ministro ao jornal Estado de São Paulo, em 2020, quando ele declarou que a causa do "homossexualismo" na adolescência são as famílias "desajustadas". Disse mais o ministro: "Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe". O relator do processo, desembargador federal Marcus Bastos afirmou que o STF equiparou o crime de homofobia ao de racismo. 

TRUMP INVESTE CONTRA O JUDICIÁRIO

O presidente Donald Trump e seus seguidores estão afrontando os juízes que decidem qualquer contra os absurdos decretos emitidos pelo Executivo, violadores da lei. Fala-se até em suposto "golpe judicial em andamento", segundo comentou conselheiros da Casa Branca. Essa alegação de golpe une manifestações do bilionário Elon Musk e o estrategista Steve Bannon. O conselheiro Stephen Miller, em entrevista à CNN, foi além para declarar que um juiz federal não tem autoridade para determinar de que forma o governo deve fazer as deportações. 

Santana/Ba, 21 de março de 2025.


Antonio Pessoa Cardoso

Pessoa Cardoso Advogados. 




SAIU HOJE NO ESTADÃO

OPINIÃO DO ESTADÃO

 

A república bananeira de Trump

Um presidente arbitrário, uma administração entregue a um bilionário e um governo que desdenha do Estado de Direito: tudo isso definia uma república bananeira. Agora, é o que define os EUA


Recentemente o presidente dos EUA, Donald Trump, parafraseou Napoleão em suas redes sociais: “Quem salva o seu país não viola nenhuma lei”. Mas o que acontece se o Judiciário discordar? Nos quase 250 anos da república norte-americana, este nunca foi um problema, porque nenhum presidente desobedeceu a uma ordem judicial. Mas Trump, o primeiro criminoso condenado a exercer a Presidência americana, veio para destruir as tradições – e, com elas, o Estado de Direito, o esteio da república. Em seu segundo mandato, Trump está testando como nunca os limites do Poder Executivo, e o risco de um impasse constitucional é cada vez maior.

No caso mais recente, que certamente não será o último, Trump invocou uma lei de 1798 para deportar membros de uma gangue venezuelana para El Salvador. A mencionada lei, que só se presta a tempos de guerra e foi aplicada pela última vez na Segunda Guerra Mundial, permite expulsar inimigos estrangeiros. Segundo o governo, a medida se justifica porque a tal gangue venezuelana está em “guerra” contra os EUA.

Não foi o que entendeu um juiz federal, que ordenou o cancelamento da deportação até que os referidos estrangeiros tivessem o tratamento judicial consoante o Estado de Direito – isto é, que fossem submetidos ao devido processo legal, em que cada um sabe exatamente do que está sendo acusado e pode se defender. Nada disso aconteceu: nem os acusados tiveram qualquer chance de se defender, nem a ordem do juiz foi obedecida. Os deportados foram enviados para as masmorras de El Salvador, governado por Nayib Bukele, aquele que reduziu a criminalidade no país acabando violentamente com o Estado de Direito. Não à toa, Trump celebrou seu colega salvadorenho: “Não esqueceremos!”.

Oficialmente, o governo Trump afirma que não desobedeceu a ordem nenhuma, mas o responsável pela política de imigração dos EUA, Tom Homan, foi claro em entrevista à Fox News: “Eles não vão nos impedir. Não vamos recuar. Não me importo com a opinião dos juízes nem com o que pensa a esquerda. Nós vamos avançar”. Em seguida, o próprio presidente Trump demandou o impeachment do juiz que deu a ordem, classificando-o de “lunático da esquerda radical”.

Trump foi repreendido pelo presidente da Suprema Corte americana, John Roberts, que, em raríssima manifestação pública, disse que “impeachment não é a resposta apropriada quando se discorda de uma decisão judicial”. Não é, mas Trump e seus devotos aparentemente não dão a mínima para o que é apropriado. O vice-presidente J. D. Vance já disse que “juízes não têm permissão para controlar o poder legítimo do Executivo”, uma fórmula ambígua que, de um lado, exprime uma platitude sobre a separação de Poderes e, de outro, insinua que quem decide o que é legítimo é o presidente, como nas monarquias absolutistas.

