Entre os nomes citados, estão Bill Clinton e Peter Mandelson, que acabou demitido após vir à tona sua ligação com Epstein. Embora os crimes do financista só viessem a público em 2006, o material expõe a rede de relações que o protegia. Democratas divulgaram rapidamente a suposta mensagem de Trump, reforçando o impacto político. Republicanos acusam uso seletivo da informação para ganhos partidários. Apesar de não haver indícios de crime por parte de Trump, sua amizade com Epstein até 2004 e sua posição no poder o mantêm no centro da controvérsia. O caso ganhou nova força: congressistas pressionam pela divulgação de arquivos sigilosos de Epstein, enquanto vítimas seguem denunciando abusos. A saga, que mistura sexo, poder e crime, já extrapolou Trump e ameaça se tornar incontrolável.
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domingo, 14 de setembro de 2025
"VENDA" DE UMA MULHER A TRUMP
MATURIDADE DEMOCRÁTICA: CONDENAÇÃO DE BOLSONARO
O Le Monde afirmou que Washington fracassou em responsabilizar Donald Trump pelo ataque de 6 de janeiro de 2021, ao contrário do êxito do Brasil. A sentença, contudo, ainda não garante pacificação nacional. O relator Alexandre de Moraes ressaltou que impunidade e inação não geram reconciliação. A polarização política segue intensa e a decisão reacendeu fraturas históricas. Apesar disso, o editorial classificou a condenação como vitória da democracia. O Brasil, segundo o jornal, mostrou maturidade onde os EUA falharam. A pena poderá ser ajustada por causa da saúde debilitada de Bolsonaro, de 70 anos. Ainda assim, simboliza um marco histórico contra o golpismo. O Le Monde ressaltou que o primeiro princípio democrático é respeitar o veredito das urnas. E advertiu que não se pode tolerar a depredação das instituições. Para o jornal francês, o desafio agora é superar a polarização. A reconciliação, conclui, ainda está em aberto.
SUPREMO REVOGA FLEXIBILIZAÇÃO NAS REGRAS DE ARMAS
SALÁRIOS DE DEPUTADOS E VEREADORES ACIMA DO TETO
Distorções salariais em estados e municípios fazem políticos ganharem muito acima da renda média da população. Em Rondônia, deputados chegaram a receber R$ 105 mil em um único mês, segundo o Portal da Transparência. No Rio Grande do Norte, vencimentos líquidos alcançam R$ 53 mil, enquanto em Roraima a renda bruta dos parlamentares foi de R$ 55 mil. Em São Paulo, a remuneração é de R$ 33 mil. Os chamados “penduricalhos” variam mês a mês, mas são recorrentes. Segundo o Índice de Desigualdade Salarial 2025, elaborado pelo grupo Livres, governadores e deputados chegam a ganhar até 30 vezes mais que a média da população. Governadores de Sergipe e Acre receberam R$ 44 mil e R$ 40 mil, acima de estados maiores como São Paulo (R$ 34,5 mil) e Rio (R$ 21,8 mil). No Maranhão, o governador recebe R$ 33 mil, cerca de 30 vezes a renda média. Em Rondônia, deputados ganham até 61 vezes mais que a população.
Prefeitos também têm disparidades. Em Porto Velho, o gestor recebe R$ 28,5 mil, 17 vezes a renda média local. Já o prefeito de Porto Alegre ganha R$ 22,6 mil. Entre as capitais, o maior salário é o de Belo Horizonte (R$ 35,5 mil), seguido por São Paulo (R$ 35,4 mil). Vereadores de Rio Branco recebem R$ 17,7 mil, 13,4 vezes a média da população, enquanto em São Paulo o salário de R$ 19 mil representa 5,8 vezes a média. Especialistas apontam que a liberdade de estados e municípios para legislar sobre remuneração abre espaço para disparidades. Segundo Paula Frias, é necessário compatibilizar salários com a realidade socioeconômica local. Para Magno Karl, há pouco controle social sobre assembleias, o que favorece penduricalhos e vencimentos elevados. Ele defende a criação de tetos regionais que limitem os salários dos políticos de acordo com a renda da população.
