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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL: "O PAÍS ESTÁ MAIS CORRUPTO"

A Transparência Internacional divulgou na terça-feira, 20, a percepção da corrupção no Brasil. O Índice de Percepção da Corrupção de 2023, coloca o Brasil na 104ª posição, entre os 180 países analisados, obtendo 36 pontos, em média global de 43 pontos, média regional das Américas, 43 pontos, e média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, 66 pontos. A Dinamarca foi o país mais bem classificado, 90 pontos, Nova Zelândia, 85 pontos e Noruega, 84 pontos. Os piores foram a Somália, 11 pontos, Venezuela, Síria e Sudão do Sul, cada um com 13 pontos, e Iêmen, 16 pontos. Diz a Transparência Internacional: "Os anos de Jair Bolsonaro na Presidência da República deixaram a lição de como, em poucos anos, podem ser desmontados os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir. O primeiro ano do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência deixa a lição de como é (e ainda será) desafiadora a reconstrução". Assegura que "o Brasil variou dois pontos e dez posições para menos no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023". O órgão internacional esclarece que "o pilar de controle jurídico continua em situação crítica, negligenciando principalmente no resgate da independência do sistema de Justiça".  

A Transparência Internacional divulga esses dados todos os anos, pela direção do órgão, sediado em Berlim. No âmbito do Executivo assegura que "a nomeação do advogado pessoal do presidente (Cristiano Zanini) para a primeira vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) foi na direção contrária da restauração da imagem de imparcialidade do principal tribunal brasileiro, atraindo vastas críticas que repercutiram inclusive internacionalmente". O órgão internacional censura "a escolha do novo procurador-geral da República, ignorando a lista tríplice votada pela categoria, rompeu com esta tradição que permitia mais transparência e impessoalidade na escolha da PGR e que foi inaugurada pelo próprio presidente Lula em seu primeiro mandado, mas que agora preferiu repetir o método de escolha política de Bolsonaro, cujos efeitos desastrosos ainda são sentidos no país". A Transparência Internacional serviu-se de "12 instituições distintas, que capturam as percepções da corrupção", para chegar à conclusão, sabida do povo brasileiro. Quem não gostou do trabalho da Transparência Internacional foi o STF que se apressou para interpelar o órgão.


SAIU NO BLOG

segunda-feira, 23 de julho de 2018

O DECLÍNIO DO STF

A LOMAN/1979, gerada no regime ditatorial de 1964, mas ainda em vigor, pela incúria do STF, diz textualmente que ao magistrado é vedado "exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista", art. 36, inc. I; no inc. III o magistrado está impedido de “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais”. A Constituição proíbe ao magistrado “dedicar-se à atividade politico-partidária”, art. 95, parágrafo único, inc. III. 

Esses preceitos, entretanto, não são respeitados pelos ministros da mais alta Corte do país; eles falam demais, censuram o colega fora dos autos, exercem atividades politico-partidárias ou comerciais; soava estranho e até merecia reprovação, quando o juiz não guardava recato na sua conduta e deixava-se dominar pela intimidade com os repórteres, ávidos para conquistar evidência na mídia. Esse comportamento já não é observado, porquanto a exposição mundana do juiz, banaliza o compromisso de respeito e discrição. 

A prática, especialmente no STF, onde impera o contrário da compostura, os ministros não se sentem constrangidos em expor suas posições sobre processos que julgarão mais tarde. Em uma decisão do juiz Sérgio Moro, o ministro Marco Aurélio ironizou o colega com a expressão: “Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi”. O ministro Gilmar Mendes é o mais falastrão; afirmou que “promotores e juízes ameaçam parlamentares com a Lei da Ficha Limpa…”. A maioria dessas declarações originam-se de magistrados advindos do quinto constitucional, que não guardam as cautelas inatas ao juiz concursado, mas preocupam-se somente em fazer julgamentos favoráveis a politicos ligados ao quadro de seu partido, responsável por sua ascenção à Corte. 

O caos está implantado no Judiciário pelos próprios ministros do STF que desrespeitam os acórdãos da maioria do próprio colegiado e prolatam decisões em completa desarmonia com o que foi julgado. Essa conduta termina sendo espalhada até chegar nas instâncias inferiores, ao ponto de um desembargador plantonista determinar a liberdade de um preso, sob cuidados de um colegiado. O magistrado do quinto constitucional nunca poderia despachar esse processo, seja porque incompetente em função de ser mero plantonista, seja principalmente porque a prisão foi decretada por três desembargadores de seu próprio Tribunal, seja ainda porque deveria dar-se por impedido, pois até antes de ser nomeado exercia cargo de confiança dos dirigentes do partido ao qual pertence o paciente. 

Que dizer da prisão após condenação em 2ª grau? Há dois anos, a maioria do Plenário do STF mudou entendimento anterior e fixou que a condenação do réu em 2ª instância pode implicar na sua prisão provisória. Pouco depois dessa sessão, o ministro Gilmar Mendes manifestou pela imprensa a alteração de seu posicionamento, enquanto os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski passaram a conceder liminares para liberar presos, insistindo na opinião vencida de que isso só pode ocorrer depois de esgotadas manifestações de todas as instâncias, em nítido choque com a definição do Plenário. 

A Corte tem sido palco modelador das circunstâncias e há ministros, como se viu acima, que ignoram as decisões do Plenário para fazer prevalecer seu entendimento pessoal; aliás, isso tem acontecido com muita frequência já que os juízes do Supremo abusam de fazer prevalecer as decisões monocráticas. Tudo isso contribui para a insegurança e a instabilidade jurídicas. O ministro Dias Toffoli, que está no Tribunal somente em função de ter pertencido à cúpula do PT, torna-se despachante de seus antigos chefes com concessão de liberdade, dificilmente oferecida a outros presos, e ninguém faz nada mais do que protestar, diante da acomodação do Senado que não cumpre sua missão constitucional no sentido de julgar os pedidos de impeachment que nem são processados. 

O ministro Dias Toffoli concedeu dois Habeas Corpus, de ofício, a dois militantes do PT com os quais trabalhou: em 2016, sem que houvesse pedido, porquanto julgava-se uma Reclamação, mandou soltar o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sob o fundamento de que houve "flagrante constrangimento ilegal”. Toffoli suprimiu as instâncias do Tribunal Regional Federal de São Paulo e o Superior Tribunal de Justiça para apressar na liberação do antigo companheiro. 

Recentemente, neste mês de julho, de novo, o ministro Toffoli, concede, de ofício, Habeas Corpus para soltar seu antigo chefe, José Dirceu, condenado a 30 anos de prisão, e dispensou-lhe qualquer medida cautelar como tornozeleira ou retenção do passaporte, restrições impostas anteriormente. 

Para que cenário mais rocambolesco, ocorrido em agosto e novembro/2017, com a prisão do "Rei dos Ônibus, do Rio de Janeiro, Jacob Barata, preso pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal e pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por três vezes, e solto, em todas essas oportunidades, pelo ministro Gilmar Mendes, padrinho de casamento da filha do empresário; houve o prende e solta, terminado com a agressão de Gilmar ao juiz com o comentário: “Isso é atípico. E em geral o rabo não abana o cachorro, é o cachorro que abana o rabo". 

Salvador, 22 de julho de 2018. 

Antonio Pessoa Cardoso 

                                          Pessoa Cardoso Advogados. 

CARLOS BOLSONARO: FAKE NEWS, MILÍCIA DIGITAL, RACHADINHA E ABIN

O vereador Carlos Bolsonaro têm várias investigações que se processam na Polícia Federal: fake news, milícia digital e agora a operação da ABIN. Ele foi acusado de articular notícias falsas e de desviar salário de seus assessores, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Nas apurações de agora, o edil é acusado de ter recebido informações da ABIN para atender pedidos da família. Carlos tomou posse como vereador com apenas 18 anos e disputou a cadeira contra a própria mãe, Rogéria Bolsonaro, a pedido do pai que não queria a reeleição de sua ex-esposa. O vereador sempre esteve próximo do pai e frequentava com habitualidade o Palácio do Planalto, além de administrar os perfis do pai nas redes sociais e foi conhecido como articulador do "Gabinete do Ódio", disparando mentiras e informações falsas.   

