Pesquisar este blog

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

ENFIM, TRUMP DEIXA A CASA BRANCA

A democracia americana atravessou período de incerteza e bastante conturbado com a chefia da nação por um presidente sem preparo, sem ética, mentiroso e sem o mínimo de senso de humanidade, principalmente pelos maus tratos dispensados às crianças de imigrantes afastadas dos pais e, muitas delas, até hoje sem notícia dos genitores. Donald Trump manchou o respeito que o mundo depositava na democracia americana. Nem nas repúblicas latino americanas foram registradas cenas tão deprimentes como as apresentadas no governo que, a contragosto, deixou a Casa Branca ontem, prometendo voltar "de alguma forma". Antes de retornar, Trump enfrentará o processo de impeachment, no Senado, já aprovado pela Câmara dos Representantes. O mundo ficou estarrecido com os últimos acontecimentos, ocorridos desde a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro. Trump serviu-se de um grupo de advogados, sem o mínimo de respeito à instituição que representam, para, sem comprovação alguma, questionar os resultados proclamados do pleito. Os defensores de Trump poderão perder a licença para advogar, "por mover ações frívolas". Todos eles, inclusive Giuliani, que não recebeu os honorários cobrados a Trump, deverão responder por incitação à insurreição nos Estados Unidos.

O novo governante americano ocupou o primeiro dia na Casa Branca desfazendo alguns atos de isolacionismo, consistente no desleixo com o meio ambiente, com a construção de muro, na fronteira mexicana, e com desobediência aos preceitos sanitários, diante da covid-19, causando sérios danos à saúde do povo, porque nega importância à ciência. O presidente americano retirou o país do Tratado de Paris, que se ocupa do clima no mundo, abandonou a Organização Mundial da Saúde, que cuida do bem-estar do povo em todo o planeta. No campo da saúde, o presidente posicionou-se a favor da aglomeração de pessoas, da abertura do comércio, não usou máscara para a sua e a proteção de seus seguidores; dificultou o trabalho dos médicos, quando se propôs até mesmo a receitar medicamentos, sem a mínima comprovação de resultados, para curar a pandemia do coronavírus. Em face de todo esse relaxamento, o país já registrou mais de 400 mil mortes. Os Estados Unidos saíram chamuscados pelo indecentes princípios adotados por Trump e pelos males causados à saúde do povo.   

O pior do governo de Donald Trump foi a péssima lição transmitida para muitos líderes mundiais, inclusive do Brasil. O mundo vive nestes últimos anos de populismo exacerbado, com estragos aos princípios democráticos, no qual alguns governantes preocupam-se mais em agradar aos governados com cenas, antes desempenhadas por palhaços; desleixam-se de suas atribuições constitucionais para enveredar por caminhos tortuosos, ferindo inclusive as leis do país. Fogem de princípios éticos, destratam a imprensa, enxovalham as  instituições, participando inclusive de atos que ferem a democracia e não zelam da saúde do povo.    

Salvador, 21 de janeiro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 


ATOS DO PRESIDENTE

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargador Lourival Trindade, através de Decretos Judiciários, publicados hoje, no DJE, "regulamenta a digitalização dos processos judiciais físicos, que tramitam no sistema SAIPRO, vinculados às Varas de Competência Criminal das Comarcas que especifica". O trabalho, nas 31 Comarcas enumeradas, deverá ser iniciado em 25 de janeiro. O Decreto suspende os prazos de atendimento ao público e os prazos dos processos em tramitação nas unidades, entre os dias 25/01e 12/02/2021;

Concede aposentadoria voluntária à servidora ADELICE LOPES BARBOSA, Administradora do Fórum, da Comarca de Caravelas; 

Torna sem efeito Decretos Judiciários de nomeação de CAROL CRISTINE VILLAR NUNES, Analista Judiciária - Subescrivã - datado de 10/12/2020, e de sua designação para a 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Camaçari, decreto de 13/01/2021; 

Nomeia CAROL CRISTINE VILLAR NUNES, Analista Judiciária - Subescrivã - para exercer o cargo na 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Camaçari;  

Nomeia TAMIRES CARNEIRO LIMA para o cargo de Analista Judiciária - Subescrivã -;

Considera exonerada, A PEDIDO, a servidora VITÓRIA MARIA SACRAMENTO MAIA, do cargo de Oficial de Justiça da Comarca de Salvador, com efeito retroativo a março/2003. Republicação corretiva. 

