José Luis Espert, principal candidato a deputado pela província de Buenos Aires, renunciou ontem, 5. Ele publicou uma carta no X, informando que o presidente Javier Milei aceitou sua decisão. A crise começou após o jornal La Nación revelar que Espert recebeu US$ 200 mil de Fred Machado, empresário argentino acusado de envolvimento com narcotráfico e investigado nos EUA. Espert, do partido governista A Liberdade Avança, admitiu que o pagamento veio de uma mineradora guatemalteca ligada a Machado, alegando tratar-se de consultoria econômica. Na carta de renúncia, disse ser alvo de operação midiática e prometeu provar inocência na Justiça. Milei reagiu afirmando que o processo de mudança não pode ser detido por “operações maliciosas”. A saída ocorre a 20 dias das eleições. O escândalo já havia reduzido sua participação em campanha, constrangendo aliados como a ministra Patricia Bullrich. Na sexta-feira (3), Espert se reuniu com Milei em Olivos para renunciar, mas o presidente pediu que continuasse. No fim de semana, o deputado chorou em entrevista e acusou o peronismo de perseguição.
Apesar de negar laços, Espert admitiu ter viajado 17 vezes em aviões de Machado. O empresário, preso em Viedma, aguarda extradição aos EUA, acusado de usar sua frota aérea no tráfico. Com a renúncia, os mileístas devem substituir Espert por Diego Santilli, ex-vice-chefe de governo de Buenos Aires e aliado de Mauricio Macri. Um entrave é que as cédulas eleitorais já foram impressas com a foto de Espert. Deputados peronistas pediram que os custos de reimpressão sejam arcados pelo partido de Milei.
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