O governo de Israel apresentou dossiê ao governo dos Estados Unidos, comprovando as acusações de que 12 funcionários da UNRWA, vinculada a ONU, envolveram-se nos ataques do 7 de outubro, quando o Hamas matou 1.200 pessoas e mantém muitos israelenses como reféns. Entre os acusados 11 pertencem ao Hamas ou ao Jihad Islâmico, mas dois deles foram mortos. Os israelenses dizem que 190 trabalhadores, enumerados no dossiê, "são agentes duplos do Hamas ou do Jihad Islâmico, enquanto 10% do total de 13 mil funcionários empregados pela UNRWA teria vínculos diretos com os grupos". A ONU comunicou que demitiu vários funcionários, depois da denúncia de Israel, todavia dez países, incluindo os Estados Unidos, suspenderam ajuda financeira à UNRWA. Se efetivado o corte da ajuda financeira, a crise humanitária em Gaza agrava ainda mais.
Os ataques dos israelenses já provocaram a morte de 27 mil pessoas e, segundo dados da ONU, quase 2 milhões tiveram de deslocar de suas moradas, representando 85% da população da Faixa de Gaza. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu aos países para não suspender o financiamento. Os atritos de Israel contra a UNRWA remontam a 1948 e 1949, quando foi criado o estado de Israel. A UNRWA fornece ajuda vital a 5 milhões de refugiados palestinos, mas os israelenses consideram o órgão como obstáculo à resolução do conflito.
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