Segundo comunicado, os EUA têm os mercados mais líquidos do mundo. A assembleia geral de novembro discutirá a mudança, vista como possível sinal de transferência de sede principal. Em julho, a AstraZeneca já havia anunciado US$ 50 bilhões até 2030 nos EUA, reforçando os temores no Reino Unido de esvaziamento da Bolsa de Londres. Medicamentos contra diabetes estão entre os mais afetados pela tarifa. Se não houver produção em solo americano, os custos de importação podem dobrar. Outros setores também foram atingidos: caminhões pesados (25%), móveis de cozinha e banheiro (50%) e móveis estofados (30%). No Brasil, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, avaliou que os impactos recaem mais sobre exportadores de equipamentos médicos e insumos de saúde bucal. Ele afirmou que o governo articula apoio via BNDES e MDIC para proteger empregos e abrir mercados. Padilha classificou as medidas como “bravatas” de Trump, dizendo que o Brasil não fará retaliações precipitadas nem quebrará patentes. O ministro destacou, porém, que a rede privada pode ser afetada por aumento de preços e menor acesso a medicamentos e insumos hospitalares.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2025
OUTRA DE TRUMP: 100% SOBRE MEDICAMENTOS
A decisão de Donald Trump de aplicar tarifa de 100% sobre medicamentos importados a partir de ontem, 1º, reacendeu tensões comerciais e ameaça desorganizar cadeias globais de saúde. A medida, voltada a forçar a produção local, preocupa a Europa e levanta dúvidas no Brasil, onde o impacto direto é limitado, mas riscos indiretos de preços altos e escassez não estão descartados. Segundo o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, o Brasil exporta sobretudo genéricos, menos afetados pela tarifa. As bolsas asiáticas reagiram com queda de até 0,9%. Entre os países mais vulneráveis estão Singapura, Suíça e Reino Unido, grandes exportadores de medicamentos. Na Suíça, onde a indústria farmacêutica responde por um terço do PIB, o impacto foi imediato. O país fornece metade das exportações para os EUA, e empresas como Roche e Novartis anunciaram planos bilionários de investimento em território americano. A Roche pretende investir US$ 50 bilhões em cinco anos, construindo três fábricas e centros de pesquisa. A Novartis planeja US$ 23 bilhões em sete unidades, para atender ao mercado norte-americano sem tarifas. O governo suíço teme desinvestimento interno e já iniciou negociações diplomáticas. A britânica AstraZeneca também reagiu. A empresa anunciou que pedirá cotação direta em Nova York, buscando atrair investidores. Atualmente, suas ações circulam apenas como ADRs, que dependem de bancos intermediários.
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