Além das investigações na Polícia Federal, Carlos responde a inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro, sobre a prática de rachadinha em seu gabinete. A Promotoria alega que ele recebeu R$ 91 mil em depósitos sem origem esclarecida; seu chefe de gabinete, Jorge Luzi Fernandes, recebeu mais de R$ 2 milhões em depósitos de servidores de Carlos. As apreensão de celulares e documentos, desencadeada na Operação da ABIN, vão favorecer esclarecimentos nos outros inquéritos. O deputado Alexandre Ramagem foi homem de confiança de Bolsonaro e aproximou bastante de Carlos, que foi coordenador de sua campanha política. 

 

ISRAEL ACUSA FUNCIONÁRIOS DA ONU

O governo de Israel apresentou dossiê ao governo dos Estados Unidos, comprovando as acusações de que 12 funcionários da UNRWA, vinculada a ONU, envolveram-se nos ataques do 7 de outubro, quando o Hamas matou 1.200 pessoas e mantém muitos israelenses como reféns. Entre os acusados 11 pertencem ao Hamas ou ao Jihad Islâmico, mas dois deles foram mortos. Os israelenses dizem que 190 trabalhadores, enumerados no dossiê, "são agentes duplos do Hamas ou do Jihad Islâmico, enquanto 10% do total de 13 mil funcionários empregados pela UNRWA teria vínculos diretos com os grupos". A ONU comunicou que demitiu vários funcionários, depois da denúncia de Israel, todavia dez países, incluindo os Estados Unidos, suspenderam ajuda financeira à UNRWA. Se efetivado o corte da ajuda financeira, a crise humanitária em Gaza agrava ainda mais.    

Os ataques dos israelenses já provocaram a morte de 27 mil pessoas e, segundo dados da ONU, quase 2 milhões tiveram de deslocar de suas moradas, representando 85% da população da Faixa de Gaza. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu aos países para não suspender o financiamento. Os atritos de Israel contra a UNRWA remontam a 1948 e 1949, quando foi criado o estado de Israel. A UNRWA fornece ajuda vital a 5 milhões de refugiados palestinos, mas os israelenses consideram o órgão como obstáculo à resolução do conflito. 

 

MADURO NÃO QUER OPOSITOR

Maduro apoiado por Lula
A Suprema Corte da Venezuela, manobrada pelo ditador Nicolas Maduro, impediu a candidatura de María Corina Machado, na eleição deste ano, ainda sem data; face a isso, os Estados Unidos voltou a aplicar sanções ao país, consistentes na fixação do dia 13 de fevereiro, como data para liquidação de transações entre organizações americanas e a Minervem, empresa estatal de mineração de ouro da Venezuela. A medida americana, beneficiando o governo Maduro, foi autorizada em outubro, mediante a condição de libertação de pessoas vinculadas à oposição, mas o ditador insiste em não permitir eleições livres no país. Corina Machado foi escolhida nas primárias, mas a Justiça impugnou o registro de sua candidatura, tornando-a inelegível pelos próximos 15 anos. O fundamento para a punição à candidata foi de que ela apoiou as sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela.    

A Venezuela, que prometeu cumprir as exigências de Washington, inclusive com troca de prisioneiros, voltou a prender opositores ao governo de Maduro. Funcionário da Casa Branca declarou que "a menos que Maduro e seus representantes na Venezuela consigam se reorganizar, especificamente no que diz respeito a permitir que todos os candidatos presidenciais concorram nas eleições deste ano, não estaremos em posição de renovar o alívio ao setor de petróleo e gás da Venezuela". Corina Machado está disposta a lutar pelo seu direito de concorrer à eleição e assegura não aceitar renunciar em favor de um substituto. A candidata já tinha sido proibida de concorrer em 2015 e agora o fato se repetiu. Além de Corina Machado, outros líderes venezuelanos foram atingidos pela inabilitação, a exemplo de Henrique Capriles, duas vezes candidato à Presidência, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por 50 países entre 2019 e 2022.   