Movido por esse espírito, Trump, invocando leis obscuras e conceitos vagos como “segurança nacional”, está tentando revestir de legalidade ações francamente contrárias ao espírito constitucional. É o caso da prisão de um imigrante legal que liderou protestos contra Israel na Universidade Columbia. Não se sabe exatamente do que o imigrante é acusado – o governo ora diz que atua para conter o antissemitismo, ora afirma que há relação entre o imigrante e o grupo terrorista Hamas. Mas a acusação formal, qualquer que venha a ser ela, não importa: o objetivo é constranger a livre manifestação do pensamento.

Do mesmo modo, Trump nem se deu ao trabalho de dar algum verniz legal à ação truculenta do bilionário Elon Musk na administração pública americana. Sem cargo oficial, Musk ganhou carta branca para demitir quem quiser, para ter acesso a dados sensíveis e para asfixiar agências que deveriam funcionar por determinação do Congresso, numa escandalosa intromissão privada na máquina pública e na soberania popular do Legislativo.

Decisões arbitrárias e ilegais do presidente, loteamento da administração pública para empresários amigos do poder, desdém absoluto pelo Estado de Direito, tudo isso é o que costumava definir uma república bananeira. Agora, é o que define os EUA – o outrora “farol da democracia”.

MUSK, PERSONA NON GRATA

A ira do americano contra o extravagante Elon Musk assume proporções inusitadas e para celebrar esse cenário falta apenas a concessão para ele do título de persona non grata. Acontece que o protetor de Musk é o próprio presidente Donald Trump que hoje, 21, abrirá o plano militar dos Estados Unidos, através do Pentágono, para enfrentar eventual guerra contra a China. Sobre o acesso ilimitado de Musk, na rede social Truth Social, Trump declarou, ontem: "A China nem sequer será mencionada ou discutida". O acesso de Musk a segredos militares importa em "expansão dramática de seu já extenso papel como conselheiro do presidente Donald Trump". O bilionário goza de extrema antipatia do povo americano porque é responsável pela redução de servidores e de políticas públicas do país. O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, em postagem no X, informou que a reunião será "sobre inovação, eficiências e produção mais inteligente". Acontece que Musk tem muitos contratos com o governo e continua na administração de suas empresas, em nítido conflito de interesses. Musk é principal fornecedor do Pentágono, além de possuir altos investimentos na China. 

O jornal New York Times não obteve informações solicitadas sobre a visita de Trump, acompanhado de Musk. A Casa Branca também não informou sobre eventual dispensa de conflitos de interesse para Musk, tamanha é sua penetração no governo. O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Sean Parnell, em comunicado disse: "O Departamento de Defesa está animado para receber Elon Musk no Pentágono na sexta-feira. Ele foi convidado pelo secretário (Pete) Hegseth e está apenas visitando". Altas autoridades, na visita de Musk, vão informar-lhe sobre o plano dos Estados Unidos para enfrentar a China, se houver algum conflito militar. A visita a este importante órgão de defesa americano mostra a inusitada autoridade, concedida por Trump para o homem mais rico do mundo. Ademais, Musk não figura no comando militar e muito menos é conselheiro oficial de Trump para assuntos militares. A interferência de Musk no governo americano é tamanha que já solicitou ao Pentágono para suspender compras de jatos de combate F-35, fabricado por um dos seu concorrentes, com custo de mais de US$ 12 bilhões por ano.  Além de tudo isso, Musk é investigado pelo inspetor-geral do Pentágono acerca de questões de uso da autorização de segurança de alto nível que ele possui.  



DECRETO ELIMINA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

O presidente Donald Trump, em revisionismo impressionante, assinou ontem, 20, mais uma ordem executiva que elimina o Departamento de Educação, com função semelhante ao Ministério da Educação no Brasil. O ato presidencial é apoiado pelos republicanos que visualizam nas escolas "campo de batalha contra ideais progressistas". Anteriormente, o presidente orientou a secretária Linda McMahon a começar a desfazer o Departamento, porque "vamos eliminá-lo. Vamos fechá-lo o mais rapidamente possível". O Departamento foi criado por ato do Congresso no ano de 1979; para que haja cumprimento do ato presidencial haverá de ser submetido e aprovado pelo legislativo. A lei assegura que o Departamento deve "contemplar responsabilidade como um Escritório de Direitos Civis e um Escritório de Educação Elementar Secundária". 

Outras ordens executivas do presidente Donald Trump foram barradas no Judiciário e a expectativa é que também esse decreto não será efetivado, porque a Suprema Corte deve suspendê-lo. A decisão de Trump, no sentido de fechar um departamento federal, nunca ocorreu antes, tornando-se, portanto, manifestação inédita. A secretária Linda McMahon aplaudiu o posicionamento dos democratas, sob fundamento de que Trump "não poderia encerrar o departamento". 

PRESIDENTE PROCESSA EX-PRESIDENTE

A atual presidente da OAB/ES, Érica Neves, ingressou com ação civil pública, em fevereiro, na 4ª Vara Federal da Justiça Federal, de Vitória/ES, contra o ex-presidente da entidade, José Carlos Rizk Filho, acusado de rombo superior a R$ 700 mil no caixa da OAB; responde também na ação a empresa Innovary Mídia Estratégica Ltda. O ex-presidente é acusado de também ter repassado R$ 730.512,00 para a empresa de publicidade Innovary, entre novembro/2022 e dezembro/2024, na gestão de Rizk, por serviços que nunca foram prestados. A importância foi paga em 57 parcelas, com autorização de Rizk, sem passar pela tesouraria. Consta na petição que nem contrato foi celebrado entre as partes, muito menos houve registro financeiro das transações. 

A OAB pede que a Justiça Federal obrigue a empresa e Rizk a devolver o total de R$ 765.069,06, em valores atuais. A entidade alega que "após minuciosa auditoria interna realizada nas contas da OAB/ES, após a posse da nova Diretoria, a autora encontrou em seu balanço contábil vultosos pagamentos à empresa ré sem que houvesse qualquer contrato cadastrado no sistema interno da OAB/ES, Dataged, tampouco qualquer registro financeiro ou que tenha sido levado à Diretoria/Tesouraria acerca da prestação do serviço que justificasse os pagamentos". A Innovary foi aberta em 05/10/2022, registrada na Receita Federal em novembro/2022, mas em 07/11/2022 já recebia parcelas de R$ 20 mil. Os autores informam ainda que foi a única fonte de receita da empresa, entre novembro/2022 e dezembro/2024.     

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 21/05/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Segurança reforçada no Supremo para julgamento 
de Bolsonaro

Corte anuncia plano de proteção ao prédio e adjacências nos dois dias de julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativa de golpe de Estado. Ministros Moraes, Dino e Zanin estão aptos a participar das sessões

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Valor destinado para emendas é maior do que a verba de 32 dos 38 ministérios em 2025

Proposta, que segue para sanção do presidente Lula, prevê R$ 50,4 bi para repasses de parlamentares

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Promotoria investiga suposto desmonte para privatização do Poupatempo pela gestão Tarcísio

OUTRO LADO: Governo afirma ter inaugurado 36 novas unidades e que processo é transparente

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

PF diz que X permite financiamento de 
perfis bloqueados pelo STF

A PF cita contas ligadas ao blogueiro Allan dos Santos, ao empresário 

Paulo Figueiredo Filho e ao jornalista Rodrigo Constantino

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

STF decide que jornal será culpado por 
entrevistas em caso de má-fé

Imprensa só vai responder por danos morais em caso de má-fé

DIÁRIO DE NOTÍCIAIS - LISBOA/PT

Ataques israelitas contra a Faixa de Gaza matam mais 43 pessoas. "A situação é catastrófica"

Diretor do Hospital Indonésio afirmou que "o norte de Gaza teve uma noite difícil". 
"A região está a enfrentar um genocídio", afirmou o médico.

