Uma operação policial no sul da Bahia prendeu, na quarta-feira (15), Arnaldo Augusto Pereira, ex-auditor fiscal da Prefeitura de São Paulo, que vivia em Mucuri desde 2021 enquanto respondia a processos por corrupção. Ex-subsecretário de arrecadação da capital entre 2007 e 2009, ele é acusado de participar da “Máfia dos Fiscais do ISS”, esquema que teria movimentado R$ 1 bilhão. Arnaldo também foi acusado de receber propina em Santo André, onde atuou como secretário de Planejamento. Condenado a 43 anos de prisão, estava em liberdade até o trânsito em julgado. Com medo de ser preso, elaborou um plano de falsa morte: viajou a Salvador, comprou por R$ 45 mil uma certidão de óbito verdadeira e a enviou ao STJ, que extinguiu uma de suas penas. O documento, com QR code válido, despertou suspeitas quando promotores perceberam inconsistências, como local de morte e enterro falsos.
O médico que assinou o atestado, sem conhecer Arnaldo, o fez à distância — o que é proibido. O vídeo usado mostrava o próprio Arnaldo fingindo estar morto. A polícia descobriu seu paradeiro em Mucuri e o prendeu após tentativa de fuga. Ele admitiu o golpe e disse ter recebido R$ 1,1 milhão em propina. Arnaldo também usou a certidão para tentar liberar bens bloqueados pela Justiça. O STJ vai reverter a extinção da pena, e seus antigos advogados o abandonaram. Preso novamente, responderá por falsificação de documento — novo crime para quem simulou a própria morte para escapar da Justiça.
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