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quinta-feira, 20 de novembro de 2025

CONFISCO DE QUASE 2,6 BILHÕES DE CRISTINA KIRCHNER

Tribunais argentinos ordenaram o confisco de quase US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) em bens da ex-presidente Cristina Kirchner e de outros condenados por corrupção. A decisão, emitida na terça-feira, determina o confisco de mais de 100 bens pertencentes a Kirchner, familiares e associados já condenados. A ex-presidente, de 72 anos, cumpre pena de seis anos em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e está proibida de exercer cargos públicos desde junho, após condenação por corrupção na concessão de obras públicas entre 2003 e 2015, período dos governos dela e de Néstor Kirchner. Após a sentença, que ordenou o pagamento de cerca de US$ 500 milhões, a Justiça avançou na apreensão dos bens. A medida busca devolver ao Estado o patrimônio obtido ilicitamente e reparar danos materiais e simbólicos. Entre os bens confiscados estão uma propriedade em Santa Cruz e outros 19 em nome de seus filhos Máximo e Florencia. Também serão confiscados 84 bens do empresário Lázaro Báez, já condenado por superfaturamento e direcionamento de obras públicas.

A Suprema Corte deverá decidir se parte dos imóveis será usada pelo Judiciário antes de eventual leilão. A defesa de Kirchner não respondeu aos pedidos de comentário. Além da condenação de junho, Kirchner é ré no “caso dos cadernos”, considerado o maior julgamento de corrupção da Argentina. Ela pode receber nova pena de cinco a dez anos, acusada de chefiar uma associação ilícita e receber milhões em subornos. O julgamento, iniciado em novembro, envolve 87 acusados e 626 testemunhas. A promotoria afirma que Kirchner recebeu 38 pagamentos ilegais que somam US$ 17 milhões. Seu advogado afirma que o resultado “já está definido” e denuncia perseguição política. Pelo X, Kirchner chamou o processo de “farsa judicial” e disse que buscam mantê-la sob pressão. 

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