O voto definirá deputados, senadores e, em alguns locais, vereadores e conselheiros escolares. O sistema pode gerar dupla leitura: vencer em votos gerais ou em cadeiras no Parlamento. Este ano, renovam-se 46 assentos da Câmara e 23 do Senado locais. A principal disputa será entre os peronistas, agora reunidos na Frente Pátria, e A Liberdade Avança, de Milei, que absorveu candidatos do PRO. O primeiro e o terceiro distritos, com 10 milhões de eleitores, serão decisivos. Os peronistas têm mais força no sul do conurbano, em municípios como La Matanza e Avellaneda, enquanto Milei tende a se sair melhor no sexto distrito, em Bahía Blanca. Nenhuma força tem maioria no Legislativo bonaerense: o peronismo é a primeira minoria, com 37 deputados e 21 senadores, e Milei soma com o PRO 26 deputados e 14 senadores. Assim, a eleição se tornou crucial para medir forças e preparar o terreno para outubro.
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domingo, 7 de setembro de 2025
ELEIÇÕES NA ARGENTINA
As imagens de Javier Milei sendo alvo de pedradas em Lomas de Zamora marcaram a reta final da campanha eleitoral na província de Buenos Aires. O episódio elevou a tensão em meio a uma eleição inédita: pela primeira vez em 42 anos, a província mais populosa do país vota separadamente do pleito nacional. A decisão foi do governador Axel Kicillof, principal adversário de Milei, que enfrentou resistência de Cristina Kirchner, impedida de concorrer após condenação judicial. A divisão fortaleceu Kicillof dentro do peronismo, mas ocorre em meio ao desgaste do governo nacional, abalado por escândalos de corrupção envolvendo a irmã do presidente e pela crise econômica. Para Milei, o pleito será um primeiro teste de popularidade antes das eleições nacionais de outubro. Ele, que falava em vitória ampla, agora prevê empate técnico, segundo as pesquisas. Kicillof, por sua vez, acusa o presidente de retirar recursos da saúde e educação, e busca consolidar sua base no conurbano, reduto histórico do peronismo. A província concentra 14 milhões de eleitores —quatro em cada dez argentinos— distribuídos em oito distritos eleitorais.
TRIBUNAL GAÚCHO: REGIME SEMIABERTO
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul autorizou na sexta-feira, 6, a progressão ao regime semiaberto de três dos quatro condenados pela tragédia da Boate Kiss, que deixou 242 mortos e 636 feridos em 2013. As decisões foram tomadas pelo juiz Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior e pela juíza Bárbara Mendes Sant’Anna, responsáveis pelas execuções criminais. O processo de Mauro Londero Hoffmann ainda aguarda manifestação do Ministério Público. A medida beneficiou Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate, e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira. Eles tiveram as penas reduzidas em agosto pela 1ª Câmara Especial Criminal do TJRS, após condenações no júri de 2021. Elissandro, condenado inicialmente a 22 anos e 6 meses, teve pena recalculada para 12 anos. Cumpriu 3 anos e 8 meses em regime fechado, atingindo o requisito para o semiaberto em janeiro de 2024. A Justiça negou progressão direta ao regime aberto e livramento condicional. O Ministério Público havia pedido avaliações psicológica e social, mas o juiz considerou suficientes os registros de estudo e trabalho na prisão. O vocalista Marcelo de Jesus teve a pena reduzida de 18 para 11 anos. Preso desde 2021, cumpriu 2 anos e 7 meses, alcançando direito ao semiaberto em novembro de 2024. A juíza reconheceu ainda nove dias de redução da pena.
Luciano Bonilha também teve pena recalculada para 11 anos. Cumpriu 2 anos e 6 meses, atingindo progressão em dezembro de 2024. Sua pena foi reduzida em 34 dias por atividades no presídio. O MP havia pedido exame criminológico para Marcelo e Luciano, mas foi negado. A magistrada ressaltou que a exigência só vale para crimes cometidos após abril de 2024. Em fevereiro, o STF havia confirmado as condenações e determinado a prisão dos réus.
