Imagens de helicópteros ligados a forças especiais dos EUA treinando a poucos quilômetros da costa da Venezuela reacenderam a tensão entre o governo de Donald Trump e a ditadura de Nicolás Maduro. Quatro fotos verificadas por canais de inteligência como o OSINTdefender mostram quatro MH-60 Seahawk e quatro MH-6M Little Bird voando próximos aos campos de petróleo de Trinidad e Tobago, a 15 km da península venezuelana de Paria. Nem Washington nem Caracas comentaram o caso. Treinamentos semelhantes já ocorreram, mas as atuais imagens aparecem em um contexto distinto: Trump intensificou sua ofensiva contra cartéis de drogas e contra a Venezuela, que acusa de envolvimento no tráfico de fentanil. O republicano editou decreto que equipara cartéis a grupos terroristas, abrindo brecha para ações militares sem autorização externa. Trump e Maduro travam uma rivalidade desde 2017. O americano agora promete usar todos os recursos para “neutralizar” o ditador, a quem seu governo considera narcotraficante. Maduro, por sua vez, afirma que Washington quer derrubá-lo e tomar as reservas petrolíferas venezuelanas.
Os EUA mobilizaram grande força no Caribe — navios, submarinos e caças F-35 — oficialmente para combater o tráfico, mas o temor é de um confronto direto. Analistas apontam que, caso Trump decida agir, ataques aéreos ou operações especiais seriam as opções mais prováveis. Os helicópteros vistos seriam do 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais, conhecido por apoiar a missão que matou Osama bin Laden em 2011. Essa unidade atua a partir do navio M/V Ocean Trader, ancorado próximo a Trinidad e Tobago. Os treinamentos a céu aberto parecem um recado de força a Maduro, que reage mobilizando militares e civis em nome da “defesa da pátria”. Nos últimos dias, caças venezuelanos e americanos voltaram a se aproximar perigosamente, e Trump já anunciou seis ataques a barcos supostamente ligados a traficantes venezuelanos — quatro deles confirmados pelo Pentágono.
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