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 30/01/2024

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Moraes autoriza buscas em hotéis e motéis frequentados por Carlos Bolsonaro

Filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador é acusado de 

atuar junto à Abin para ter acesso a informações sigilosas 

de inquéritos que corriam na PF

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Brasil perde dez posições em 

ranking global de percepção 

sobre corrupção; veja os dados

Pontuação da Transparência Internacional fica abaixo da média global e oscila 

dois pontos para baixo


FOLHA DE SÃO PAULO



PF mira 'núcleo político' no caso Abin 

em nova frente contra a 

família Bolsonaro

Carlos Bolsonaro, que já era alvo de outros inquéritos, sofreu buscas em 

endereços nesta segunda-feira


TRIBUNA DA BAHIA- SSA/BA

Com nova operação, aumenta 

a pressão sobre atual cúpula 

da Abin

Abin afirma que sempre "colaborou" com investigações

CORREIO DO POVO-PORTO ALEGRE/RS

Justiça Federal barra construção de prédio 

de mais de 40 andares no Centro Histórico

Em liminar, juíza afirma que obras podem trazer “danos irreparáveis” ao patrimônio, 

que atingirão “toda coletividade”


EXPRESSO 50 - LISBOA/PT

Poderá haver em Portugal uma guerra de preços 

entre supermercados e marcas?

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

RADAR JUDICIAL

BOLSONARO ELOGIA MADURO

Enquanto o mundo rejeita o governo ditatorial de Nicolas Maduro, na Venezuela, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, assegura que o ditador "está no caminho de realizar eleições livres e justas no país sul-americano". Bolsonaro referiu-se ao plebiscito, ocorrido em dezembro sobre a anexação de Essequibo, através do voto impresso. Se efetivada a pretensão de Maduro, a Guiana perderia o território ocupado há mais de 100 anos.   

BURLA PARA OBTER PASSAPORTE

A diretora e agentes de organização de uma escola foram condenados, por improbidade administrativa, pela 11ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve sentença do juízo de primeiro grau, da 16ª Vara da Fazenda Pública da Capital. A diretora da escola "inseriu informações falsas em sistema público de dados com a finalidade de obter o benefício, que é restrito apenas aos professores no exercício da profissão, além de fornecer senha da plataforma para que as demais rés fizessem o mesmo". Os réus terão de ressarcir R$ 2,4 mil ao erário, suspenso seus direitos políticos por dois anos e multa no valor da vantagem obtida por cada ré.  

ADVOGADO CONDENADO É PRESO

O advogado Luiz Henrique, que foi condenado a 20 anos de prisão, foi preso por policiais civis da 106ª DP de Petrópolis/RJ, na sexta-feira, 26, durante cumprimento de mandados de prisão no município de Magé. O advogado é personagem principal de esquema criminoso, envolvendo corrupção e tráfico de drogas e é considerado homem de confiança de quadrilha que atua na Quinta Lebrão em Teresópolis. A Polícia Civil diz que o advogado intermediou oferta de propina a uma guarnição do 30º Batalhão da Polícia Militar em Teresópolis, buscando omissão dos policiais com as atividades do tráfico de entorpecentes. Agentes da polícia receberam em envelopes dinheiro, depois de autorizados pela Justiça, para descoberta do crime. 

NEGADA INDENIZAÇÃO A PREFEITO

O prefeito do município de Panorama/AP não obteve pedido de indenização por críticas contra seu governo formuladas em rede social. A 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, manteve a sentença do juízo da 2ª Vara da Comarca. A relatora, desembargadora Marcia Dalla Déa Barone, escreveu no acórdão: "O intuito das postagens era tão somente expressar o descontentamento em relação à gestão do Município, em tom de crítica e sátira. Não se vislumbra teor difamatório ou injurioso, e tampouco excessivamente agressivo, que justifique a restrição da liberdade que o réu, enquanto cidadão, possui de manifestar livremente suas posições políticas. Aquele que se dispõe a ocupar cargo político na administração pública deve estar preparado para receber críticas contundentes por parte da população".    

TRIBUNAL GASTA MAIS DE R$ 4 BILHÕES COM PESSOAL

O Tribunal de Justiça da Bahia gastou no ano de 2023 o valor bruto de mais de R$ 4 bilhões, segundo relatório publicado hoje, 29; o valor líquido passa de R$ 2.8 bilhões somente com pessoal ativo. A receita corrente líquida da Corte baiana ultrapassou o valor de R$ 57 bilhões.  

TRIBUNAL NOMEIA 72 APROVADOS

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, através de atos do presidente, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, nomeou 72 aprovados no concurso para ocupação de 277 vagas na capital e no interior. O concurso foi realizado no ano passado para provimento de 277 vagas, sendo 61, em Salvador e 216 em 130 comarcas do interior, nos cargos de analista judiciário e técnico judiciário.  

Salvador, 29 de janeiro de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


 


CONSELHEIRO PRESO POR CORRUPÇÃO, É ACUSADO DE ENVOLVIMENTO NO CASO MARIELLE

Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, está sendo investigado pela Polícia Federal, como participante do homicídio contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março/2018. O ex-PM Élcio de Queiroz, que está preso desde 2019, acusado de ter sido o motorista do carro usado no crime, em delação premiada, citou o conselheiro como participante do crime. Anteriormente, no fim do ano passado, o ex-sargento da PM Ronnie Lessa, acusado de ter atirada contra Marielle e Anderson, em acordo de delação, e Brazão também citou o conselheiro de envolvimento na morte da vereadora. Brazão nega qualquer comprometimento com o caso e diz que nem conhecia Marielle.    

Enquanto tudo isso está sendo apurado, Brazão recebeu do Tribunal o direito de gozar meses de férias, referentes aos anos de 2017 a 2022, período no qual ele estava afastado do cargo porque preso pela prática dos crimes de fraude e corrupção. Além de Brazão, por irregularidades no Tribunal, são acusados também os conselheiros Nolasco e cinco outros conselheiros que foram afastados e presos. O processo contra eles ainda tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e todos retornaram às suas funções no tribunal encarregado de apurar ilegalidades de autoridades públicas do estado. Pois Brazão deverá gozar férias do período que esteve preso, já que obteve salário durante todos aqueles meses.  



ESTADOS UNIDOS PROÍBEM MENORES EM REDES SOCIAIS

O estado da Flórida, nos Estados Unidos, através de lei que entrará em vigor em julho próximo, proíbe menores de 16 anos de acesso às redes sociais; a lei foi aprovada na Câmara dos Deputados de segue para o Senado, onde se tem como certas a aprovação. O governador Ron DeSantis prometeu sancionar a lei, logo que lhe seja remetida. Todavia, outros estados no país possuem legislação sobre o tema, a exemplo de Utah que aprovou, em março/2023, lei que submete a aprovação dos pais o uso por menores de 18 anos das redes sociais. Os menores estão proibidos de acessarem à mídia social entre as 20.30 hs até às 6.30 horas. Muitos outros estados legislaram sobre o tema, restringindo as redes sociais para menores. Tramitam nesses estados muitas ações judiciais questionando o impedimento dos menores às redes.   