O incêndio ocorreu em 27 de janeiro de 2013, causado por artefato pirotécnico que atingiu o teto da boate. Os gases tóxicos liberados provocaram a morte da maioria das vítimas por asfixia. A decisão gerou reação de familiares, que protestaram com um banner no memorial das vítimas
MOBILIZAÇÃO NOS EUA CONTRA TRUMP
Milhares de moradores de Washington D.C. foram às ruas ontem, 6, para exigir que o presidente Donald Trump encerre a mobilização da Guarda Nacional na capital. Com cartazes como "liberdade para D.C." e "resista à tirania", a marcha "We Are All D.C." reuniu também apoiadores da causa palestina e críticos da política anti-imigração. "Estamos nos opondo ao regime autoritário", disse Alex Laufer, ao protestar contra a presença de tropas federais na cidade. Trump havia anunciado no dia 11 o envio da Guarda Nacional, alegando aumento do crime. Mas dados mostram queda nos índices de violência nas últimas três décadas. Além disso, colocou a Polícia Metropolitana sob controle federal e enviou agentes do ICE às ruas. A prefeita democrata Muriel Bowser chamou a medida de "sem precedentes", a primeira interferência presidencial desde a Lei de Autonomia de 1973. Em D.C., diferente dos estados, a Guarda Nacional está sob comando direto do presidente. "Isso é um teste de ditadura", disse Casey, uma manifestante. Mais de 2.000 soldados patrulham a cidade, com ordens prorrogadas até 30 de novembro.
O procurador-geral Brian Schwalb processou o governo pela mobilização federal. A Califórnia também entrou na Justiça, e um juiz proibiu Trump de enviar tropas ao estado. Mesmo assim, o presidente anunciou que planeja enviar a Guarda Nacional também a Chicago. Ele chamou a cidade de "a mais perigosa do mundo". Na véspera, milhares protestaram contra operações anti-imigração previstas para esta semana. Trump não revelou a data do envio, mas garantiu que ocorrerá. Em entrevista coletiva, disse ainda que pode mandar tropas para Nova Orleans. "Vamos ajeitar isso em cerca de duas semanas", afirmou o republicano. Críticos alertam que o presidente amplia poderes federais sem respaldo legal. Os protestos em D.C. reforçam a rejeição popular à presença de tropas federais.
O MUNDO ASSISTE PASSIVAMENTE A DESTRUIÇÃO DE GAZA
Israel bombardeou e destruiu ontem, 6, mais um arranha-céu no sudoeste da Cidade de Gaza, após ordenar a retirada dos moradores. É o segundo prédio derrubado em dois dias; na sexta-feira (5), outro edifício também desmoronou após ataque aéreo. A ofensiva integra o plano do governo israelense, aprovado no mês passado, para expandir o controle sobre a capital do território palestino. Vídeos mostram a torre Soussi, de 15 andares, colapsando e levantando uma nuvem de poeira. O Exército afirma que os prédios eram usados pelo Hamas. Testemunhas confirmaram que a torre atingida neste sábado era a Soussi. O ministro da Defesa, Israel Katz, publicou os vídeos com a mensagem: “Continuamos”. Na véspera, ele havia escrito: “Começamos”. Netanyahu justifica que a capital é reduto do Hamas e deve ser conquistada. A ofensiva ameaça deslocar centenas de milhares de palestinos.