                        


"ARAS TEM DE DENUNCIAR BOLSONARO"

Sob o título acima, O Antagonista, escreveu em matéria abaixo de hoje:

"Um ministro do Supremo disse para o Valor que Augusto Aras, ao poupar Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello no desastre da Covid-19, está prevaricando:

“Omite-se ante homicídio doloso”.

Mas não é só isso. Seis dos oito integrantes do Conselho Superior do Ministério Público repudiaram a blindagem feita pelo PGR.

“O próximo passo é a convocação do Colégio de procuradores”, diz o jornal.

“Sob um cerco desta magnitude, Aras ruma para se deparar com duas opções. A primeira é continuar a desafiar a missão que lhe foi conferida pela Constituição e perder seu mandato. A segunda é se conformar em ter chegado ao topo da carreira do Ministério Público e exercer seu papel de denunciar o ministro da Saúde e seu comandante-em-chefe.”

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF 

MÉDICA DA FIOCRUZ CRITICA "INCOMPETÊNCIA DIPLOMÁTICA" DO BRASIL 
Governo diz que trata com seriedade fornecimento de insumos de vacina

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

"DEVEMOS ACABAR COM ESSA GUERRA INCIVIL", DIZ BIDEN ASSUMINDO O CONTROLE DE UM EUA EM CRISE

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

CIDADES NO AMAZONAS E  PARÁ PREOCUPAM DEFESA, E MILITARES COBRAM ATUAÇÃO DA SAÚDE

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA 

BRASIL DEVE ENFRENTAR A PIOR FASE DA PANDEMIA NAS PRÓXIMAS SEMANAS

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

NOTA DE ARAS CAUSA INDIGNAÇÃO NO STF E NO CONSELHO SUPERIOR DO MP
Leitura política foi de que o procurador dá sinais no sentido de preservar o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde

CLARIN - BUENOS AIRES/ARG

NUEVO GOBIERNO
CON BIDEN, QUÉ PUEDE CAMBIAR EN LA RELACIÓN DE ARGENTINA Y ESTADOS UNIDOS
 
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

BIDEN ASSINA REENTRADA DOS EUA NO ACORDO DE PAIS E NA OMS. E O FIM DO MURO 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

CORONAVÍRUS NO BRASIL

Segundo informações do Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, foram registradas 1.192 mortes, tornando o segundo dia, nesta semana, com mais de mil óbitos. De ontem para hoje foram diagnosticadas 64.385 pessoas com a doença. O total de óbitos é de 212.831 e de contaminados, 8.638.249, desde o início da pandemia. Foram recuperadas 7.564.622 pessoas e 860.796 em acompanhamento. 

Segundo dados da Secretaria da Saúde, nas últimas 24 horas, na Bahia, foram registradas 31 mortes e 4.991 casos da Covid-19. O número de infectados é de 549.315, e de óbitos, 9.728, desde o início da pandemia. 


ARAS É CENSURADO POR PROCURADORES

Além do ministro Marco Aurélio, do STF, Procuradores da República, através da Diretoria da Associação Nacional, em Nota, censuram manifestação do Procurador-geral, Augusto Aras; classificaram-na de "absolutamente desarrazoada", quando refere ao estado de defesa, assegurando que cabe ao Legislativo responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro, por este ter sabotado o combate à pandemia. A Nota diz que "cabe a instituição (Ministério Público) e a todos os seus integrantes, portanto, a defesa contínua e intransigente da democracia e dos seus valores, como conquista perene e inegociável do povo brasileiro. Qualquer alusão, no atual estágio da democracia brasileira, a estados de exceção, inclusive aqueles previstos na própria Constituição, como os estados de sítio e de defesa, se mostra absolutamente desarrazoada e contrária à missão constitucional que foi incumbida precipuamente à instituição e a todos os seus membros".    



