JUIZ É AFASTADO A PEDIDO DA OAB
O juiz Júlio Cesar Vicentini, da comarca de Ibaiti/PR, foi afastado do cargo após pedido da OAB/PR. A entidade atribuiu ao magistrado condutas incompatíveis com a função, como assédio sexual, desdém pela advocacia e perseguição ao presidente da subseção local, Cleber Moura de Almeida, com reflexos sobre seus clientes. Segundo a OAB, tratava-se de práticas reiteradas de intimidação institucional. Vicentini teria adotado postura hostil, emitindo ordens internas para prejudicar o advogado. O presidente da OAB/PR, Luiz Fernando Casagrande Pereira, afirmou que o magistrado orientava assessoras a agir contra o profissional, ignorando direitos das partes. Para ele, a população também era afetada, já que o Direito ficava em segundo plano. Casagrande destacou a importância da reação institucional para proteger dirigentes da Ordem. O episódio mobilizou advogados que defenderam o papel da OAB na garantia do funcionamento da Justiça. O presidente da subseção elogiou a atuação firme da seccional. Nas redes, a OAB/PR parabenizou o TJ/PR pelo afastamento e disse que acompanhará o processo disciplinar.
PROFESSORA APOSENTADA
O ministro André Mendonça, do STF, acolheu reclamação que pedia o desbloqueio de recurso especial relativo ao pagamento do piso nacional do magistério a uma professora aposentada da Bahia. Ela havia obtido no TJ-BA decisão garantindo o piso como vencimento básico e o pagamento das diferenças, mas o Estado recorreu, e o recurso foi sobrestado com base no Tema 1.218 da Repercussão Geral. Mendonça entendeu que o caso não se enquadra no Tema 1.218, que trata de eventual reajuste automático em toda a carreira. Para o ministro, o pleito da professora limita-se ao reconhecimento individual do piso como vencimento básico, conforme a ADI 4.167. Diante da falta de aderência temática, o relator determinou ao TJ-BA a retomada do processamento do recurso especial. A decisão é estritamente processual e não antecipa o entendimento do STF sobre a estrutura remuneratória do magistério, ainda pendente de julgamento no Tema 1.218.
Preso desde agosto pelo assassinato de Ingrid Michelli, 38, Francisco Lucas Vale Lima, 25, teve negado o pedido de revogação da prisão preventiva pela Justiça do Distrito Federal. Ele é um dos três acusados de matar e esquartejar a vítima, encontrada enterrada na região do Curral, no Areal. Francisco, Breno de Souza, 23, e Rafael Henrique Teixeira, 19, cometeram um dos crimes mais violentos do DF em 2024. A defesa alegou residência fixa, paternidade e ausência de risco à instrução, mas o Ministério Público pediu o indeferimento. O juiz afirmou que não houve fato novo e destacou a gravidade do homicídio qualificado, com violência extrema e ocultação de cadáver, reforçando a periculosidade dos envolvidos. Os acusados deram versões contraditórias. Rafael disse que Ingrid passou a noite em sua casa e que teria furtado seu celular e R$ 280. Após dias desaparecida, Ingrid foi encontrada morta, e o corpo localizado após denúncia anônima levou os investigadores a Francisco, que, segundo Rafael, confessou o crime ao ser visto com roupas ensanguentadas.
ADVOGADO PEDIU SOCORRO ANTES DE MORRER
O advogado Rodrigo Bonfim, 47, encontrado morto dentro do carro em Anápolis, ligou cerca de dez vezes para o Samu antes de morrer, segundo imagem do celular obtida pela TV Anhanguera. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que, apesar dos registros no aparelho, nenhuma chamada foi identificada no sistema do Samu. Rodrigo foi achado desacordado na madrugada de quinta-feira (20) e morreu no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 1h12 e só às 1h39 o Samu recebeu ligação — feita pelos bombeiros. A unidade avançada confirmou o óbito. A irmã disse que o celular ficou com a Polícia Civil e que Rodrigo pode ter sofrido infarto ou arritmia. Ele estava sem roupas e com dificuldades para respirar, mas sem ferimentos. A família tem histórico cardíaco. A Polícia Civil investiga o caso, e o Samu afirma que adotará medidas para esclarecer possíveis falhas.
GENERAIS E EX-MINISTROS SÃO PRESOS
A PF e o Exército prenderam os generais e ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, levados ao Comando Militar do Planalto após o STF declarar o trânsito em julgado da trama golpista. Heleno foi condenado a 21 anos e Nogueira a 19 anos de prisão. O CMP foi escolhido porque a legislação permite que militares cumpram pena em instalações militares em situações excepcionais. Também tiveram o caso encerrado no STF Alexandre Ramagem, Anderson Torres e outros condenados ligados ao esquema. Entre os envolvidos estão Heleno, Nogueira, Braga Netto, Garnier, Torres, Ramagem e Mauro Cid. Bolsonaro já está preso na PF em outro processo, por violar a tornozeleira eletrônica e apresentar risco de fuga, segundo Moraes. A defesa do ex-presidente alega confusão mental causada por medicamentos.
Salvador, 25 de novembro de 2025.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



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