Antes da guerra, a Cidade de Gaza abrigava cerca de 1 milhão de pessoas. Israel orientou civis a se retirarem para Khan Yunis, apontada como “zona humanitária”. Bombardeios seguem intensos e tropas já avançam para o centro da cidade. Alguns moradores afirmam que não querem ser deslocados novamente. Na sexta, o Hamas divulgou vídeo de dois reféns israelenses capturados em 2023. Um deles afirmou estar em Gaza com outros reféns e temer ser morto. O Exército declarou já controlar 40% da capital e promete intensificar a ofensiva. A guerra começou em outubro de 2023, após ataque do Hamas a Israel. Desde então, cerca de 63 mil pessoas morreram em Gaza, segundo autoridades locais. A ONU alerta para fome provocada pelo conflito, acusação rejeitada por Israel.
TRUMP ABRAÇA OS DITADORES
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Trump e Kim Jong-un |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na sexta-feira, 5, que impôs tarifas de 50% sobre o Brasil porque o país estaria “fazendo algo muito infeliz” e teria se tornado “radicalmente à esquerda”. Segundo ele, embora mantenha boa relação com o povo brasileiro, o governo atual estaria prejudicando o país e conduzindo-o de forma equivocada. As tarifas, que entraram em vigor em 6 de agosto, não atingiram alguns produtos estratégicos, como derivados de petróleo, ferro-gusa, itens de aviação civil — o que beneficiou a Embraer — e suco de laranja, que representam cerca de 43% das exportações. Trump disse que a sobretaxa é uma resposta ao que considera uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro e às decisões do ministro Alexandre de Moraes, que já foi alvo de sanções dos EUA. A declaração ocorreu durante entrevista no Salão Oval, em resposta a uma pergunta sobre sanções a delegações que participarão da Assembleia-Geral da ONU.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou a medida e disse que não é hora de telefonar para Trump sobre as tarifas. Segundo Lula, Trump não estaria disposto ao diálogo, e os EUA têm adotado uma postura política em relação ao Brasil. Ele destacou que ministros como Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Mauro Vieira estão encarregados de tratar do tema. Enquanto isso, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento da trama golpista de 2022. O processo pode levar, pela primeira vez na história, à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de generais acusados de tentativa de golpe. Na primeira semana, houve a leitura do relatório, a acusação da Procuradoria-Geral da República e a defesa dos réus. A sessão será retomada na próxima terça-feira (9) com os votos dos ministros do STF.
TARIFAÇO SAIU PELA CULATRA: "BRASIL UM GIGANTE NAS EXPORTAÇÕES"
A balança comercial brasileira fechou agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O presidente da Apex, Jorge Viana, avaliou os números como positivos e disse que o Brasil “segue um gigante nas exportações”, mesmo após o tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump. Apesar da queda de 18% nas vendas para os EUA, houve crescimento em outros mercados. Com a China, o aumento foi de 31%; no Mercosul, de quase 28%. As exportações para o Reino Unido subiram 11% em agosto. Para o México, o avanço foi de 43,82%. Para a Argentina, o crescimento foi de 40,37%. Já para a Índia, as vendas aumentaram 58%.
Em contrapartida, houve recuos significativos. As exportações para a Bélgica caíram 43,8%.
