O príncipe Andrew, irmão do rei Charles 3º do Reino Unido, renunciou ontem, 17, ao título de Duque de York, segundo comunicado do Palácio de Buckingham. Ele afirmou que as acusações contra si “desviam a atenção do trabalho de Sua Majestade e da Família Real” e disse manter sua decisão de se afastar da vida pública. “Com o consentimento de Sua Majestade, não usarei mais meu título nem as honras que me foram conferidas”, declarou, reiterando negar “veementemente” as acusações. A decisão ocorre dois dias após o The Guardian divulgar trechos das memórias póstumas de Virginia Giuffre, que o acusa de abuso sexual quando tinha 17 anos. Virginia alegou ter sido explorada sexualmente pelo bilionário Jeffrey Epstein, que teria intermediado encontros com Andrew no início dos anos 2000.
Epstein, que se suicidou em 2019, foi acusado de comandar uma rede de tráfico sexual de menores envolvendo mais de mil adolescentes. Em “Nobody’s Girl”, livro de Virginia a ser lançado em 21 de outubro, ela relata ter conhecido Andrew em Londres, na casa de Ghislaine Maxwell. A jovem afirmou que o príncipe “adivinhou sua idade” e demonstrou agir como se “fazer sexo comigo fosse seu direito de nascença”. Andrew sempre negou ter conhecido Virginia, embora uma foto divulgada em 2021 mostre ambos com Maxwell. A renúncia ao título simboliza o agravamento da crise da monarquia britânica em torno do escândalo Epstein.
Nenhum comentário:
Postar um comentário