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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

CONGRESSO DO PERU DESTITUI PRESIDENTE

O Congresso do Peru aprovou, na madrugada desta sexta-feira (10/10), a destituição da presidente Dina Boluarte. Convocada para apresentar sua defesa, ela se recusou, alegando que o processo era “inconstitucional”. Após sua ausência, os parlamentares votaram e aprovaram, por unanimidade (118 votos), sua saída do cargo. O país enfrenta uma onda de violência ligada a gangues de extorsão, intensificada após o ataque a uma banda de cúmbia durante um show em Lima. José Jerí, chefe do Congresso, assumiu a presidência interina, prometendo combater o crime e governar até as eleições de abril de 2026. A destituição foi rápida: quatro moções de vacância por “incapacidade moral permanente” foram apresentadas e aprovadas com apoio de partidos de direita e do fujimorismo, antes aliados de Boluarte. O processo foi impulsionado pela bancada do Renovação Popular, liderada pelo prefeito de Lima, Rafael López Aliaga.

A violência e a criminalidade agravaram a crise política, levando antigos apoiadores, como o Força Popular de Keiko Fujimori, a defender sua saída. “Ela vive em uma fantasia, merece ser punida”, disse a deputada Norma Yarrow. Boluarte assumiu em dezembro de 2022, após a queda de Pedro Castillo. Desde 2018, o Peru já teve seis presidentes, a maioria afastada ou presa. O ataque à banda Agua Marina, com quatro músicos baleados, simboliza o caos atual. Segundo a polícia, dois homens em uma motocicleta efetuaram os disparos. Vinte e sete cápsulas de pistola 9 mm foram recolhidas. As vítimas estão estáveis, e a operação “Plano Cerco” busca os criminosos. As autoridades acreditam que o ataque está ligado a quadrilhas de extorsão, um dos principais problemas enfrentados pelos peruanos, que veem o crime como a maior ameaça à segurança nacional. 


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