A iniciante empresa texana Fermi America ainda não produziu energia nem superou etapas essenciais para construir um reator nuclear, mas investidores apostam que o governo Trump a transformará de promessa em operação real, impulsionada pela demanda de energia de centros de dados de IA. O otimismo elevou os fundadores à lista dos mais ricos do mundo após a empresa apresentar planos para o “Campus Donald J. Trump de Energia Avançada e Inteligência”. Analistas afirmam que, na era da revitalização nuclear prometida por Trump, conexões políticas contam mais que histórico ou capacidade técnica. A Fermi foi fundada por Rick Perry, seu filho e o filho de um ex-congressista conservador. Seu modelo corporativo indica pouca experiência comprovada, mas aposta no acesso facilitado a autorizações. Outras empresas ligadas a Trump também atraem grandes investimentos, como a desenvolvedora Oklo, a General Matter e a Valar Atomics, superando até companhias experientes em rodadas de financiamento.
O Departamento de Energia diz que as revisões seguem rigor técnico, mas a Casa Branca evita comentar conexões políticas. Enquanto isso, empresas tradicionais como BWXT, Westinghouse e TerraPower também avançam em projetos nucleares. A Fermi defende que tem executivos qualificados e que grandes empreendimentos já nasceram de pequenas equipes. Seu valor explodiu após tornar-se pública, elevando o patrimônio de seus fundadores a bilhões. A Oklo, sem receita nem reator licenciado, também disparou em valor e transformou seus fundadores em bilionários, apesar de críticas sobre vendas frequentes de ações. O governo Trump altera processos de revisão de segurança, repassando parte da análise ao DOE, o que preocupa especialistas. Estados conservadores e startups contestam o poder regulatório da NRC sobre pequenos reatores. A Fermi afirma poder construir reatores tradicionais de forma muito mais barata e rápida, embora experiências recentes no setor mostrem grandes atrasos e custos excedentes em projetos semelhantes.

EM HONG KONG: 128 MORTOS
O Exército israelense afirmou ontem, 27, que investiga um incidente após tropas serem filmadas em Jenin, na Cisjordânia ocupada, atirando em dois homens que estavam com os braços erguidos em sinal de rendição.
O presidente russo Vladimir Putin reafirmou suas exigências para encerrar a guerra na Ucrânia, dizendo que Moscou só cessará fogo quando Kiev retirar suas tropas dos territórios reivindicados pela Rússia — incluindo a Crimeia, anexada em 2014, e áreas de Donetsk e Luhansk no Donbas. Para Kiev, ceder território é inaceitável. Em viagem ao Quirguistão, Putin acusou a Ucrânia de querer lutar “até o último ucraniano” e afirmou que a guerra só acaba com a retirada ucraniana. Caso contrário, disse, a Rússia tomará tudo “pela força das armas”. Apesar disso, os avanços russos no leste têm sido lentos e custosos. Segundo o Instituto para Estudo de Guerra, no ritmo atual, Moscou levaria quase dois anos para conquistar o restante de Donetsk. Putin comentou também os recentes esforços diplomáticos entre EUA e Ucrânia sobre um plano de paz inicialmente elaborado em outubro e posteriormente revisado. O ponto central — o futuro dos territórios ocupados — segue sem consenso. Ele afirmou que o novo rascunho poderia servir como “base” para negociações, mas que ainda há “pontos específicos” a ajustar.