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quarta-feira, 13 de agosto de 2025

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 13/8/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Casa Branca anuncia prisão de "300 mil imigrantes"

Mais de 300 mil imigrantes foram presos em seis meses, enquanto Trump mobiliza a Guarda Nacional e remove sem-teto de Washington

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Com impacto do tarifaço de Trump, empresas que exportam para os EUA dão férias coletivas

Empregadoras dos setores moveleiro e de madeira tentam ganhar tempo 
até saírem as medidas de apoio do governo

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Trump fará investida contra museus para impor sua visão histórica e política, diz jornal

The Wall Street Journal afirma que governo quer que instituições estejam alinhadas às crenças do presidente

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Fux e Mendonça seguram julgamentos 
que devem impor derrotas a Bolsonaro

Por motivos técnicos, ministros devem negar pedidos, 

mas protelam as decisões

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Brasil defendeu democracia melhor que EUA, 
diz professor de Harvard 

Autor do livro "Como as democracias morrem" esteve no Senado Federal

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Guerra na Ucrânia. Zelensky reúne-se com Donald Trump através de videoconferência

O presidente da Ucrânia é esperado em Berlim para um encontro em que vão participar outros líderes europeus e que antecede a reunião entre os líderes da Rússia e EUA no Alasca.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

RADAR JUDICIAL

SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO: ADVOGADO

É possível reconhecer constrangimento ilegal a advogado que, réu em ação criminal, sofre medida cautelar de suspensão do exercício da profissão. A 6ª Turma do STJ deu provimento a Habeas Corpus e liberou uma advogada suspensa há três anos e cinco meses. Ela foi acusada de integrar grupo criminoso ligado ao tráfico, usando prerrogativas da advocacia para gestão ilícita e comunicação entre membros. A suspensão foi imposta em agosto de 2021 como alternativa à prisão preventiva. O TJ-ES manteve a cautelar alegando complexidade do processo. Para o relator no STJ, ministro Sebastião Reis Júnior, a medida é idônea, mas a duração foi excessiva. No período, não houve descumprimento das condições impostas. Ele ressaltou que, embora menos gravosa que a prisão, a suspensão tem alta severidade. O tempo decorrido sem previsão de julgamento configurou constrangimento ilegal. 

POPULAÇÃO CONFIA NA OAB

Pesquisa Datafolha, realizada entre 7 e 14 de julho de 2025 com 2.005 entrevistas, em 130 municípios, revelam que 83% dos brasileiros confiam na OAB (24% “muito” e 59% “um pouco”), índice superior ao do Senado (65%), Presidência (63%) e Câmara (62%). Para 83%, a atuação da entidade é importante; 67% avaliam positivamente seu papel na defesa da democracia, e 82% defendem que atue mais nesse campo. O estudo mostra que 74% consideram a democracia sempre a melhor forma de governo, recorde desde 1989. No cenário atual, 72% definem o país polarizado e 16% percebem harmonia política.

A campanha da OAB contra a polarização tem 71% de aprovação e 79% a veem como necessária. Quanto a serviços públicos, 58% estão insatisfeitos com a segurança, 54% com a saúde e 48% com a educação. O presidente da OAB, Beto Simonetti, afirmou que os dados demonstram que a população quer democracia, equilíbrio e paz institucional. O lançamento oficial da pesquisa ocorrerá neste mês de agosto.

MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE SUSPENSÃO DE SALA VIP

O Ministério Público junto ao TCU pediu suspensão imediata do contrato de R$ 1,5 milhão para criar uma sala VIP exclusiva para ministros do TST no Aeroporto de Brasília. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado formalizou o pedido na sexta-feira (8/8). A representação questiona a legalidade e a economicidade do acordo, que inclui estacionamento privativo, acompanhamento e escolta para 27 ministros. O MP considera o valor desproporcional, já que o aeroporto possui salas VIP comerciais que poderiam ser usadas mediante reembolso, como ocorre em outros órgãos públicos. 

O documento aponta ausência de critérios transparentes e estudos técnicos que justifiquem a contratação direta sem licitação ou demonstrem riscos à segurança no esquema atual. O subprocurador sugere alternativas como reforço pontual de segurança, com menor custo. Além da suspensão cautelar, o MP quer que o TCU verifique a compatibilidade do contrato com o interesse público, recomende soluções mais econômicas e envie o caso à PGR para apuração de possíveis irregularidades. O TST afirmou que só comentará após ser oficialmente notificado. 