Para a Espanha, a queda foi de 31,3%. A Coreia do Sul registrou retração de 30,44%. Já Singapura teve redução de 17,1%. No caso dos Estados Unidos, a queda foi de 18,5% no mês. De janeiro a agosto, o Brasil exportou US$ 227,6 bilhões. O resultado representa alta de 0,5% em relação a 2024. Esse valor é recorde para os primeiros oito meses da série histórica. As importações somaram US$ 184,8 bilhões no período. A corrente de comércio totalizou US$ 412,4 bilhões, também recorde.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 7/9/2025
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Governo Lula estuda a volta do horário de verão ainda em 2025
Suspenso em 2019, no primeiro ano da gestão Bolsonaro, o horário de verão era utilizado desde 1931
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
O código contra-ataca: IA é a 1ª revolução digital a afetar os próprios profissionais de tecnologia
Funções agora são feitas por inteligência artificial. Programadores, engenheiros e cientistas devem ser mais atingidos
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Eleições na província de Buenos Aires são 1º grande teste de Milei após escândalo
Comandada pelos peronistas, província mais importante do país vai eleger deputados e senadores no domingo Peronismo tenta se posicionar para
nacionais de outubro, em meio a suposto esquema envolvendo
irmã do presidente
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
Professor universitário é morto a tiros ao voltar do trabalho em SP
Mário Eugênio Longato era docente e coordenador do curso de Segurança da Informação da Fatec São Caetano do Sul
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS
Trump ameaça intervenção militar em Chicago
Medida busca replicar a operação já realizada em Washington, onde o governo federal destacou tropas da Guarda Nacional para realizar detenções para deportações
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
Empresa de manutenção do Elevador da Glória reage e diz e que "qualquer conclusão nesta fase seria "prematura"
Em comunicado, o advogado da MNTC – Serviços Técnicos de Engenharia afirma que a empresa está a colaborar com as autoridades para determinar a causa do acidente desde o primeiro momento.
sábado, 6 de setembro de 2025
RADAR JUDICIAL
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje, 5, a criação de uma lista de países que, segundo Washington, promovem “detenções injustas” de cidadãos americanos. A medida, formalizada em decreto, prevê sanções severas, semelhantes às aplicadas a nações acusadas de patrocinar o terrorismo. Os países designados como “patrocinadores de detenções injustas” poderão sofrer restrições econômicas, controles de exportação e até proibição da entrada nos EUA de autoridades envolvidas. O Departamento de Estado também poderá impor limites às viagens de cidadãos americanos a esses destinos, como já ocorre com a Coreia do Norte.
Embora o governo não tenha divulgado nomes, um funcionário citado pela AFP afirmou que China, Irã e Afeganistão estão sob análise, acusados de praticar a chamada “diplomacia de reféns”. Segundo o assessor presidencial Sebastian Gorka, “os cidadãos americanos não serão usados como moeda de troca”. A proteção a presos no exterior tem sido prioridade da política externa dos EUA. Washington já negociou trocas de prisioneiros, como no caso da Rússia. De acordo com o governo, 72 americanos foram libertados durante a gestão Trump. O processo de identificação começa com a assistência consular e a avaliação se a prisão é motivada politicamente ou usada como barganha diplomática. No governo Biden, houve avanços: a China libertou todos os americanos que Washington considerava detidos injustamente, após flexibilização de restrições de viagem.
A taxa de desemprego dos EUA subiu para 4,3% em agosto, ante 4,2% em julho, segundo o Departamento do Trabalho. Foram criados apenas 22 mil empregos fora do setor agrícola no mês, contra 79 mil em julho. Economistas previam 75 mil novas vagas, mas o resultado veio muito abaixo das expectativas. Foi a primeira vez desde a pandemia que o número de desempregados superou o de vagas abertas. O mercado de trabalho mostra crescimento quase estagnado, afetado por tarifas de importação e restrições à imigração. A fraqueza vem das contratações, com baixa rotatividade e poucas admissões ou demissões. Segundo Ernie Tedeschi, o crescimento atual é impulsionado por novas empresas. O cenário pressiona o Fed, que mantém a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%. Donald Trump defende corte de três pontos percentuais nos juros. A decisão será discutida na reunião do Fed em 16 e 17 de setembro.
A segunda edição da NFL no Brasil ocorreu nesta sexta-feira (5), em Itaquera, unindo esporte e entretenimento. O evento contou com shows, fogos de artifício, pulseiras luminosas e a presença de celebridades como Neymar e Luciano Huck. Apesar da expectativa, Taylor Swift não apareceu, embora sua vinda tivesse sido divulgada. O gramado, alvo de críticas em 2024, foi elogiado após reforma e suportou bem a vitória do Los Angeles Chargers sobre o Kansas City Chiefs por 27 a 21. Ainda assim, houve vaia ao hino dos EUA, em meio à tensão diplomática gerada pelas tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil. No intervalo, Karol G animou o público com sucessos de sua turnê, enquanto Ana Castela cantou o hino brasileiro. O transporte público funcionou em horário estendido, e a venda de cerveja foi liberada, algo incomum nos jogos nacionais.
