A magistrada Adriana de Jesus Pita Colella, que atuava como juíza substituta no TRT-2 e foi promovida a titular da 2ª Vara do Trabalho de Santos enquanto concluía o curso de Medicina, é investigada pela Corregedoria Regional. A apuração foi aberta após questionamentos sobre a compatibilidade entre a rotina forense e as atividades integrais da graduação, cuja promoção ocorreu por antiguidade. Adriana tomou posse como titular em 6 de outubro, na vara do litoral paulista, enquanto finalizava o curso na Unimes, onde estudou por seis anos. O curso de Medicina tem carga horária integral, e a universidade informou que ela integra a turma XXIII, já com convites de colação enviados. No internato, último ano da formação, os estágios ocorrem de segunda a sexta, das 8h às 17h. O expediente forense do TRT-2 vai das 11h30 às 18h. Apesar da aparente incompatibilidade, dados do Estadão indicam que Adriana teve frequência mínima de 90% no internato, mesmo tendo declarado trabalho presencial no mesmo período em que deveria estar na Santa Casa.
O TRT-2 afirmou que a Constituição veda magistrados de exercer outro cargo, exceto magistério, mas não proíbe atividades acadêmicas. Disse ainda que acompanhou a produtividade da juíza conforme determinação do CNJ. Pontos levantados no processo de promoção estão sob sigilo e em apuração. O Tribunal destacou que a Loman não fixa horário para juízes, que devem atuar em todos os dias de expediente e cumprir presencialidade mínima de três dias por semana.
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