Passado mais de um ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não nomeou o novo desembargador do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) para a vaga aberta desde agosto de 2023, com o fim do mandato de Vicente Buratto. A lista tríplice foi formada dois meses depois, mas reviravoltas jurídicas atrasaram o processo. Carina Cristiane Canguçu, Rafael de Sá Santana e Fabiano Mota Santana aguardam a indicação há mais de 12 meses. No centro da disputa estão apoiadores influentes. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Jaques Wagner, líder do governo, apoiam Rafael de Sá Santana e Carina Cangussú, respectivamente. O impasse mantém a lista tríplice indefinida.
Nos bastidores, Wagner defende a indicação de Carina, enquanto Rui Costa tende a pedir a nomeação de Rafael, que atuou em processos do desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, candidato à presidência do TJ-BA e possível reforço caso seja eleito. Em agosto de 2024, o TSE determinou a exclusão de José Leandro Pinho Gesteira da lista por inidoneidade. Com a saída, o TJ-BA convocou Fabiano Mota Santana para compor a lista tríplice final. Fabiano, porém, é visto como “azarão”, sem apoio político robusto e com menos tempo para articulações, enquanto Carina e Rafael já eram favoritos. Sem a decisão de Lula — e com o embate entre auxiliares próximos —, a vaga no TRE-BA segue aberta.

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