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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

RÚSSIA SÓ ENCERRA GUERRA SE UCRÂNIA CEDER PARTE DE SEU TERRITÓRIO

Mapa mostra territórios ocupadosO presidente russo Vladimir Putin reafirmou suas exigências para encerrar a guerra na Ucrânia, dizendo que Moscou só cessará fogo quando Kiev retirar suas tropas dos territórios reivindicados pela Rússia — incluindo a Crimeia, anexada em 2014, e áreas de Donetsk e Luhansk no Donbas. Para Kiev, ceder território é inaceitável. Em viagem ao Quirguistão, Putin acusou a Ucrânia de querer lutar “até o último ucraniano” e afirmou que a guerra só acaba com a retirada ucraniana. Caso contrário, disse, a Rússia tomará tudo “pela força das armas”. Apesar disso, os avanços russos no leste têm sido lentos e custosos. Segundo o Instituto para Estudo de Guerra, no ritmo atual, Moscou levaria quase dois anos para conquistar o restante de Donetsk. Putin comentou também os recentes esforços diplomáticos entre EUA e Ucrânia sobre um plano de paz inicialmente elaborado em outubro e posteriormente revisado. O ponto central — o futuro dos territórios ocupados — segue sem consenso. Ele afirmou que o novo rascunho poderia servir como “base” para negociações, mas que ainda há “pontos específicos” a ajustar.

Questionado sobre o reconhecimento da Crimeia e do Donbas, disse que esse é o foco das discussões com os americanos. Uma delegação dos EUA, incluindo o enviado especial Steve Witkoff, deve ir a Moscou na próxima semana. Trump afirmou que Jared Kushner pode acompanhá-lo. Já o assessor ucraniano Andriy Yermak disse que o secretário do Exército dos EUA visitará Kiev. Trump declarou haver “poucos pontos de discordância restantes”, condicionando um encontro com Zelensky à assinatura de um acordo. Putin, porém, voltou a chamar a liderança ucraniana de ilegítima, afirmando que não adianta assinar documentos com ela. O Parlamento ucraniano reafirmou a legitimidade de Zelensky após o fim de seu mandato, já que as eleições não puderam ocorrer sob lei marcial. Putin também rejeitou alertas europeus sobre risco de ataque russo ao continente. Já líderes europeus, como Ursula von der Leyen, seguem céticos e acusam Moscou de manter uma visão de “esfera de influência” pós-Segunda Guerra. 



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