TRUMP CONFERE A FAMILIARES DIREITO INEXISTENTE

O presidente Donald Trump, que pretendia assinar ato de perdão para si mesmo, desistiu da ideia, mas concedeu a 13 membros de sua família a melhor segurança disponível no mundo nos próximos seis anos, além de proteção do Serviço Secreto dos Estados Unidos, segundo noticia o Washington Post. De acordo com a lei, apenas sua esposa e o filho de 14 anos até completar 16 anos, têm direito à proteção do Serviço Secreto. Trump e Melania gozarão de segurança durante toda a vida.




REESTRUTURAÇÃO DAS FÉRIAS DOS MAGISTRADOS

Através de Resolução, aprovada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, os magistrados só gozarão de férias depois de completado 12 meses de exercício no cargo, sem considerar averbação de tempo de serviço anterior. O Tribunal invoca a necessidade de cumprir metas traçadas pelo CNJ e a crescente demanda pela prestação jurisdicional. Diz a resolução: "Por ocasião da elaboração da escala de férias a vigorar no ano subsequente, os magistrados em tais condições serão orientados a direcionar a escolha do mês de fruição de férias para ocasião posterior ao término do primeiro período aquisitivo". Confere a condição de o Tribunal deixar acumular férias, se houver necessidade do serviço. A resolução diz que as férias, que poderão ser interrompidas, serão organizadas em setembro e a escala publicada até 15 de outubro. 

É providência saneadora, mas não soluciona o impasse, porquanto os magistrados já têm 93 dias de descanso, juntados os dias de recesso, o descanso da semana santa, os feriados, mais 60 dias de férias; se incluir a licença prêmio de 90 dias, a cada cinco anos, encontra-se a média de 06 dias/ano, totalizando 99 dias dispensados do trabalho. Tanto na área federal, estadual, no Ministério Público, na Justiça do Trabalho na Justiça Militar e no Tribunal de Contas a situação é a mesma.

Desta forma, o Judiciário do país está de férias, de recesso ou no gozo de feriado durante 203 dias, sem incluir a novidade trazida pelos grandes escritórios de advocacia, trabalhando, portanto, pouco mais de 160 dias no ano; com este raciocínio, conclui-se que, para cada dia de trabalho o magistrado tem mais de um dia de folga.




MARCO AURÉLIO: "RECEIO PELO ESTADO DE DIREITO"

Segundo noticia "O Antagonista", o ministro do STF, Marco Aurélio questionou a Nota divulgada pelo Procurador-geral da República, Augusto Aras. Disse o ministro: "Onde há fumaça há fogo. Crise de saúde, crise econômica, crise social e agora crise, aparentemente, política. Não vejo com bons olhos esse movimento de quem precisa ser visto como fiscal maior da lei. Receio pelo o Estado de Direito. Volto à palestra que fiz no encerramento de curso de verão na Universidade de Coimbra, em julho de 2017. Disse que, ante a possível eleição, como presidente da República, do então deputado federal Jair Bolsonaro, temia, esse foi o vocábulo, pelo Brasil. Premonição? Certamente não."  



"A NOTA DE ARAS É DESASTRE NATURAL DE UMA PERSONALIDADE AUTORITÁRIA"

Com o título acima, O Angtagonista publicou a matéria abaixo sobre o desastroso trabalho do Procurador-geral da República, que está desestabilizando a Operação Lava Jato:   

"Augusto Aras, o Procurador-Geral da República que vem prestando relevantes desserviços à nação, como o desmantelamento da Lava Jato e a tentativa de intimidar este site e a Crusoé no inquérito do fim do mundo, divulgou ontem uma nota na qual fica evidente o papel que se arrogou: o de advogado de defesa de Jair Bolsonaro. Mas ele foi muito além, ultrapassando quaisquer limites: ao lavar as mãos de  investigar os supostos crimes evidentes do presidente da República na (falta) de gestão da pandemia, ele faz uma ameaça velada, que a sua assessoria tenta desmentir a jornalistas, sem sucesso. As palavras estão lá.