 

quinta-feira, 20 de março de 2025

RADAR JUDICIAL

Ao fundo, prédio da Suprema Corte da Itália
DESEMBARGADOR CONTINUARÁ AFASTADO


Por unanimidade, o CNJ ratificou decisão de afastamento cautelar do desembargador Jefferson Alves de Assis, que teve inicio em 21 de fevereiro/2025. O magistrado é acusado de favorecimento na concessão de habeas corpus ao empresário Cezar Paulo de Morais Ribeiro, líder de organização criminosa, violação dos deveres de imparcialidade e cautela, além de possível interferência na atuação jurisdicional de outro colega. O desembargador concedeu prisão domiciliar, no regime de plantão e sem urgência comprovada, causando violação ao princípio do juiz natural. O magistrado punido não poderá entrar nas sedes dos fóruns e do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.


ASSASSINATO DE PASTORA: CONDENAÇÃO

Em Conceição do Jacuípe, três acusados de matar a pastora Eliana de Jesus Santos, 35 anos, e seu filho, Ronvon Santana Batista, 14 anos, em abril/2022, foram condenados a 35 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, de conformidade com sentença proferida ontem, 19. As duas vítimas estavam em casa, onde moravam e onde funciona a igreja, quando foram assassinados. Os autores do crime por asfixia, foram Lucas Assis de Andrade, 26 anos, Uewley Matias, 26 anos e Filipe Sousa Santos, que atuava como missionário, e teve relacionamento amoroso com a pastora.  

CÂMARA MUNICIPAL: NOVA ELEIÇÃO

O juiz Joel Firmino do Nascimento Júnior, da comarca de Santaluz, determinou afastamento da atual mesa-diretora e seus titulares não poderão candidatar na nova eleição que terá de ser realizada no prazo de 72 horas. O magistrado endossou parecer do Ministério Público do Estado que comprovou terceira eleição consecutiva do presidente Sérgio Suzart; ele não poderá ser candidato no novo pleito. Até que haja o novo pleito, a Câmara será comandada pelo vereador mais idoso, contanto que não tenha sido integrante das chapas concorrentes. 

TRIBUNAL SUSPENDE 15 LEIS EM MUNICÍPIOS

O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu 15 leis em municípios do estado, do total de 17, responsáveis pela mudança de nomes de suas guardas civis para "polícia municipal". Em três casos, a decisão aconteceu em liminar, uma das quais da capital; em São Bernardo do Campo e em Itaquaquecetuba, as decisões são provisórias. Já nas câmaras dos municípios de Artur Nogueira, Amparo, Cruzeiro, Cosmópolis, Holambra, Itu, Jaguariúna, Pitangueiras, Salto, Santa Bárbara d´Oeste, São Sebastião e Vinhedo as ações diretas de inconstitucionalidades foram julgadas procedentes.   

DECISÃO DE JUIZ NEGA APELAÇÃO 

A decisão do juiz de primeiro grau que indefere o processamento da apelação, em violação ao Código de Processo Civil, deve ser questionada através de reclamação, segundo definiu a Corte Especial do STJ. O caso é definido pelo art. 988, inciso I, do Código processual. Todavia, se a negativa do processamento da apelação ocorrer em execução ou cumprimento de sentença, cabe também agravo de instrumento, art. 1.015 CPC. Decidiu-se também que até a publicação do acórdão da Corte Especial, os tribunais poderão aplicar o princípio da fungibilidade para admitir correição parcial ou do mandado de segurança nessas hipóteses. 

