Quando Javier Milei assumiu a presidência da Argentina, alertou a população para tempos difíceis. Com inflação em três dígitos, após décadas de má gestão, defendeu austeridade como “último remédio amargo” antes da reconstrução. Dois anos depois, a inflação caiu e a pobreza reduziu de 42% para 32%, mas a economia estagnou. A recuperação de 2024 perdeu força, o desemprego subiu e os salários ficaram congelados. Eleitores como Nadina Casagrande, que apoiaram Milei em 2023, agora demonstram frustração com a economia e escândalos de corrupção. A derrota dos libertários na província de Buenos Aires provocou corrida cambial, contida apenas após promessa de socorro dos EUA. Milei tenta recuperar apoio nas eleições legislativas de 26 de outubro, vitais para aprovar reformas tributárias e trabalhistas.
Economistas alertam que, sem respaldo político, a economia seguirá estagnada. Em La Plata, empresários relatam queda nas vendas e desigualdade crescente. Analistas apontam que a manutenção do peso valorizado e cortes de subsídios prejudicaram a competitividade e o consumo. Com juros acima de 60%, Milei enfrenta pressão para liberar o câmbio e reconstruir confiança. Em apelo recente, pediu paciência: “Estamos na metade do caminho”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário