PALESTINOS RETORNAM
Após o anúncio do fim da guerra em Gaza, cerca de 200 mil palestinos deslocados começaram a retornar para casa, movendo-se para o norte em uma grande marcha. O cessar-fogo, em vigor desde as 9h GMT dessa sexta-feira, também levou refugiados a regressarem para Khan Yunis, onde encontraram ruínas. O acordo com o Hamas prevê a libertação dos reféns israelenses em até 72 horas. Citado pelo portal Axios, o presidente norte-americano Donald Trump, um dos articuladores do acordo, planeja uma cúpula em Sharm el-Sheikh, no Egito, para discutir o plano de paz, com presença de líderes de Alemanha, França, Reino Unido, Emirados Árabes, Jordânia e Arábia Saudita — sem Netanyahu. O Exército israelense anunciou que suas tropas se posicionam para o retorno dos reféns, mas advertiu que algumas áreas seguem “extremamente perigosas”. O cessar-fogo foi firmado após quatro dias de negociações indiretas no Egito, com base em plano de 20 pontos apresentado por Trump. O pacto encerra dois anos de guerra iniciada em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, deixando 1.219 mortos. Prevê o retorno dos reféns e a libertação de 1,7 mil palestinos presos. Palestinos relatam dor e destruição. “O retorno está cheio de feridas”, disse Ameer Abu Iyadeh. “Rezo para que minha casa não tenha sido destruída”, afirmou Mohamed Mortaja. Segundo a Defesa Civil, 50 corpos foram achados sob escombros após o cessar-fogo. A Associação de Imprensa Estrangeira pediu que Israel autorize o acesso de jornalistas a Gaza.
MACRON RECONDUZ PRIMEIRO-MINISTRO
A OAB-GO manteve por unanimidade a suspensão do advogado suspeito de omissão diante de tortura e maus-tratos à filha menor e autista. A decisão foi proferida em sessão plenária em 6/10, após recurso contra suspensão preventiva de 90 dias do TED. A relatora Carla Sahium Traboulsi citou extenso conjunto probatório colhido pela polícia com fortes indícios de infrações disciplinares. O conselho entendeu que não estavam presentes os requisitos para tutela de urgência (probabilidade do direito e perigo de dano). Assim, foi negado o efeito suspensivo e mantida a penalidade até o julgamento do mérito do processo disciplinar. O caso ocorreu em Goiânia e começou com denúncia na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Vídeos mostram a mãe agredindo brutalmente a criança; as imagens foram obtidas pelos investigadores. Segundo a PCGO, o pai tinha conhecimento das agressões e recebeu os vídeos como forma de chantagem emocional. Ele foi preso por não ter comunicado as autoridades nem protegido a filha. Nas filmagens a criança aparece esganada até desmaiar, enforcada e apanhando, enquanto a agressora a insulta. A investigação sustenta a materialidade e autoria das infrações que motivaram o processo disciplinar. O conselho aprovou por unanimidade o parecer, mantendo a suspensão do advogado até decisão final.
JUIZ É MORTO A TIROS
O juiz foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital, depois que recebeu vários tiros em um tribunal na Albânia. Outras duas pessoas, um pai e um filho, também foram atingidas, mas não correm risco de vida, segundo a polícia. O caso gerou debate sobre o controle de armas. O primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, prestou condolências e defendeu medidas mais duras. "Acredito que este trágico acontecimento é o argumento mais irrefutável para endurecer as penas por posse ilegal de armas", escreveu Rama. Ele também pediu reflexão sobre a forma como esses casos são tratados pela Justiça e destacou a necessidade de reforçar a segurança nos tribunais. "Esta tragédia exige repensar o sistema de segurança interna dos tribunais", afirmou. Segundo ele, a independência do Judiciário não deve excluir a Polícia desses processos.
PREFEITO É RECONDUZIDO AO CARGO
O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ, determinou ontem, 10, que o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marcelo Lima (Podemos), retorne ao cargo, atendendo recomendação do Ministério Público Federal. Lima havia sido afastado em agosto, acusado de envolvimento em organização criminosa e lavagem de dinheiro. O magistrado entendeu que a manutenção do afastamento, após a conclusão das investigações e o oferecimento da denúncia, era desnecessária e interferia em mandato obtido pelo voto popular. Segundo Fonseca, o parecer da Procuradoria-Geral da República reconheceu a falta de fundamentos concretos para o afastamento e recomendou sua revogação por ausência de risco atual à ordem pública. O ministro também revogou a medida de recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, considerando o risco apenas presumido. A restrição de locomoção foi flexibilizada: o prefeito poderá circular por todo o estado de São Paulo, devendo apenas comunicar o juízo se se ausentar da cidade por mais de sete dias. Permanece válida apenas a proibição de contato com outros investigados. A decisão deve ser comunicada com urgência para que o prefeito reassuma o cargo.
Salvador, 11 de outubro de 2025.
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