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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

DESVIO DE EMENDAS PARLAMENTARES

Investigações da Polícia Federal indicam que o desvio de emendas parlamentares passou a se misturar com o crime organizado para lavagem de dinheiro. No Maranhão, um agiota envolvido com essas operações foi assassinado, e casos semelhantes se repetem em outras regiões do país. No dia 23, o ministro do STF Flávio Dino promoverá nova audiência pública para acompanhar o destino das emendas, após decisões que incluíram bloqueio de recursos de parlamentares. O TCU informou já conseguir rastrear 70% das transferências Pix em 2025, usadas por prefeituras para escapar da fiscalização. Entre 2020 e 2024, 40 mil emendas ainda precisam ser auditadas. Um ministro do STF revelou que muitas são “religiosas”, porque parte dos valores fica com o parlamentar, e as obras não saem do papel. A tentativa da Câmara de aprovar a PEC da Blindagem, barrada no Senado, refletiu o temor de investigações da PF. 

Nesta terça-feira, a PF fez buscas contra o deputado Dal Barreto (União Brasil-BA), cujo posto de gasolina recebeu verba de emenda Pix. Casos como o de Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa, acusados de cobrar propina de prefeitos, mostram a continuidade da “farra do orçamento secreto”. O agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan, financiava políticos e intermediava desvios, transformando-se em “holding” do crime organizado. Pagava suborno a magistrados e foi assassinado há um ano e quatro meses. Nesse contexto, o presidente Lula tenta equilibrar o controle do Orçamento, ameaçando cortar emendas às vésperas das eleições de 2026. 

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