MANIFESTANTES CONTRA A IMIGRAÇÃO
ISRAEL ATACA LÍDERES NO QATAR
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 14/9/2025
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Por que caso Epstein é um dos maiores golpes a Trump
Embora não haja qualquer sugestão de irregularidade criminal por parte de Trump, as consequências políticas da saga de Epstein sobre o presidente dos EUA são muito reais, analisa o correspondente da BBC Anthony Zurcher
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Decisão da Suprema Corte sobre tarifaço pode enterrar plano de Trump para reduzir déficit fiscal
Arrecadação com tarifas já somam US$ 165 bi. Se a Corte decidir contra Casa Branca, governo pode ser obrigado a devolver grandes somas em dinheiro
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Datafolha: Anistia a Bolsonaro é rejeitada por 54% e aprovada por 39%
livrar condenados do 8/1 e ex-presidente
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
Maduro convoca civis e militares aos quarteis em meio à tensão com EUA
Presidente da Venezuela movimenta tropas após reforço da presença militar norte-americana no Caribe
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS
Exército israelense afirma que mais de 250 mil palestinos deixaram a Cidade de Gaza
Nações Unidas estimam que cerca de um milhão de palestinos vivem
na Cidade de Gaza e arredores.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
A mão 'negra' de Trump: maquilhagem mal aplicada acelera vaga de especulação
sábado, 13 de setembro de 2025
RADAR JUDICIAL
Conhecida como “protetora de mulheres fortes”, a advogada Aline Sousa, de Jequié (BA), é acusada por ao menos sete mulheres de aplicar golpes que somam cerca de R$ 20 mil. As vítimas relatam que, após pagamentos por serviços jurídicos, ela desaparecia por meses sem atender ligações. Com 76 mil seguidores no Instagram, Aline apresentava-se como aliada de mães em situação de vulnerabilidade. Vítimas da advogada relatam pagamentos por trabalhos não realizados e sem contrato assinado; a OAB-Jequié, segundo uma das vítimas não tomou providência alguma diante inclusive de os boletins de ocorrências por estelionato não tiveram resultado.
Santana/Ba, 13 de setembro de 2025.
ISRAEL MATOU OU FERIU MAIS DE 200 MIL PALESTINOS
RESTRIÇÕES PARA ACESSO A SALÁRIOS DE JUÍZES
SAIU NO NEW YORK TIMES
‘Brasil acertou onde os EUA falharam’, escrevem professores no New York Times
Especialistas de Harvard e da Johns Hopkins elogiam julgamento de Bolsonaro e dos demais réus no STF e consideram que 'os americanos deveriam aprender' com o país
O artigo é assinado pelo professor de Economia na Universidade Johns Hopkins Filipe Campante e pelo professor de Governo na Universidade de Harvard e autor do livro “Como as democracias morrem” (Editora Zahar), Steven Levitsky. Ontem, o STF concluiu o julgamento que, por 4 votos contra 1, declarou Bolsonaro e outros sete réus culpados por tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes.
No texto do NYT, os especialistas elogiam a condução do julgamento pelos magistrados brasileiros e fazem uma comparação com o cenário americano. Nos EUA, o atual presidente, Donald Trump, também questionou os resultados das eleições em que perdeu para Joe Biden, em 2020, levando à invasão do Capitólio por seus apoiadores em janeiro de 2021.
“Os paralelos são impressionantes. Ambos elegeram presidentes com instintos autoritários que, após perderem a reeleição, atacaram instituições democráticas”, escrevem os professores. Eles, porém, destacam que o republicano “não foi enviado para a prisão, mas de volta à Casa Branca”. Trump saiu vitorioso da disputa pela Presidência dos EUA do ano passado, quando enfrentou a a ex-vice-presidente Kamala Harris.
O artigo afirma que Bolsonaro “copiou amplamente a cartilha de Trump” ao, em 2022, questionar a integridade do processo eleitoral e atacar as autoridades brasileiras, e lembra que o ex-presidente disse que a única forma de perder seria por meio de fraude. Além disso, considera que a invasão de 8 de janeiro de 2023 foi mais grave que o paralelo americano pelo envolvimento de aliados militares de Bolsonaro.
Os professores citam ainda a descoberta do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que planejava assassinar Lula, Alckmin e Moraes. “Assim, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, presidentes eleitos atacaram instituições democráticas na tentativa de se manter no poder após perderem a reeleição. Ambas as tentativas de tomada de poder fracassaram — inicialmente. Mas é aí que as duas histórias divergem”, escrevem.
Segundo os especialistas, os americanos “fizeram surpreendentemente pouco para proteger sua democracia do líder que a atacou”. “Os tão celebrados freios e contrapesos constitucionais do país falharam em responsabilizar Trump por sua tentativa de reverter a eleição de 2020”, dizem.
O Departamento de Justiça dos EUA teria demorado a processar Trump, e o atual presidente foi indiciado somente em agosto de 2023. A Suprema Corte americana, porém, permitiu que o caso fosse adiado e, em julho de 2024, decidiu que os mandatários têm ampla imunidade, comprometendo o processo. Após ter vencido a eleição no ano passado, os processos federais contra Trump foram arquivados.
“O Brasil seguiu um caminho diferente. Tendo vivido sob uma ditadura militar, autoridades públicas brasileiras perceberam a ameaça à democracia desde o início do governo Bolsonaro. Muitos juízes e líderes do Congresso viram a necessidade de defender energicamente as instituições democráticas do país. Como disse o ministro Moraes a um de nós: ‘Percebemos que poderíamos ser Churchill ou Chamberlain. Eu não queria ser Chamberlain’”, diz o artigo.
Os professores mencionam ainda os esforços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a integridade do pleito de 2022, como pelo inquérito das Fake News, pelo desmonte de barreiras policiais ilegais e pela divulgação imediata dos resultados. Reforçam que, de modo diferente dos EUA, mesmo políticos da oposição a Lula reconheceram rapidamente a vitória do petista.
“Diferentemente dos Estados Unidos, portanto, as instituições brasileiras agiram de forma vigorosa e, até agora, eficaz, para responsabilizar um ex-presidente por tentar reverter uma eleição. É precisamente a eficácia dessas instituições que colocou o país na mira do governo Trump”, escrevem.
Os especialistas americanos terminam enfatizando que, apesar de suas falhas, a democracia brasileira “está hoje mais saudável do que a americana”. "Cientes de seu passado autoritário, as autoridades judiciais e políticas do Brasil não tomaram a democracia como garantida. Seus equivalentes norte-americanos, ao contrário, falharam. Em vez de minar o esforço do Brasil para defender sua democracia, os americanos deveriam aprender com ele”, recomendam.
PARLAMENTO APOIA SUSPENSÃO DE ACORDO COMERCIAL COM ISRAEL
Em seu discurso anual sobre o Estado da União, condenou o avanço dos assentamentos israelenses e a incitação de violência por ministros de extrema direita, apontando ameaça à solução de dois Estados. Ela também propôs congelar o apoio bilateral a Israel, mantendo apenas recursos para a sociedade civil e para o memorial do Holocausto Yad Vashem. O Parlamento debateu a suspensão do Acordo de Associação com Israel, principal marco das relações comerciais. A decisão surge em meio a crescentes críticas à UE por não agir diante da crise humanitária em Gaza. Mais de 64 mil palestinos já morreram desde outubro de 2023, incluindo 361 vítimas de fome e desnutrição, entre elas 130 crianças.