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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

TRUMP, RESPONSÁVEL POR AGRESSÕES A VÁRIOS PAÍSES, QUER NOBEL

Donald Trump iniciou campanha informal para ganhar o Nobel da Paz, cujo anúncio será feito nesta sexta-feira (10), tentando repetir o caso de Barack Obama, premiado em 2009 sem feitos concretos. Ontem, 8, ele divulgou que Israel e Hamas concordaram com a primeira fase de um plano de paz para Gaza, prevendo libertação de reféns e retirada militar israelense. Nem se completou o ajuste para acabar com a guerra e Trump já quer prêmio, sem lembrar de invasões e mortes desferidas no seu governo, a exemplo de Irã, Venezuela e outros países. Trump tem-se apresentado como pacificador, afirmando ter encerrado “seis ou sete guerras” em seu primeiro ano de retorno à Casa Branca. Porém, ao mesmo tempo, adota uma postura militarista: enviou tropas a cidades governadas por rivais, renomeou o Departamento de Defesa como “Departamento da Guerra” e mobiliza forças contra a Venezuela.

Ele também editou decreto classificando cartéis caribenhos como organizações terroristas, abrindo margem para ataques militares sem aprovação do Congresso. Nos esforços de paz, os resultados são limitados. Há avanços em Gaza, mas o diálogo sobre a guerra da Ucrânia fracassou. Dos conflitos que diz ter encerrado, parte é exagero. Sob sua mediação, dois acordos foram firmados: um na República Democrática do Congo, sem participação do grupo rebelde M23, e outro entre Armênia e Azerbaijão sobre um corredor territorial. Trump também reivindica mérito por um cessar-fogo entre Irã e Israel, após ataques americanos a instalações nucleares iranianas, mas o conflito persiste. A trégua entre Tailândia e Camboja, mediada pela Malásia, teve apoio dos EUA, mas segue instável. Em outros casos, suas alegações são fantasiosas. Disse ter encerrado a disputa entre Índia e Paquistão — negada por Nova Déli — e resolvido o impasse sobre a hidrelétrica da Etiópia, sem qualquer progresso. Também afirmou ter evitado guerra entre Sérvia e Kosovo, embora confrontos fronteiriços continuem.

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