SERVIDOR, ACUSADO DE VENDA DE DECISÕES
O Superior Tribunal de Justiça demitiu hoje, 5, o técnico judiciário Márcio José Toledo Pinto, acusado de integrar esquema de venda de decisões. Segundo o processo administrativo, ele modificava e vazava minutas para o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, suspeito de negociar resultados favoráveis em troca de propina. Pinto atuou nos gabinetes das ministras Isabel Galotti e Nancy Andrighi. A portaria de demissão afirma que ele usou o cargo para “lograr proveito pessoal ou de outrem” e revelou segredos funcionais, condutas proibidas por lei. O caso é investigado pela Polícia Federal desde o ano passado, com autorização do ministro Cristiano Zanin, do STF. As apurações já resultaram em afastamentos de magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A investigação começou a partir de informações no celular do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em Cuiabá em dezembro de 2023. Segundo a PF, dados encontrados no aparelho indicam que servidores do STJ teriam repassado informações sigilosas de gabinetes. Esses repasses eram usados para pressionar e extorquir terceiros. O acesso ao celular de Zampieri gerou disputa judicial, mas acabou liberado.
RELAÇÃO DE EMPREGO
A 11ª Câmara do TRT da 15ª Região reconheceu vínculo de emprego entre uma trabalhadora e empresa de bingo. Ela foi admitida em 17/10/2022 como gerente de cartonagem, também atuando em tarefas de limpeza. Na 2ª Vara de Campinas, seus pedidos foram negados sob o argumento de que a atividade de jogos é ilícita. No recurso, alegou que também prestava serviços lícitos, pedindo nulidade da sentença. A empresa admitiu prestação de serviços, mas não comprovou que eram eventuais. A relatora destacou que os serviços eram pessoais, diários e remunerados. Sem provas de que a autora trabalhava quando queria, ficou caracterizado o vínculo. A ilicitude do bingo não impede o reconhecimento da relação de emprego. Negar o vínculo seria perpetuar desigualdade de gênero e exploração da trabalhadora. O acórdão fixou vínculo de 17/10/2022 a 1º/3/2023, com salário de R$ 2.500,00.
TRIBUNAL CRIA VARA CONTRA FACÇÕES E CORRUPTOS
O Tribunal de Justiça de Mago Grosso, em sessão de quinta-feira, 4, criou a 3ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças, que julgará os crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e delitos conta a ordem tributária, econômica e de consumo.
Santana/Ba, 6 de setembro de 2025.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO
Marcos Augusto Gonçalves
Tarcísio sai do armário e se entrega à política golpista
Na tentativa de se cacifar na extrema direita, governador de São Paulo acaba com a fantasia de 'bolsonarista moderado'
Se restava alguma dúvida, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem dado renovadas demonstrações de seu alinhamento à extrema direita, juntando-se à ralé ideológica e moral bolsonarista, com direito ao que há de mais abjeto no centrão.
Nos últimos dias, em busca de se cacifar com os radicais, tendo em vista a ausência de Bolsonaro em 2026, o governador saiu do armário e rasgou a fantasia de que seria um improvável "bolsonarista moderado". No afã de agradar os seguidores de seu demiurgo, Tarcísio não tem feito por menos: declarou que, se eleito presidente, seu primeiro ato de governo (atenção, o primeiro!) será conceder indulto ao capitão golpista; afirmou também, em declaração alarmante, que não confia na Justiça brasileira (o que lhe valeu até um vexatório sabão em editorial do vetusto jornal O Estado de S. Paulo); engajou-se, ainda, na aventura de aprovar no Congresso um golpe contra a Justiça e a Constituição com a proposta delirante de uma "anistia ampla, geral e irrestrita".
Note-se que o mandatário já havia feito o papel ridículo de posar em suas redes sociais com o boné de Donald Trump; a seguir, em novo sinal de subordinação, rastejou diante do presidente dos EUA, em apoio às sanções tarifárias impostas ao Brasil.
Tarcísio conta com as indisfarçáveis simpatias de setores majoritários do mercado e do empresariado, com as suas correspondentes redes e câmaras de eco na opinião pública. São segmentos influentes que, em seu desespero para impedir novo mandato de Lula, topam tudo —o lixo golpista— por dinheiro. No caso, privatizações e corte de despesas sociais, com o objetivo de consumar um projeto de ajuste fiscal custeado pelos mais pobres.
O governante, como se sabe, não tem experiência política digna de nota e mal conhecia o estado. Foi um poste indicado por Jair Bolsonaro para pegar os paulistas. No governo, enfrenta dificuldades na segurança pública, que registra, entre outros problemas, uma disparada de mortes provocadas por policiais.
É também acossado por um escândalo de corrupção de grandes proporções na Fazenda estadual, e tem patinado na área educacional, com resultados medianos e a obsessão de instalar escolas cívico-militares como referência. Quanto a isso, aliás, o mandatário viu há pouco o TCE frustrar suas tentativas de usar verbas da Educação para pagamento de policiais militares, o que caracteriza desvio de finalidade. A fiscalização também apontou a inexistência de estudos prévios de impacto orçamentário e financeiro.
Não obstante a performance duvidosa, Tarcísio conta com alguma boa vontade de setores da população, embora mais da metade considere seu governo regular, ruim ou péssimo. Na fotografia atual, segundo o Datafolha, o governador perderia para Lula na disputa presidencial e empataria com Geraldo Alckmin no estado.
Errático, o personagem joga com dissimulações. Ora insinua que será postulante ao Planalto, ora que tentará de novo o Bandeirantes. Apesar da crescente movimentação do centrão para que se lance na campanha nacional, as incertezas no horizonte não são pequenas. Tarcísio corre o risco, em cenário periclitante, de perder a corrida presidencial e ver um adversário triunfar em São Paulo. Já pensou?
AÇÕES DE VALOR INFERIOR A R$ 100 MIL
A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) recebeu um Projeto de Lei que autoriza a Procuradoria Geral do Estado (PGE) a desistir de ações em andamento de até R$ 100 mil e a não ajuizar execuções fiscais desse valor. A proposta, de nº 25.934/2025, foi protocolada nesta sexta-feira (5). Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, a medida busca racionalizar a recuperação de créditos públicos, já que os custos de cobrança muitas vezes superam o valor recuperado. Ele destacou que o projeto atualiza o piso judicial para cobranças tributárias, adequando-o à realidade econômica e garantindo maior eficiência ao Estado. O texto permite ainda que a PGE condicione novas ações à existência de indícios de bens ou atividade econômica que viabilizem o pagamento.
O procurador-geral do Estado definirá critérios para essa análise, com base em princípios de racionalidade, economicidade e eficiência. O PL também revoga o parágrafo 1º do artigo 4º da Lei nº 13.729/2017, que obrigava os procuradores a consultar superiores antes de desistir de processos até R$ 100 mil. Com isso, os procuradores terão mais autonomia para encerrar ações de pequeno valor. O Executivo afirma que a mudança se alinha à Política de Consensualidade do Estado da Bahia, aprovada em 2024, que prioriza soluções alternativas e redução de custos judiciais e administrativos.
