O governo anunciou nesta quarta-feira (8) a conclusão da implementação de Códigos de Endereçamento Postal (CEPs) em todas as favelas do país. Foram criados códigos para 12.348 comunidades registradas pelo IBGE, onde vivem 16,39 milhões de pessoas, a maioria pretas e pardas (72,9%). As ações beneficiaram regiões periféricas em 656 cidades brasileiras. Iniciado em 2024, o programa resulta de parceria entre o Ministério das Cidades e os Correios e tinha como meta levar endereçamento a todo o Brasil até o fim de 2025. Segundo o governo, o IBGE estima cerca de 280 mil endereços com “fragilidade de endereço”, afetando 870 mil pessoas.
O projeto inclui duas fases complementares: o mapeamento de logradouros em 300 comunidades, com criação de CEPs específicos — já foram gerados 765 —, e a instalação de atendimento físico dos Correios em 100 favelas. A Secretaria Nacional de Periferias destaca que o CEP é uma chave de inclusão social. A falta de endereçamento dificulta o acesso a serviços públicos e oportunidades de emprego. Em Campo Grande (MS), por exemplo, moradores da comunidade Nova Esperança passaram a receber atendimento médico e benefícios sociais após a criação do CEP.
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