Donald Trump pressionou Volodimir Zelenski a aceitar os termos de acordo proposto pela Rússia para encerrar a guerra, durante uma reunião tensa na Casa Branca, na sexta-feira. Trump afirmou que Vladimir Putin havia dito que “destruiria” a Ucrânia se ela não aceitasse o acordo. Segundo fontes, a conversa descambou para uma “discussão aos gritos”, com Trump xingando e jogando fora mapas da linha de frente ucraniana. Ele exigiu que Zelenski entregasse toda a região de Donbas e repetiu argumentos usados por Putin um dia antes. Embora depois tenha apoiado congelar as linhas atuais, a reunião refletiu a disposição de Trump em endossar as exigências russas. Zelenski esperava conseguir mísseis Tomahawk, mas o pedido foi negado.
Durante o encontro, Trump disse que a guerra era uma “operação especial” e advertiu: “Se Putin quiser, ele vai destruir você.” Em tom irritado, afirmou estar “farto” dos mapas de batalha e elogiou a economia russa, contrariando declarações anteriores. Putin teria proposto que a Ucrânia entregasse o Donbas em troca de pequenas áreas em Kherson e Zaporíjia — concessão ligeiramente diferente da discutida em agosto, no Alasca. Ceder o Donbas, porém, é inaceitável para Kiev, que resiste à ocupação russa desde 2022. Autoridades ucranianas dizem que a proposta visa dividir o país internamente. “Não se trata de território, mas de nos destruir por dentro”, afirmou Oleksandr Merezhko, do Parlamento ucraniano. A postura de Trump decepcionou aliados europeus, que esperavam que ele apoiasse mais Kiev. Após a reunião, Zelenski disse que são necessários “passos decisivos” dos EUA, Europa e G20 para encerrar a guerra.
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