A administração Trump dobrou a recompensa pela captura de Nicolás Maduro, chamou-o de “narcoterrorista” e ameaçou ataques militares à Venezuela. Ainda assim, o presidente venezuelano encontrou apoio em uma gigante americana: a Chevron. As exportações de petróleo da Venezuela atingiram o nível mais alto em cinco anos, impulsionadas pela retomada das operações da Chevron, que recebeu licença dos EUA para voltar a produzir. “Quero a Chevron aqui por mais 100 anos”, disse Maduro. A empresa responde por quase um quarto da produção de petróleo venezuelana e até 80% do crescimento do setor nos últimos dois anos, segundo o especialista Francisco J. Monaldi. Economistas afirmam que as receitas geradas têm ajudado o país a comprar comida e remédios, evitando o agravamento da crise humanitária.
Críticos da oposição acusam a Chevron de sustentar um regime autocrático. A companhia, porém, afirma ser uma “força estabilizadora” para a economia venezuelana e a segurança energética dos EUA. A Chevron manteve relações com Caracas e Washington, contratando firmas de lobby ligadas a Trump e resistindo às sanções. Analistas dizem que a empresa aceitou riscos de reputação e perdas bilionárias para preservar acesso às vastas reservas de petróleo venezuelanas. Maduro e seus aliados elogiam a empresa por fornecer tecnologia e financiamento. Já opositores afirmam que ela mina a luta democrática. A permanência da Chevron, iniciada ainda sob Hugo Chávez, é vista como uma aposta de longo prazo num país com as maiores reservas de petróleo do mundo. Mesmo sob pressões políticas, a Chevron continua operando na Faixa do Orinoco, área de petróleo pesado que exige refino especializado. Especialistas dizem que, caso haja mudança de governo, a empresa manterá vantagem estratégica e continuará sendo essencial para reerguer a economia venezuelana.
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