A nota diz que “O estado de calamidade pública é a antessala do estado de defesa. A considerar a expectativa de agravamento da crise sanitária nos próximos dias, mesmo com a contemporânea vacinação, é tempo de temperança e prudência, em prol da estabilidade institucional.”

Na sequência, como publicamos, ele afirma que “segmentos políticos clamam por medidas criminais contra autoridades federais, estaduais e municipais” e que ele “já vem adotando todas as providências cabíveis desde o início da pandemia”, a fim de que “não haja o alastramento da crise sanitária para outras dimensões da vida pública”.

À guisa de conclusão, Aras diz: “Neste momento difícil da vida pública nacional, verifica-se que as instituições estão funcionando regularmente em meio a uma pandemia que assombra a comunidade planetária, sendo necessária a manutenção da ordem jurídica a fim de preservar a estabilidade do Estado Democrático.”

A primeira observação a ser feita é que “preservar a estabilidade do Estado Democrático”, em meio à tragédia que vivemos, significa investigar o descalabro pornográfico do governo Bolsonaro em relação à peste que já matou mais de 200 brasileiros. É, portanto, o contrário do que Aras afirma. Não existe Estado Democrático quando um presidente da República sente-se no direito de sabotar a manutenção da saúde pública, seja por atos de irresponsabilidade e mesmo perversidade, ao estimular aglomerações, ridicularizar o uso de máscaras e prescrever remédios sem comprovação científica, ou de por incompetência administrativa, como fica evidente pelo caos da falta de oxigênio em Manaus e a confusão na aquisição e distribuição de vacinas. É de uma clareza de alvejante o Ministério da Saúde não tinha plano nenhum em relação à imunização em massa.

O segundo ponto é que não é função do PGR divulgar notas de cunho político sobre os motivos que o levam a investigar ou não esse ou aquele assunto. Ele deve se ater ao contornos jurídico-policiais que lhe são impostos pela Constituição. É absoluto despropósito insinuar que o presidente da República pode decretar o estado de defesa, uma “antessala do estado de calamidade pública”. Estaria Aras atuando como porta-voz do Planalto? A interrogação está no ar.

De fato, a Constituição prevê que o estado de defesa pode ser acionado quando há grandes rebeliões populares ou ocorre um desastre natural que, dadas as suas proporções, seja capaz de ameaçar a ordem pública ou a paz social. O estado de defesa pode durar 30 dias, prorrogáveis uma única vez por outros 30. Durante o estado de defesa, algumas garantias individuais permanecem suspensas, como o direito à reunião e ao sigilo de correspondência. A decisão do presidente da República de decretar do estado de defesa passa pela aprovação do Congresso. A questão a ser formulada quanto ao ponto específico é por que Aras acha que investigar a atuação do presidente da República causaria rebeliões populares ou um desastre natural de grandes proporções? A pandemia não pode ser considerada inteiramente um desastre natural. É uma emergência sanitária diante da qual o presidente da República e os seus asseclas nada fazem ou fazem errado. Ou seja, deve ser objeto de investigação. Quanto ao receio de rebeliões populares, o STF, ainda que de maneira arbitrária, já domou os ímpetos da malta bolsonarista que se reduz a cada dia. E que PGR é esse que teria medo da ação de agentes provocadores?

A última vez que se falou em estado de defesa em Brasília foi em 2016, quando grandes manifestações de rua exigiam o impeachment de Dilma Rousseff. Petistas aloprados quiseram transformar os atos cívicos em rebeliões populares e sondaram o general Eduardo Villas-Bôas, então Comandante do Exército, para obter o seu apoio. Receberam um rotundo não como resposta. E tendo a crer que o atual comandante, Edson Leal Pujol, não se meteria numa aventura como a insinuada pelo PGR.