DONO DA ULTRAFARMA É PRESO

O empresário Sidney Oliveira, dono da rede Ultrafarma, foi preso nesta terça-feira (12) em operação do Ministério Público de São Paulo contra esquema de corrupção na Secretaria da Fazenda estadual.
A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), investiga favorecimentos a empresas do varejo em troca de propina.
Além de Oliveira, foram presos temporariamente um fiscal de tributos — apontado como principal operador do esquema — e outro empresário beneficiado.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e sedes das empresas envolvidas. As investigações, que duraram meses, indicam que o fiscal manipulava processos para facilitar a quitação de débitos tributários.
O MP-SP afirma que os suspeitos poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As diligências seguem em andamento.
A apuração envolveu análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. O esquema teria beneficiado empresas do setor varejista.
A operação busca desarticular a rede de favorecimentos e responsabilizar os envolvidos.

GUARDAS MUNICIPAIS SEM APOSENTADORIA 

O STF decidiu que guardas municipais não têm direito à aposentadoria especial, mantendo entendimento já consolidado. O julgamento, concluído em 8 de agosto, rejeitou recurso de associações que buscavam equiparar o benefício ao de outras carreiras de segurança pública. O relator, ministro Gilmar Mendes, destacou que a reforma da Previdência de 2019 fixou lista taxativa de categorias com esse direito, sem incluir os guardas. Associações alegaram que o reconhecimento da participação das guardas no Susp e no policiamento ostensivo justificaria a extensão, mas o ministro afirmou que a Constituição, após a reforma, restringiu expressamente as categorias beneficiadas. Ele ressaltou ainda a necessidade de fonte de custeio e que as funções não são idênticas às das polícias. O STF já havia anulado leis estaduais que ampliavam essa lista. Alexandre de Moraes foi o único a divergir, entendendo que as atividades são de risco e sugerindo aplicar, provisoriamente, a legislação dos policiais civis. A decisão tem repercussão geral e vale para todos os casos semelhantes.

Salvador, 12 de agosto de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


PENHORA EM SALÁRIO DE VEREADORA

A juíza Fabiana Zaffari Lacerda, da 6ª Vara Cível de Porto Alegre, determinou a penhora de 10% do salário da vereadora Priscila Costa (PL), de Fortaleza. Os valores serão destinados ao pagamento de uma condenação por danos morais e de multa por descumprimento de decisão judicial. 

A decisão de penhorar os vencimentos da vereadora, que foi a mais votada da capital cearense em 2024, foi no âmbito de um processo movido pela ex-deputada federal Manuela D’Ávila.

Representada pelo advogado Lucas Lazari, ela cobra o pagamento de indenização de R$ 50,4 mil por conta de uma publicação mentirosa de Costa nas redes sociais, além do valor de multa pelo descumprimento reiterado de decisão.

Segundo o processo, a vereadora publicou em 2019 uma foto de D’Ávila ao lado do deputado federal Orlando Silva (PCdoB), alegando falsamente que os dois trabalhavam em um projeto de lei de legalização do incesto. O PL, na verdade, propõe a criação do Estatuto das Famílias do Século XXI.

A vereadora Costa foi, então, condenada a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais, além de ter de fazer uma retratação pública nas redes sociais sob pena de multa por descumprimento, no valor de R$ 100 por dia.

A vereadora não cumpriu o determinado, o que levou à execução da sentença. A pedido do advogado de D’Ávila, a juíza da 6ª Vara Cível de Porto Alegre mandou oficiar à Câmara de Vereadores de Fortaleza para que a decisão fosse cumprida. Dessa forma, parte do salário da vereadora será destinado ao pagamento determinado pelo juízo.

O caso é mais um dos exemplos de penhora excepcional do salário, já que essa verba consta como impenhorável no Código de Processo Civil.