TRIBUNAIS GASTAM ALTOS VALORES EM OLIMPÍADAS
Nove Tribunais de Contas gastaram R$ 1,4 milhão para custear servidores e conselheiros que participaram das olimpíadas da categoria em Foz do Iguaçu, no fim de agosto. A programação incluiu hospedagem em resorts de luxo e disputas em diversas modalidades, de futebol a truco. Os tribunais bancaram inscrições, diárias, uniformes, fisioterapia e assessorias esportivas. A soma pode ser ainda maior, já que nem todas as cortes divulgaram dados completos. Organizado pela Associação Nacional Olímpica dos Servidores dos Tribunais de Contas (ANOSTC), o evento reuniu 1.716 atletas de 40 delegações. Desse total, 1.396 eram de tribunais brasileiros. O TCE-AM foi bicampeão e também líder em gastos: R$ 625 mil, incluindo R$ 442 mil em inscrições, R$ 51,6 mil em uniformes, R$ 58,2 mil em fisioterapia e R$ 59,7 mil em assessoria esportiva. A presidente Yara Lins acompanhou a delegação e celebrou o título. O TCM-PA gastou R$ 230,6 mil para 72 atletas e três conselheiros, hospedados em hotel de águas termais. O TCE-RO desembolsou R$ 156 mil em inscrições de 78 servidores, sob justificativa de “bem-estar”. O TCE-TO pagou R$ 297 mil em inscrições e R$ 17,4 mil em diárias de autoridades. Já o TCE-MT bancou diárias para preparativos, e o TCE-AL cobriu gastos de viagem em congresso técnico. O TCE-PE custeou R$ 16,7 mil em diárias de capacitação, mas atletas pagaram inscrições e hospedagens. O MPC-PA desembolsou R$ 38 mil para 10 atletas.
Muitos tribunais dispensaram servidores do ponto. No TCU, 72 participaram sem custos para a instituição, mas em junho o órgão gastou R$ 9,4 mil em diárias de preparativos. O ministro Augusto Nardes esteve na abertura. Outros tribunais alegaram que custos foram pessoais, com compensação de horas ou férias, como TCE-RS, TCE-SC e TCM-SP. Alguns conselheiros participaram pessoalmente, como no TCE-PB, mas sem transparência sobre despesas. Tribunais de Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Sergipe não responderam. Outros, como TCE-SP, TCE-ES e TCE-CE, não enviaram delegações.
TRUMP MUDA DE "DEPARTAMENTO DE DEFESA" PARA "DEPARTAMENTO DE GUERRA"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ontem, 5, ordem executiva para mudar o nome do Departamento de Defesa, conhecido como Pentágono, para “Departamento de Guerra”. A medida autoriza o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e outros integrantes da pasta a usarem títulos como “secretário de Guerra” em documentos oficiais. Segundo Trump, a mudança envia “uma mensagem de vitória e força” aos inimigos. “É um nome mais apropriado, considerando a situação atual do mundo”, disse. Hegseth comemorou e afirmou que a mudança busca “restaurar o espírito guerreiro” das Forças Armadas. “Vamos para a ofensiva, não só na defesa. Letalidade máxima”, declarou. Na prática, a alteração depende de aprovação do Congresso. Apesar disso, as redes sociais do Pentágono já exibem o novo nome.
Questionado sobre a exigência legal, Trump respondeu: “vamos seguir em frente”. Desde janeiro, o presidente tem promovido renomeações em locais e instituições. O Departamento de Defesa era chamado de Departamento de Guerra até 1949. Na época, o Congresso unificou Exército, Marinha e Força Aérea após a Segunda Guerra. A mudança simbolizava a prioridade de prevenir conflitos na era nuclear. Trump, no entanto, disse que foi resultado de “politicamente correto” e “woke”. Críticos consideram a proposta cara e uma distração desnecessária. Já Hegseth afirma que a alteração é mais que simbólica: trata-se de resgatar o espírito guerreiro. Trump defendeu que “a Defesa está muito defensiva” e precisa de postura ofensiva. No mês passado, ele já havia sugerido a mudança em discursos públicos. Para opositores, a medida não passa de estratégia política.
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