Santana/BA, 20 de março de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 




COVERSAS SÓ "SOB FOGO"

Em Jerusalem, no Muro das Lamentações

Os ataques mortíferos dos israelenses contra os palestinos não têm fim, apesar da celebração de acordo, em janeiro, que não perdurou por muito tempo. Nunca se acreditou nos carniceiros de Israel, encabeçados pelo primeiro ministro Binyamin Netanyahu, que afirmou sobre o relacionamento: as conversas só correrão "sob fogo". E assim procedeu com o reinício dos ataques, sob a mais frívola motivação: o Hamas não aceitou os termos israelenses de modificar o acordo, celebrado entre as duas partes. A situação piora, porque o presidente Donald Trump apareceu para avalizar qualquer movimento de Tel Aviv contra os palestinos, como se quisesse acabar com os nativos. Aliás, não é a toa que o presidente americano propôs a retirada dos palestinos de suas terras, onde ele pretende transformar Gaza em resorts e cassinos, em nítido interesse imobiliário e turístico. O vídeo postado por Trump mostra a transformação da Faixa de Gaza na Riviera do Oriente Médio. Os mais de 2 milhões de moradores poderão ser realocados no Egito e na Jordânia. 

A insensibilidade do presidente americano é demonstrada neste e em muitos outros momentos. Os israelenses, certamente, estão trabalhando para viabilizar o projeto de Donald Trump; e esse agrado importa no genocídio em Gaza, onde, somente na terça-feira, os ataques israelenses causaram a morte de 400 pessoas. Por enquanto os ataques são aéreos, mas a invasão já está programada e novas mortes novas prisões acontecerão. Sobre a proposta de Trump, o primeiro-ministro de Israel declarou: "Discutimos a visão ousada de Trump para o futuro de Gaza e trabalharemos para garantir que essa visão se torne realidade". A Arábia Saudita e outros estados árabes são favoráveis a que o estado palestino e o estado de Israel discutam entre si. Já o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na sua primeira visita a Israel assegurou: "O Hamas não pode continuar como uma força militar ou governamental. Eles devem ser eliminados". 

Exatamente o Hamas foi quem investiu contra a invasão de Israel em Gaza, mantendo a guerra de defesa do território por mais de 15 meses. O Hamas classificou de "grave violação" à trégua celebrada em 19 de janeiro. O bombardeio de Israel foi traiçoeiro e dirigido contra policiais que garantem a entrada de ajuda aos palestinos". O presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi, no domingo, 16, afirmou que um estado palestino era a "única garantia" de paz duradora no Oriente Médio. O Egito tem-se movimentado para impedir a continuidade dos ataques desferidos por Israel, com plena aprovação de Trump. O governo de Joe Biden bloqueou carregamento de munições, temendo serem usadas em áreas povoadas de Gaza; pois, mal Donal Trump assumiu o cargo, fez questão de liberar o que seu antecessor havia proibido; aliás, muitas decisões do atual presidente americano seguem sempre desfazendo o que Biden fez. Enfim, os males, inclusive psicológicos, que Israel provoca sobre os palestinos é muito grande. Em pesquisa com mais de 500 cuidadores de crianças vulneráveis, "96% das crianças nessas condições sentiam que a morte era iminente, e quase metade (49%) expressou o desejo de morrer após ataques israelenses". O Fundo das Nações Unidas para a Infância assegurou que "quase todas as 1,2 milhão de crianças de Gaza precisam de apoio psicológico".  

Santana/BA, 20 de marco de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


ALLAN DOS SANTOS CONTINUA FORAGIDO

As empresas Meta e X terão de informar à Polícia Federal, no prazo de 10 dias, dados das contas de perfis utilizados pelo bolsonarista Allan dos Santos, sob pena de multa no valor diário de R$ 100 mil, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A manifestação do ministro presta-se para atender a pedido da Polícia Federal em investigação de fake news contra a jornalista Julian Dal Piva. Os investigadores buscam acesso a dados de quem criou mais uma conta usando o nome de Allan dos Santos no Instagram e de todas as postagens dessa conta e de outra no X, entre junho/2024 e fevereiro/2025. As duas contas estão fora do ar e Allan está proibido de criar novas contas nas redes sociais. Contra ele há duas ordens de prisão, expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes e a extradição torna-se impossível, porque as determinações de prisão não são consideradas crimes pelas leis americanas. 

Allan dos Santos vive nos Estados Unidos desde o ano de 2020 e é investigado também por atacar e expor dados de investigadores que atuaram no caso de Jair Bolsonaro. O pedido de prisão de Allan foi remetido às autoridades americanas, mas não se acredita que seja cumprido, vez que as postagens não são consideradas como criminosas nos Estados Unidos. Enquanto isso, Allan continua denegrindo a imagem da Justiça brasileira nos Estados Unidos. 



DEPUTADO LICENCIA, TEMENDO PRISÃO

O depufede federal Eduardo Bolsonaro licenciou-se do mandato para, nos Estados Unidos, "buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a Polícia Federal merecem". É confissão de um político que acredita punir brasileiros morando nos Estados Unidos. Não percebe a fraqueza democrática pela qual atravessa o país governado por Donald Trump, arbitrário e infrator dos direitos dos americanos. O parlamentar diz que o "Brasil vive um período de exceção e que vai ficar nos Estados Unidos para buscar punição a Alexandre de Moraes". Quanta covardia de um parlamentar, deixar seu país, para buscar interferência de outro país, visando punir ministro da mais alta Corte. Missão que se antecipa impossível, pois nem as leis americanas nem as brasileiras permitem interferência de um país no outro. Ao que tudo indica, Eduardo não está representando "os melhores interesses para o meu país", mas busca agradar ao seu líder, Donald Trump, a quem a família Bolsonaro devota paixão, esperando que de alguma forma será capaz de anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.   

Eduardo mudou porque temeu ficar sem poder fazer política contra o Brasil, no exercício do mandato, e rumou para os Estados Unidos. O depufede diz que "não irei me acovardar", mas não reflete a realidade dessa manifestação, pois ele está acovardando, quando deixa seu mandato para denegrir a imagem do Brasil nos Estados Unidos. Aliás, melhor assim, porque pelo menos não continua com manifestações estapafúrdias, no exercício do mandato. Eduardo diz ter aceito "esse chamado como um compromisso não só com a minha família e a minha nação, mas como uma aliança com Deus". Ele confunde tudo, pois como compromisso com "minha nação", e deixa sua nação para vilipendiar exatamente sua nação!? Parlamentares desconfiam desse posicionamento do depufede e acreditam que alguma artimanha está por trás de toda essa ocorrência do falso patriota.


MUSK PERSEGUE E PAGA CARO!

O bilionário Elon Musk, que se associou ao presidente Donald Trump, está pagando caro pelo mal que fez enriquecendo às custas da exploração de seus funcionários e do sofrimento de muitos, além e principalmente depois que repartiu com Trump na administração do país. Os ataques cresceram desde que Musk assumiu o Departamento de Eficiência Governamental, DOGE, e, nessa condição, passou a demitir milhares de funcionários. Em várias cidades americanas estão sendo incendiados os cybertrucks, disparadas balas e coquetéis molotov contra showrooms, além de ataques continuados à Tesla, empresa de carros elétricos do bilionário. Em Las Vegas, depois do fogo sobre cinco veículos, o Departamento de Justiça interferiu para acusar muitas pessoas por essas práticas. São promovidas pichações nas portas do prédio. Trump não descuidou para proteger seu sócio e, em entrevista à rede de TV americana Fox News, declarou que "os carros da Tesla incendidos podem ser um ato de terrorismo". O bilionário diz que "esses "ataques malignos" é fruto de ato "pago por organizações de esquerda, financiadas por bilionários de esquerda, essencialmente". 

Ativistas em protestos expressaram seus descontentamentos com os atos do bilionário, inclusive com cancelamento de contratos relativos a programas humanitários, e expressaram com a expressão "Tesla Takedown". Manifestações pacíficas aconteceram em concessionárias da Tesla nos Estados Unidos e na Europa. Um senador americano que teve desentendimento com Musk prometeu vender os veículos adquiridos e colocou adesivos de protestos contra Musk. Em Portland, foram disparados tiros em um showroom da Tesla, danificando veículos e janelas da loja.