 


VENDA DE DIRETÓRIOS ESTADUAIS

O deputado Luciano Bivar (PE), ex-presidente do União Brasil, acusa o atual líder do partido, Antonio Rueda, de vender diretórios estaduais e municipais em troca de propina. Segundo Bivar, as negociações ocorriam em um apartamento alugado em São Paulo, usado para “receber encomendas”. Ele afirma que ignorou sinais e denúncias por confiar em Rueda, com quem mantinha relação há mais de 20 anos. Rueda deve assumir a presidência da federação entre União Brasil e PP, que será a maior bancada do Congresso. O atual presidente nega as acusações, chamando-as de “delírios e calúnias”.

Bivar relata que contratou Rueda como advogado antes de levá-lo para a política. O rompimento ocorreu quando o grupo ligado ao DEM se aliou a Rueda para tirá-lo do comando do partido, em abril de 2024. O deputado foi excluído até do grupo de WhatsApp da legenda. Ele diz que deixará o União Brasil até abril para se filiar a outro partido. Bivar afirma ter “certeza absoluta” das irregularidades, embora não tenha provas documentais. Segundo ele, já presenciou Rueda em “negociatas” em hotéis. 

Em nota, Rueda diz que Bivar não tem credibilidade. Alega que o ex-aliado foi rejeitado nas urnas, afastado pela Justiça e responde a processos. Rueda também acusa Bivar de ter ameaçado de morte sua filha de 12 anos. Para ele, esse episódio revela o verdadeiro caráter do deputado e o desqualifica para a política.

CAPTAÇÃO PREDATÓRIA DE CLIENTES

O Estatuto da Advocacia proíbe a captação predatória de clientes. Com esse entendimento, a 20ª Câmara Cível do TJ-MG extinguiu ação proposta por advogado que buscava causas na internet. 
Uma idosa processou um banco por descontos indevidos em benefício previdenciário, mas perdeu em 1ª instância por falta de prova de tentativa de solução administrativa. Ela recorreu, alegando resistência do banco. O relator, desembargador Fernando Caldeira Brant, verificou que o advogado, residente em Campo Grande, ajuizou diversas ações idênticas em Minas Gerais, indicando litigância predatória.

Um oficial de Justiça constatou que a autora conhecia a ação, mas não o advogado, e nunca esteve em seu escritório. Ela relatou que o encontrou por anúncio na internet e recebeu promessa de vitória e ganho de R$ 58 mil. O tribunal concluiu que houve captação irregular, com contato por WhatsApp via terceiro e promessa de valores. A ação foi extinta sem julgamento de mérito, e o advogado condenado ao pagamento de custas e honorários.


FATOS DE INTERESSE GERAL SEM DANOS MORAIS

Críticas políticas sobre fatos de interesse geral não devem gerar indenização por danos morais, sobretudo se a vítima for ré em várias ações por improbidade. A 4ª Turma do STJ negou recurso do ex-governador João Doria contra decisão do TJ-SP. O caso envolveu postagem no Facebook em página de apoio a Márcio França nas eleições de 2018.

A publicação exibiu foto de Doria com a legenda “réu no maior caso de corrupção da história de São Paulo”. O texto foi feito após ele se tornar réu por improbidade em parceria público-privada de iluminação pública. Na época, Doria já respondia a outros processos.

O TJ-SP considerou a postagem amparada pela liberdade de expressão. No recurso, Doria pediu indenização, mas o STJ manteve a decisão. O relator, ministro João Otávio de Noronha, afirmou não haver exagero nem informação falsa. A notícia sobre a ação judicial já era de amplo conhecimento público. Ele destacou que a postagem não configurou fake news. Aplicou-se a Súmula 7 do STJ, impedindo reexame de provas.

BRASIL BUSCA NOVOS MERCADOS

A busca por novos mercados para exportação de carne bovina levou uma comitiva dos principais frigoríficos brasileiros ao Vietnã, que abriu suas portas para a proteína do país. A missão oficial, articulada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e pelo presidente Lula, reuniu representantes de 17 empresas, como JBS, Marfrig, Minerva e Masterboi, com mais de dez importadores vietnamitas. 

O objetivo foi agilizar a habilitação sanitária de frigoríficos. O Vietnã avalia o pedido de 86 plantas; até agora, duas unidades da JBS, em Goiás, foram aprovadas. Fávaro celebrou a abertura do mercado após 20 anos de negociações e disse esperar habilitar mais empresas. 

