As forças de Volodimir Zelenski direcionam grande esforço para salvar Pokrovsk, centro logístico ucraniano em Donetsk, região mais cobiçada por Vladimir Putin. Um vídeo divulgado pela inteligência militar mostrou forças especiais desembarcando na cidade, mas análises indicam que os cerca de 16 soldados foram mortos por drones russos. Kiev não confirma nem nega, afirmando apenas que os reforços continuam. A ação revela o desespero ucraniano. A GRU, de Kirilo Budanov, já tentara tática similar em Mariupol, sem sucesso. Pokrovsk, hoje quase vazia, é vital por suas linhas ferroviárias e rodovias que abastecem Kramatorsk, último grande centro de Donetsk sob controle ucraniano. Se a cidade cair, o colapso das defesas pode ser inevitável. Em agosto, Zelenski reforçou a região, enfraquecendo outras frentes. Moscou afirma ter 5.000 ucranianos cercados, o que Kiev nega. Ao norte, em Kharkiv, os russos dizem ter cercado 5.500 soldados, número também contestado.
Hoje, 3, a Rússia lançou 150 mísseis e drones contra 11 regiões da Ucrânia, atingindo indústrias e redes elétricas. Houve blecautes de Odessa a Lviv. Kiev diz ter interceptado 115 drones e um míssil hipersônico Kinjal. No sentido contrário, drones ucranianos atacaram cinco regiões russas; uma refinaria em Saratov foi atingida. Enquanto isso, a guerra se intensifica. Os EUA impuseram sanções às petroleiras russas Lukoil e Rosneft. Em resposta, a estatal lituana de ferrovias anunciou que vai proibir o transporte de petróleo dessas empresas para o exclave russo de Kaliningrado, o que pode obrigar Moscou a recorrer ao mar Báltico. Kaliningrado, sede da Frota do Báltico e equipada com mísseis nucleares, é estratégica para a Rússia. A Lituânia já havia tentado um embargo total em 2022, mas recuou após ameaças de Moscou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário