CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
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domingo, 9 de janeiro de 2022
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 9/1/2022
GENERAL DESAFIA BOLSONARO
Em Nota, General desafia Bolsonaro, que se cala:
sábado, 8 de janeiro de 2022
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 8/1/2022
COISAS DA JUSTIÇA (VI)
STF NÃO JULGA
O STF acumula processos, sem julgamento, através dos anos, seja pelo pedido de vistas, denominado apropriadamente de "perdidos de vista", seja pelo engavetamento nos gabinetes ou até mesmo por medida processual, atualmente em voga, retirando a competência de um juízo e determinando remessa para outro, como aconteceu com processos da Lava Jato que, em um momento, seguia para a Justiça Eleitoral, ou para outras instâncias. Assim, estão paralisados muitos processos contra o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva, outros prescritos. Talvez o processo mais antigo, sem julgamento no STF, tenha sido, de 1987, envolvendo o governo de Mato Grosso, reclamando da União, indenização de R$ 10 bilhões de cruzados, equivalente a R$ 6 bilhões; de lá para cá o país já mudou de moeda por cinco vezes. Trata-se de cessão de terras e riquezas minerais do estado, concedidas pela União aos indígenas. O primeiro relator deste processo foi o ministro Aldir Passarinho, falecido em 2014; daí em diante deu-se a redistribuição para quatro relatores e a ministra Rosa Weber, quinta relatora, em 2011, pautou o julgamento, que não aconteceu.
Os "perdidos de vista", passam de 200 processos, que, segundo a norma da própria Corte, deveriam ser pautados nos 20 dias seguintes ao pedido de vista ou depois da segunda sessão ordinária; na verdade, em média, levam quase um ano e meio para serem devolvidos.
GILMAR CONTINUA
JUÍZA MANDA GOL PAGAR HOTEL DE TUTORES DE CADELLINHA
A juíza Fabiana Feher Recasens, do plantão judiciário de São Paulo, atendeu a medida judicial requerida pelos tutores de uma cachorrinha contra a empresa aérea Gol, porque o animal escapou de sua caixa transportadora e desapareceu no aeroporto de Guarulhos, onde houve escala do voo, de Recife com destino a Navegantes, em Santa Catarina; o caso ocorreu no dia 15 de dezembro. A magistrada determinou que a companhia pague 30 dias de hotel para ajudar os tutores na busca da cadelinha "Pandora", contrate o serviço para encontrar "Pandora" e que as autoridades permitam aos tutores ingressar em área interna do Aeroporto.
A gol, voluntariamente, empreendeu medidas para amparar e reduzir o sofrimento dos tutores, contratando duas empresas especializadas em rastreamento de cães, e ofereceu até assistência psicológica profissional, dispensada pelo cliente.
SEXO ORAL PARA PAGAR DÍVIDA
No ano de 2019, a Justiça espanhola decidiu demanda altamente polêmica, pela singularidade do tema nas Cortes, somente agora do conhecimento público. Uma mulher devia ao ex-cunhado R$ 96,3 mil e o pagamento foi combinado por meio da prática de sexo oral. A Justiça não impediu o cumprimento do acordo, sob condição de ser consensual e principalmente porque a mulher nunca denunciou eventual coerção sexual. Acontece que quando depois de encerrado o ato sexual, o ex-cunhado telefona para a mulher, pedindo pagamento do resto da dívida em dinheiro. Novamente, a mulher busca a Justiça que lhe dar razão, considerando quitada a dívida.
BOLSONARO: "TARADAS POR VACINA"
O senador Randolfe, nos autos de inquérito das fake news, ingressou com petição acautelatória ao ministro relator, Alexandre de Moraes, pedindo para proibir que o presidente Jair Bolsonaro e seus familiares continuem divulgando informações falsas sobre a vacinação contra a covid-19 para crianças. O senador alega: "a garantia constitucional que lhe garante a manifestação do pensamento não pode aniquilar o núcleo essencial do direito à saúde e à vida da população e, especialmente, no caso concreto, das crianças brasileiras"; na petição, o parlamentar menciona a "campanha de desinformação da população brasileira e de propagação de fake news"; rememora entrevista na qual o presidente chamou de pessoas "taradas por vacina", integrantes da ANVISA; no final requer aplicação de multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento de eventual decisão judicial.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 8/1/2022
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
ITAPEMIRIM IMPEDIDA DE VENDER PASSAGENS
Depois que a Itapemirim Transportes Aéreos suspendeu suas atividades, em dezembro, exatamente no período mais procurado para viagens, a ANAC resolveu proibir a empresa de retomar a venda de passagens, conduta possível somente depois de comprovar atendimento aos passageiros prejudicados com a interrupção dos voos, com reembolso integral dos bilhetes aéreos ou reacomodação em outros voos. Afinal, a providência da companhia aérea estragou a vida de 45.887 passageiros, que tinham programações no fim do ano. A ANAC centralizou todas as reclamações contra a empresa na plataforma consumidor.gov.br e determinou que sejam respondidas, de conformidade com a resolução 400.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
CORONAVÍRUS NO BRASIL E NO MUNDO, EM 7/1/2022
COISAS DA JUSTIÇA (V)
STF NÃO JULGA
Enquanto houve desestruturação da Lava Jato, na primeira instância, o STF praticamente não julgou os processos criminais contra deputados e senadores acusados de corrupção; das 28 denúncias oferecidas pela Procuradoria-geral da República contra políticos, somente 19 foram analisadas, das quais 7 decisões com rejeição das denúncias, uma declarada extinta a punibilidade e outra com pedido de vista que só será devolvido quando o ministro quiser; as outras 9 permanecem arquivadas em algum gabinete, esperando o prazo para ser declarada a prescrição. Parados no STF o processo penal contra o ex-senador Valdir Raupp/PMDB-RO, contra o deputado Vander Loubert, PT-MS e contra os ex-deputados José Otávio Germano/PP-RS e Luiz Fernando Faria/PP-MG.
Respondem também a ações penais, no STF, pelo denominado "quadrilhão do PP", o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira/PP-AL, o atual chefe da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, senador Ciro Nogueira, PP-PI, o deputado Aguinaldo Ribeiro/PP-PB e Eduardo Fonte/PP-PE. Os processos do "quadrilhão do PP" desembarcaram no STF com denúncia em 2015, mas só houve recebimento da peça inicial no ano de 2019.
E mais: segundo levantamento do ministro da Lava Jato, Edson Fachin, 31 inquéritos foram arquivados, 38 remetidos para outras instâncias e 67 distribuídos para outros ministros, porque os crimes praticados não tinham relação com a Petrobras. O desenlace dos 38 inquéritos com juízes de outras instâncias, assim como os 67 com outros ministros permanecem nos gabinetes, sem tramitação alguma. E o pior de tudo: há 14 ações cautelares, em andamento no STF, referentes a prisão temporária e prisão preventiva, a buscas e apreensões, interceptações telefônicas ou quebras de sigilos, todas devidamente guardadas e bem guardadas até o arquivamento.
INQUÉRITOS MOVIMENTAM COMO CARANGUEJO
O presidente Jair Bolsonaro é investigado em quatro inquéritos no STF e um inquérito administrativo no TSE; ainda tramitam no TSE cinco investigações sobre irregularidades na contratação de serviços e disparos em massa de mensagens em redes sociais, durante a campanha de 2018. Outro inquérito que não termina nunca é o que trata da interferência do presidente na Polícia Federal, iniciado em 2019. Os adiamentos para investigação são constantes e sempre por mais 90 dias; no final de dezembro, o ministro Alexandre de Moraes retardou por mais 90 dias o final das investigações. Os inquéritos no STF não apresentarão conclusão alguma até final de 2022, porquanto são sempre adiadas as investigações e, apuradas as averiguações, serão submetidas à Procuradoria-geral da República; se apresentada denúncia, haverá necessidade de manifestação da Câmara dos Deputados, com votos de 2/3 dos parlamentares. Não obtida essa maioria pela abertura do processo, será suspensa a tramitação, reiniciada somente após Bolsonaro deixar o governo.
A possibilidade de Jair Bolsonaro ser impedido de candidatar em 2022 existe, mas nos processos que tramitam no TSE; um deles, sobre disparos em massa de mensagens em redes sociais, durante a campanha de 2018, já está pronto para apresentação do voto do relator, com pedido de pauta para julgamento. Recentemente, o TSE julgou improcedente pedido de cassação de Bolsonaro, simplesmente porque a Corte não aceitou o compartilhamento de informações sobre o caso, no STF. Bolsonaro responde também pela apresentação de propaganda antecipada e pelo uso de recursos públicos nas motociatas, mas tudo isso teve início em agosto/2021e movimenta-se como caranguejo.
Guarajuba/Camaçari, 7 de janeiro de 2022.
JUÍZA FLAGRADA AOS BEIJOS COM CONDENADO
A juíza Mariel Suárez, do Superior Tribunal de Justiça de Chubut/Argentina, foi flagrada aos beijos com um condenado a prisão perpétua. Ela foi a única julgadora, dentre os três que julgaram Cristian, a votar por punição mais branda, mesmo com a confissão, no júri, de ter sido ele o autor da morte do policial Leandro Tito, em 2008. O flagrante originou-se de vazamento de vídeo nas redes sociais, de conformidade com registro das câmaras de segurança do Instituto Penitenciário em Trelew. Cristian foi condenado por assassinar um policial. A juíza esteve no presídio, em dezembro, uma semana após a condenação do criminoso. A juíza defende-se, alegando que esteve no local, porque pretende escrever um livro com a história de Cristian.
Processo administrativo foi iniciado para apurar a conduta da magistrada, visando apurar o teor da reunião, sua duração e suas características, que podem causar violação à Lei de Ética Público e ou do Regimento Geral do Judiciário.