As companhias também sugeriram negociar um Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e Vietnã para reduzir tarifas, já que concorrentes como Austrália, União Europeia e Rússia têm vantagens. O país asiático pode importar até 100 mil toneladas anuais, colocando-se entre os cinco maiores destinos da carne brasileira. 

A Abiec organizou os encontros, que buscam consolidar o avanço institucional e ampliar a presença do Brasil no mercado global, competindo com os EUA.

Em junho, o governo anunciou o Vietnã como parceiro do Brics, status que garante participação em cúpulas e grupos técnicos, sem ser membro pleno. 

A aproximação também responde à pressão tarifária dos EUA. Brasil e China trabalham em um protocolo para rastrear e certificar carne e soja, alinhando padrões de emissões, manejo e sustentabilidade, com uso de selos como Carne Carbono Neutro da Embrapa. 

Com a queda das exportações para os EUA, novos destinos ganham espaço. O México, que não estava entre os dez maiores compradores no ano passado, ultrapassou os EUA e hoje é o segundo maior mercado da carne brasileira, atrás apenas da China. 


TRUMP PUBLICA DADOS ERRADOS SOBRE BRASIL

O presidente dos EUA, Donald Trump, citou Brasília em uma lista de “capitais violentas” ao anunciar, ontem, 11, sobre o envio de tropas da Guarda Nacional para Washington. O governo federal assumirá o controle da polícia local para combater o que ele chama de criminalidade excessiva, embora dados apontem queda na violência nos últimos 30 anos.

Trump afirmou que a criminalidade na capital americana superou a de cidades como Brasília, Bogotá e Cidade do Panamá. No entanto, números mostram o contrário: em 2023, o DF registrou taxa de 11 homicídios por 100 mil habitantes, contra 39,86 em Washington. Em 2024, a taxa caiu para 26,6.

O republicano usou dados desatualizados, de 2021, que apontavam 13 homicídios por 100 mil habitantes no DF. Em seu discurso, mencionou outras capitais como Bagdá, Cidade do México e San José, dizendo que não gostaria de viver em lugares assim.

Apesar do discurso alarmista, Washington registrou queda de 30% nos homicídios e tiroteios entre 2023 e 2024, alcançando o menor índice de crimes violentos em 30 anos.

A medida é mais uma investida de Trump para “tomar controle” da capital, administrada pela prefeita democrata Muriel Bowser. Ele prometeu “limpar a cidade”, incluindo a retirada de pessoas em situação de rua, dizendo que as encaminhará para locais “longe da capital”. No domingo (10), publicou na Truth Social que “os sem-teto têm que sair, IMEDIATAMENTE”.



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 12/8/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Brasil x EUA: canal de diálogo contra o tarifaço é interditado

Ministro Fernando Haddad, da Fazenda, admite que conversa que teria com o secretário do Tesouro norte-americano foi cancelada por atuação de Eduardo Bolsonaro

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Câmara pode levar meses para punir deputados por motim, e corregedor prevê gradação de penas

Com 14 deputados no alvo após motim, Câmara suspendeu apenas quatro de 234 pedidos no século

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Nova lei de imigração contraria tratado, e Brasil pode aplicar reciprocidade, diz embaixador em Portugal

Autoridades dos dois lados devem discutir redução das

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

PT articula para barrar PEC do foro 
privilegiado e anistia a envolvidos em motim

Lindbergh Farias diz que oposição tenta usar crise para 
"blindar" parlamentares

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Xi Jinping diz a Lula que China e Brasil podem 
dar exemplo de autossuficiência no Sul Global

Presidente brasileiro ainda estuda resposta coordenada às tarifas americanas

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISOBOA/PT  

Candidatos a Belém dizem que Marcelo e juízes do Palácio Ratton fizeram a democracia funcionar

Ação do Presidente da República e decisão do Tribunal Constitucional não recebem críticas dos candidatos presidenciais António Filipe, Marques Mendes, António José Seguro e Gouveia e Melo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

FUX PODERÁ ADIAR JULGAMENTO DE BOLSONARO

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, no STF, previsto para ser concluído no próximo mês, poderá estender-se até os primeiros meses de 2026. Mesmo que entre na reta final em setembro, há sinais de que o ministro Luiz Fux pedirá vistas, o que, pelo regimento, garante 90 dias para devolução do processo. Assim, outubro, novembro e dezembro passariam sem conclusão.