A nota de Augusto Aras, sim, é desastre natural. Desastre natural de uma personalidade autoritária. Personalidade autoritária que age como advogado de defesa do presidente da República que o nomeou, personalidade igualmente autoritária. Só que mesmo o funcionário mais subalterno sabe que, no Estado Democrático, não dá para defender o chefe quando ele comete crimes à luz do dia, na frente de todo mundo."


DOIS ANOS SEM CORRUPÇÃO!

Sem paixão, sem fanatismo, sem torcer para este ou àquele político, vamos analisar alguns fatos presentes no nosso dia-a-dia. A expressão acima, "Dois Anos sem Corrupção", comumente usada nesses últimos tempos, está fora do contexto no cenário brasileiro. Primeiramente, creio ser uníssono nosso entendimento que a corrupção não foi banida do país, mas permanece desestruturando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, porque está intimamente vinculada ao sistema público nacional; são inúmeros os parlamentares, ministros, magistrados e outras autoridades envolvidas em investigações ou processos criminais pela prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e outros delitos. Se começarmos pela presidência da República, constatamos que um filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio, é réu em crime de corrupção, consistente na prática da denominada rachadinha; outro filho, o vereador, Carlos Bolsonaro está sendo investigado com muitos indícios, que poderá resultar em denúncia pelo mesmo crime do irmão. Diante destes fatos, não se pode afirmar  que o atual presidente está isento da prática de crimes de corrupção; recordemos que, no mensalão, em 2005, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem foi investigado, porque blindado por seus companheiros, muitos dos quais condenados e presos. Há investigações contra o próprio Bolsonaro e torna-se difícil acreditar que, em mais de 15 anos, no Congresso, pertencente a um grupo político centrão, acusado de práticas censuráveis, não tenha participado, no mínimo, da rachadinha. 

Ademais, os amigos do presidente não lhe recomendam passaporte de absoluta lisura no trato da coisa pública. Afinal, o presidente Bolsonaro era amigo bem próximo do ex-motorista Fabrício Queiroz, em prisão domiciliar, e acusado de chefiar organização criminosa; seus filhos gozavam de amizade com o miliciano Adriano Magalhães da Nobrega, morto na Bahia, e acusado de participação do crime da vereadora fulminense Marielza; o advogado Frederick Wassef, envolvido em muitas investigações, inclusive por ter escondido Fabrício em sua casa no interior do Rio, era defensor e amigo da família Bolsonaro. De início, vem-me a expressão: "diz-me com quem andas que lhe direi quem você é". Outras ações do presidente demonstram práticas incorretas, a exemplo da condenação por ter dito que cabe às Forças Armadas dizer se o país será democrático ou ditatorial; junte-se os atos antidemocráticos que o presidente responde na Justiça.     

Escutem, sem paixão: será que podemos acreditar que um político, 16 anos, no Congresso, integrante do Centrão, está isento de qualquer ato de corrupção? Difícil a defesa desta tese. Aliás, muitos não acreditam na maioria dos políticos, aos quais são atribuídos prática constante de atos de corrupção. 

Salvador, 20 de janeiro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.   



BIDEN REVOGARÁ DECRETOS DE TRUMP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, que assumirá o cargo hoje, deverá assinar alguns decretos desfazendo atos de seu antecessor, Donald Trump. Dentre eles, Biden vai determinar a volta dos Estados Unidos ao Acordo de Paris, sobre o clima, e à OMS, retirados por Trump; interromperá a construção do muro, separando o México dos Estados Unidos, símbolo da repressão aos imigrantes, no governo do ex-presidente; obrigará o uso de máscaras em prédios e terras federais; anulará decretos que proibiam viagens de pessoas do Oriente Médio, Ásia Central e África, porque considerava ameaças terroristas; instruirá agências federais a prorrogar moratórias sobre despejos e execuções hipotecárias. Outros decretos serão revogados ou estudados para posterior alterações.