A lei da Flórida, entretanto, é a mais ampla, porquanto proíbe a criação de novas contas, e as plataformas são obrigadas a cancelar as contas dos menores de 16 anos, ainda que haja autorização dos pais ou responsáveis. Os pais poderão ingressar com ação judicial contra as empresas que não fecharem as contas dos filhos, e poderão obter indenização de até US$ 10 mil. O fundamento para a lei da Flórida situa-se no fato de causar danos à saude mental e ao bem-estar dos adolescentes. Os legisladores asseguram que outros benefícios para os menores estão nos problemas de depressão social e até mesmo suicídio, tudo vinculado às redes sociais. Pesquisa indica que 95% dos adolescentes usam a mídia social.     

 

BUSCAS NA CÂMARA E NA RESIDÊNCIA DE FILHO DE BOLSONARO

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou expedição de mandados de busca e apreensão, em cumprimento na manhã de hoje, 29, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e na residência do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, além de dois assessores. Trata-se de desdobramento das investigações acerca do esquema de espionagem ilegal promovido pela Agência Brasileira de Inteligência, ABIN. A Polícia Federal investiga mais dois filhos de Bolsonaro, Flávio e Jair Renan, visando apurar o uso do software espião FirstMile, responsável por espionar políticos e até ministros do STF, servindo, na época, da ABIN. Na quinta-feira, 25, a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, inclusive contra o deputado federal Alexandre Ramagem, que foi diretor da entidade entre os anos de 2019 a 2022. Policiais federais, na cúpula da ABIN, no governo Bolsonaro, "usavam serviços ilícitos para interferir em investigações da Polícia Federal que prejudicariam filhos do então presidente, como para produzir provas favoráveis a Renan Bolsonaro, filho mais novo de Jair Bolsonaro". 

 

HOMEM: ADULTÉRIO EM CULTO

Uma Igreja, em Salto/SP, foi condenada a indenizar um homem que teve adultério exposto durante culto, divulgado por plataforma em vídeo. O juiz Alvaro Amorim Dourado Lavinsky, da 3ª Vara Cível, na sentença, determinou a imediata exclusão do vídeo e fixou o valor dos danos morais em R$ 10 mil. A ocorrência foi publicada em vídeo, sem consentimento do autor, e atingiu mais de 300 mil visualizações na internet. A gravação foi retirada, por determinação judicial, mas retornou através da parte requerida. O magistrado escreveu na sentença: "No caso em apreço, não houve prévio consentimento do autor, por escrito, para que fosse divulgada a imagem, muito menos a ocorrência do adultério, na internet". Explicou ainda que "embora a Constituição garanta os princípios da liberdade religiosa e liberdade de expressão, a conduta da requerida foi ilícita ao expor fato íntimo e vexatório, ferindo o direito à imagem, intimidade e honra do requerente".

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 29/01/2024

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Pico de casos de dengue no Distrito Federal ainda longe de acontecer

Com 16 mil suspeitas da doença, especialista afirma que a curva de aceleração ainda está no início e pode atingir pico em março. Para infectologista, faltaram cuidados prévios do governo e da população


O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Guerra custa R$ 1,3 bi por dia a Israel, enquanto economia sofre 


economia sofre sem mão de obra palestina


FOLHA DE SÃO PAULO



Câmara volta do recesso com ameaça 

de travar agenda do governo Lula

Centrão redobra pressão sobre articulação política, hoje nas mãos 

do ministro Alexandre Padilha


TRIBUNA DA BAHIA- SSA/BA

Ministério dos Transportes 

envia notificação cobrando 

R$20 bilhões da Vale

Renan Filho, disse que as notificações são resultado de “meses de 

um trabalho árduo e de dedicação praticamente exclusiva de 

uma valorosa equipe do ministério”.

CORREIO DO POVO-PORTO ALEGRE/RS

Indústria suína gaúcha busca ampliar 

corredores de importação de milho 

Solicitação à Superintendência Federal da Agricultura do RS pede passagem 

de grão produzido em países vizinhos pela fronteira de Porto Mauá

EXPRESSO 50 - LISBOA/PT

Daniel Oliveira: “Temos razões para 

nos preocupar que o Presidente ponha 

a hipótese de aceitar um governo 

de direita sem Montenegro”