Com o recesso, o tribunal só retomaria os trabalhos em fevereiro, e uma pequena demora poderia levar o caso a março de 2026. Esse atraso coincidiria com a análise, pelo TSE, dos recursos sobre sua inelegibilidade, já com nova composição. O ano eleitoral promete fortes emoções.

Na Primeira Turma do STF, surgiu o “Homem da Cadeira”: o mecânico Fábio de Oliveira, condenado a 17 anos de prisão por sentar-se na cadeira do ministro Alexandre de Moraes durante os atos de 8 de janeiro. Ele se filmou no assento, proferindo ofensas.

Moraes o enquadrou em cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Oliveira não entrou no plenário; a cadeira foi levada para fora antes.

No Congresso, parlamentares acorrentaram-se e obstruíram trabalhos. A confusão fez o jornalista Octavio Guedes lembrar frase de Ulysses Guimarães, dita em situação semelhante: “Sou o presidente da Constituinte, não de um hospício.”



TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL CONTRA TRUMP


O ministro do STF Alexandre de Moraes é alvo de ameaças com base na Lei Magnitsky, criada para punir corrupção e violações de direitos humanos, por sua atuação no julgamento de Jair Bolsonaro. A ofensiva assemelha-se à pressão exercida pelos EUA contra integrantes do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

A administração Donald Trump aplicou sanções a quatro juízas e ao promotor do TPI, Karim Khan, acusando a corte de “ações ilegítimas” contra os EUA e Israel. As medidas ocorreram após ordens de prisão emitidas em 2024 contra Binyamin Netanyahu, Yoav Gallant e Mohammed Deif, acusados de crimes de guerra.

As magistradas Reine Adelaide Sophie Alapini Gansou, Solomy Balungi Bossa, Luz del Carmen Ibáñez Carranza e Beti Hohler foram punidas por autorizar investigações ou prisões relacionadas a Israel e à atuação americana no Afeganistão.

Trump também sancionou Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os direitos humanos na Palestina, que havia denunciado empresas como Microsoft e Amazon por lucros ligados à ofensiva israelense em Gaza.

A Ieepa, base legal das punições, bloqueia bens nos EUA, impede entrada no país e restringe transações com os sancionados. A norma já havia sido usada em 2020 contra colaboradores do TPI, sendo depois revogada por Joe Biden.

Reativada por Trump, a medida agora atinge acadêmicos e ativistas ligados à corte, gerando ações judiciais. O TPI repudiou as sanções, classificando-as como tentativa de minar sua independência.

Albanese afirma que continuará seu trabalho apesar das pressões.


AUSTRÁLIA RECONHECERÁ O ESTADO DA PALESTINA

https://www.worldatlas.com/upload/b2/08/95/palestine-map-copy.pngA Austrália reconhecerá o Estado da Palestina na 80ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em setembro, anunciou o primeiro-ministro Anthony Albanese nesta segunda-feira (11). A decisão soma-se a medidas semelhantes de França, Reino Unido, Canadá e Portugal, aumentando a pressão internacional sobre Israel.

Segundo Albanese, o reconhecimento busca fortalecer a solução de dois Estados, promover um cessar-fogo em Gaza e viabilizar a libertação de reféns. O anúncio foi feito após reunião de gabinete e baseado em compromissos da Autoridade Palestina de que o Hamas não participará de um futuro governo.

Ele defendeu que apenas uma solução política pode encerrar o ciclo de violência, e não ações militares. Na semana passada, a Austrália criticou o plano de Israel de controlar militarmente Gaza.

Albanese acusou o governo Netanyahu de inviabilizar a paz ao expandir assentamentos ilegais, ameaçar anexações e rejeitar um Estado palestino.

Os compromissos palestinos incluem reformar a governança, desmilitarizar e realizar eleições gerais, alinhando-se às exigências da Liga Árabe para que o Hamas deixe o poder em Gaza. Para Albanese, isso cria uma oportunidade para isolar o grupo.

A Nova Zelândia, segundo seu chanceler Winston Peters, avaliará sua posição sobre o tema no próximo mês.